Catarina é uma advogada com futuro promissor. Sua vida é aparentemente perfeita e a cereja do bolo que falta para sua realização pessoal é o casamento com Nicholas.
Após ser promovido, o noivo tem outros planos e convence a jovem a morar com...
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- N I C H O L A S R O D R I G U E S !!!! - Catarina gritou furiosa.
Era a segunda vez na semana que Nicholas deixava a toalha molhada em cima da cama.
Maldita a hora em que decidiu acompanhá -lo até Milão.
O medo de ficar sozinha no lindo apartamento deles foi maior, só pegou uma mala pronta e o seguiu até o carro.
Ele esqueceu de avisá-la que iria viajar no mesmo dia da chegada dela.
Típico.
Nicholas pensava que Catarina era a Jean Grey ou algo do tipo. Apesar de se conhecerem a vida toda, nunca moraram juntos. E os últimos dias estavam sendo difíceis.
A jovem era sistemática. Acordava antes do noivo, escovava os dentes, tomava banho, preparava o café dele (ela bebia suco ou Nescau gelado, pois tinha gastrite), andava até a padaria na esquina e arrumava a mesa. A essa altura Nicholas já estava no chuveiro e a encontrava na mesa.
Comia rapidamente, comentava sobre o que tinha feito no dia anterior, dava um beijo na testa de Catarina, agradecia pela paciência e cuidado e ia embora.
Catarina ficava sozinha o dia todo. Só via o homem na hora do café da manhã, pois ele chegava muito tarde e ela ainda estava com o jet lag. Nos primeiros dias, ficava no apart hotel e fazia as refeições no restaurante do local.
Depois foi até o mercado e comprou ingredientes para fazer doces, sabia que Nicholas amava bolos e tortas. Sempre deixava um bilhete na porta do quarto.
Ficava satisfeita em acordar e ver o bolo pela metade. Ele inclusive levava para o trabalho.
Pelo que ela entendeu, ele estava cobrindo uma investigação no parlamento italiano. Casos de envolvimento com a Máfia, tráfico e corrupção.
Os dois estavam muito felizes por ele ter sido escolhido. Era seu sonho, em breve, poderiam se mudar para outro lugar, bastava ele se mostrar competente.
No terceiro dia, Catarina resolveu explorar a cidade. Afinal estava no velho continente, seu sonho de criança!
Vestiu um moletom cinza, calça jeans, botas marrons, amarrou o cabelo e colocou os óculos.
Os óculos eram fundamentais, sua miopia era grau 5. Não enxergava um palmo sem os óculos.
Se encarou no espelho por alguns segundos, resolveu passar um protetor labial, o frio os deixava ressecados.
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