- como você se sente?
- cansada?
- vamos lá só mais uma volta, achei que fosse uma profissional em patinação
-Demi, estamos horas nessa pista- falei me apoiando em uma parede da pista de gelo
- tudo bem! Você venceu, vamos tomar um suco
- obrigada- falei sorrindo dando um soquinho de leve em seu ombro, saímos da pista para nos sentar e tirar os patins
- mas quando eu perguntei sobre como você está, digo no geral, sabe? Você fez aniversário e agora sente que mudou algo?
- honestamente? Todos os dias algo muda, eu acho que ficar um ano mais velha é legal mas as minhas experiências recentemente tem me feito mais madura.
- quais são elas?- ela respondia olhando para seus patins, concentrada em retirar os cadarços, dei um leve sorriso, sabia exatamente onde queria chegar
- tudo no geral mas vamos logo tomar um suco, estou morrendo de sede
- você é quem manda- ela levantou e pegou seus patins, a segui para lanchonete que havia na parte de fora do ginásio
- e você? Tem estado bem?
- sim, (s/a). As coisas estão bens- ela falava calma mas como se quisesse falar do que se permitiu, caminhamos até a lanchonete
-ola, boa tarde! Já sabem o que pedir?
-Demi, deu uma olhada para um painel a sua frente
- acho que um suco de morango e batatas fritas, tudo bem pra você?- se virou me olhando pela primeira vez, sorri.
- eu vou querer o mesmo
- tudo bem, podem aguardar que já iremos levar até vocês
- obrigada- Demi e eu respondemos e fomos nos sentar em uma mesa no canto da lanchonete
- bárbara postou uma foto em seu aniversário, como vocês estão?- ela disse brincando com os saquinhos de açúcar em cima da mesa
- nós estamos bem! Apesar de como tudo terminou, nós sempre seremos amigas
- amigas... Você acredita que isso possa existir?
- o que? Amizade? Como assim?
-(s/n), vocês namoraram por tempos.
- eu sou uma pessoa que não gosta de inimizades e além de tudo antes de tudo ela é uma das minhas melhores amigas, ela respeita meu espaço
- tudo bem!- Demi, levantou a cabeça e eu tenho certeza que lançou seu sorriso irônico
- isso é ciúmes?- falei divertida tirando os saquinhos de açúcar da sua mão.
- claro que não, só curiosidade
- por que não admite?- falei divertida tentando descontrair qualquer tensão que poderia se formar com o assunto
- não há o que admitir- fomos interrompidas por nossos pedidos, mas ela parecia estranha.
- tudo bem, não irei mais tocar no assunto- seguimos a refeição em silêncio, não era desconfortável..era estável.
- algum projeto novo?- ela falava brincando com as batatas, botei minha mão sobre a sua, vendo o choque que meu toque causou ao seu corpo arrepios por seu braço
-para de brincar com a comida- dei uma risada e ela levantou as mãos em uma ato de rendição
- tudo bem, senhorinha
- no momento eu pretendo me dedicar a carreira de atriz, não que eu não ame cantar e estar no palco mas é algo que quero muito fazer por enquanto.
- nossa, que legal. Faz um tempo que eu não tenho estado nos holofotes do cinema mas eu tô bem
- não quer voltar?
- acho que no momento não- a lanchonete tem um vidro transparente que dá pra vê o ginásio o que me fez vê o reflexo que um flash teve
- acho que estamos sendo fotógrafadas- falei para ela que olhou para onde eu tinha olhado
- você quer ir embora?
- sim! Podemos ir para minha casa, se você quiser
- você está na sua mãe?
- não! Voltei pra casa. Por que?
- nada, só que depois daquele jantar confesso que estou meio sem graça- aquilo me fez ter um riso tão espontâneo- ei, para de rir, é serio!
- é que não precisa disso, minha família adora você e fora que eu que saí de forma inesperada
- tudo bem, Beckham!-- você está estranha- falei me sentando ao seu lado e dando um copo com água que ela havia me pedido quando chegamos
- você acha? Eu estou bem- ela fechou os olhos enquanto bebia a água, quando parou seus olhos continuava fechados
- sim, eu acho- peguei o copo de sua mão e coloquei em cima da mesa ao lado do sofá
-acho que só estou cansada- me aproximei dela, tocando seu rosto com as pontas do dedo em um carinho sutil, deslizando por sua testa, seus olhos ainda fechado, sua bochecha, me aproximei lentamente e encostei meus lábios seus devagar como se pedisse sua permissão, fui correspondida de forma sútil, nossos lábios se movimentando lentamente, sua língua encostou na minha me arrancando um suspiro, fomos parando devagar com beijos curtos, ela abriu os olhos me encarando
- estava com saudades- ela disse acariciando meu cabelo
- pra quem está indo devagar- falei risonha
- é difícil, viu- ela gargalhou, inclinando seu corpo para cima do meu, me beijou sem delongas, um beijo mais intenso como se tivesse se aprofundando cada vez mais em mim, nossos corpos estavam em contato tão íntimo, me movimentei de cima pra baixo, ela soltou um gemido
-Demi?- chamei a fazendo me olhar
-oi?- ela dizia ofegante
- tá tudo bem?
- sim, talvez eu não queira ir tão devagar assim- ela sorriu, a beijei de volta me levantando com ela no colo indo em direção ao quarto. A deitei na cama e tirei minha camisa voltando a beija- lá enquanto ela tentava tirar a calça
-deixa que eu te ajudo- falei abrindo seu zíper enquanto ela tirava a camisa, o seu corpo bronzeado e todas suas curvas era hipnotizantes, nosso toque era repleto de sensações quentes, seu corpo em contato direto ao meu esquentava o quarto em uma intensidade tão grande que nossos gemidos se misturavam como uma canção repleta de desejo e uma volúpia avassaladora dos nosso entrelaços nessa cama, com lençóis jogados para fora da cama e iluminadas pelo fresto de luz da lua que atravessava as cortinas de seda branca, estávamos tão perdidas no tempo biológico do mundo que naquele momento não havíamos notado a chegada da noite.
Desacelerando o furacão entre nós, meus dedos faziam uma caminhada pelas costas nua de Demi, que me encarava enquanto deslizava seis dedos por meu rosto
-foi diferente- ela falou em um tom de vergonha
- ruim?
-claro que não! É que naquela vez no meu esconderijo parecia...- ela se pausou como se repreendesse sua fala
-como se fosse apenas carnal?
-sim- ela sussurrou
- e era, Demi. Mas não é mais, há muitos sentimentos entre nós-, no fundo do quarto o aparelho de som tocava "she Will be loved"
- estamos encrencadas?
- depende do seu ponto de vista mas no meu não há problema, eu tenho sentimentos por você que não consigo explicar então acho que é melhor que tudo flua como deve ser, não há porque nega-los
- você- ela disse abrindo um largo sorriso e selando nossos lábios- hoje mais cedo, eu tive ciúmes de você.
- eu não vou dizer que não precisa porque não é algo que se controla mas eu te garanto que não há nada que eu queira voltar atrás, além do nosso momento aqui
- eu sei mas sou insegura
- eu vou tentar lhe passar toda segurança mas você precisa confiar em mim.
- eu confio e sabe, não precisamos voltar para aquele momento se podemos fazer um novo- seu sorriso malicioso me fez rir
- você, argh. Você é linda!
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Nightingale (Demi/you)
Fiksi Penggemaro filosofo francês René disse que precisamos abandonar tudo que nos foi ensinado... As vezes na vida realmente precisamos abandonar muitas coisas, principalmente quando a força da atração nos envolve e arranca suspiros apaixonados desde as noites f...