Morte encomendada

capitulo 4

Como assim?! Como ele tem o meu numero?! Levanto assustada do sofá e começo a olhar ao redor da sala. Não tem nada, não tem ninguém. Até a janela está fechada! Como ele poderia saber o que eu estava fazendo?!
“Cuidado, quem procura muito, acha.” Número desconhecido.
Que merda! Eu tremia de medo. Ele poderia estar dentro da minha casa. Resolvi ligar a luz de todos os cômodos da parte de baixo da casa. Nem bêbada eu ia subir essas escadas sozinha. Como ele pode estar me vendo?!
“Não precisa ficar com medo agora, mas se eu fosse você eu iria lá no seu quarto” Número desconhecido
“Você só pode estar maluco. O que você quer de mim?”
“Só queria te dizer que você não deveria ter gritado” Número desconhecido
Deixei o celular cair no chão do escritório de meu pai.Foi o ultimo lugar que eu entrei para acender a luz. Sai correndo dali. Peguei minhas chaves e fui abrir a porta, mas para o meu alivio, Ethan já estava parado na minha porta preste a apertar a campainha.
-O que houve? -Ele levou um susto com o meu desespero.
-E-ele... -Eu não conseguia falar. Estava muito nervosa. -Ele está aqui.
-Quem? –Perguntou ainda confuso.
-O assassino. Ele me mandou mensagem. Ele está aqui, em algum lugar.
-Deixa-me ver. -Ele pegou uma arma que estava na sua cintura, por dentro da calça, e entrou na minha casa olhando para os lados.
Eu não sabia se ficava do lado de fora ou se ia atrás dele. Resolvi ir atrás, seria mais seguro para mim.
-Onde você estava quando ele mandou mensagem? -Depois de revistar o andar de baixo todo, ele guarda a arma.
-Estava deitada no sofá.
Ele deitou no sofá, e dali começou a olhar em volta de novo. Ate que ele ficou parado, olhando fixamente para um único lugar. Ele levantou e andou para perto da minha janela, e segurou um fio preto que estava lá.
-Que fio é esse? -Perguntei indignada. Eu nunca tinha visto esse fio.
-Eu espera que você me dissesse. -Ele olhou para mim. -Você nunca viu esse fio?
-Não, nunca.
Ele deu um sorrisinho daquele tipo de “Já sei o que está acontecendo”,  e foi seguindo o fio. Ele seguiu o fio ate o batente da porta do escritório do meu pai e tirou uma mini câmera dali.
-O que isso está fazendo aí, Ethan? -Como poderia ter uma câmera dentro da minha casa?!
-Isso, é uma câmera que o assassino colocou para poder te espiar. -Ele deu um sorrisinho maroto e olhou para mim. -Posso ler as mensagens que ele te mandou?
-Claro, deixa só eu pegar o celular.
Fui em direção ao escritório de meu pai, para pegar o celular que deixei cair no chão. Baixei e olhei para a mesa de meu pai, tinha algo brilhando ali, algo que não estava ali antes.
-Olha, Ethan.
Entreguei meu celular para ele e fui ver o que era aquilo que estava em cima da mesa. Cheguei perto e vi uma pulseira brilhante. Talvez sejam diamantes. Mas como aquilo foi parar ali?!
-Não mexe nisso! Gritou Ethan
-Ai meu Deus, que susto. –Digo ao dar um pulo quando ele gritou. Não precisava gritar.
-Desculpa, mas acho que você não viu a ultima mensagem dele.
Ethan chegou perto de mim e me entregou o telefone, e nele tinha mandado: “Espero que aproveite o presente”. Como ele colocou isso aqui?! Fiquei tonta e tive que me segurar na mesa para não cair. Ethan percebeu e puxou a cadeira de meu pai para eu sentar.
-Acho melhor nos prepararmos para dormir, você não parece muito bem. -E ele estava certo, era muita informação.
-Concordo, é muita informação para assimilar.
Deixamos a pulseira lá mesmo e voltamos para a sala. Enquanto ele pegava as coisas dele, eu fui à cozinha apagar a luz e conferir se a porta de trás estava fechada. Quando voltei para sala, Ethan estava arrumando o sofá para deitar.
-Não. –Ele me olhou assustado. -Desculpa. Mas você não vai dormir no sofá, tem um quarto de hospedes do lado do meu. E nem sonhando eu vou dormir lá em cima sozinha.
-Ta bom. -Ele riu. Estava achando graça do meu medo. Palhaço.
Subimos e mostrei o quarto a ele. Literalmente era parede grudada com a minha. Então o que acontecesse com um, o outro iria ouvir.
-Boa noite, Ethan. -Dei um sorrisinho de lado para ele.
-Boa noite, Kat. -Ele me deu uma piscadela e entrou no quarto.
Entro no quarto e vou logo para o banheiro tomar um banho, preciso botar a cabeça para pensar. Muita coisa aconteceu nessa primeira noite, e eu acabo a noite com meu nerd fofo dormindo no quarto ao lado. Acho que eu posso pedir para ele dormir aqui no meu, falo que estou com medo e não quero dormir sozinha. Foco, Kat. Ele está trabalhando. Ele só está aqui por causa do trabalho. Saio do banho, visto meu babydool e vou direto para a cama. Hoje vai ser uma noite tranquila.
Acordei por volta de 8 horas da manhã. Estava sentindo um cheiro maravilhoso vindo lá da cozinha. Resolvi tomar um banho rápido e vestir um vestido curto e solto florido. Prendi o cabelo em um coque. Arrumo minha cama e me direciono a cozinha.
-Eu me acostumaria a acordar assim todas as manhãs. -Digo sem pensar e olho para ele um tanto nervosa. –Q-quer dizer...
-Sim, é muito bom acordar uma pessoa assim. Ele me interrompe e eu agradeço por isso. -Vamos comer?
Ethan fez um café da manhã maravilhoso, ovos, bacon, torradas, café e suco. E estava tudo uma delicia, estava espetacular.
-Onde aprendeu a cozinhar assim? –Queria que ele pudesse me ensinar.
-Eu tenho muito tempo livre. Se quiser, um dia eu te ensino.
-Claro. -A gente se olha por um tempo. E a campainha toca...
Vou correndo atender. Abro a porta e dou de cara com o policial Micthell.
-Bom dia, senhorita Katellen.