New troubles

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Camila Cabello POV

Não sabia ao certo que horas eu havia dormido. Só me lembrava da noite passada e de ter caído no chão. Lauren ainda cochilava feito um anjinho — ou um demôniozinho. — Agora que eu tinha relaxado a mente, meu subconsciente voltou a me atormentar:

"E agora, como vão ficar as coisas? "

" Tem ideia do que fez? "

" Fodeu a filha de um pastor, de um pastor! "

Eram esses entre milhares de frases que minha mente reproduzia, mas o que eu poderia fazer? Lauren me atiçou então a culpada disso tudo aqui é ela! Na verdade eu também sou cúmplice, por ter me deixado levar pelo momento e pelo prazer. Mas não posso negar, aquele foi o melhor erro que eu já cometi. 

Me levantei do chão, me espreguiçando. Olhei para baixo e percebi ainda estar despida. Bocejei umas três vezes e vesti minha roupa rapidamente. 

Estava prestes a sair da casa, quando uma voz completamente manhosa me impediu de cumprir o ato. 

— Camila, aonde está indo? 

— Embora. —respondi baixo, quase como um sussurro. Mas ainda sim, possível de se ouvir. 

— Por que? Fica mais um pouco, por favor! — pediu com a voz manhosa. 

— Tá.. 

Eu queria correr, mas correr para bem longe dela. É estranho estar próximo a ela depois do que aconteceu. Tipo muito estranho. Mas sem muitas delongas, me dei por vencida e dei alguns passos para trás. Me sentei ao seu lado, sem ao menos olhar em seu olhos. 

— O que foi? —disse tentando se sentar, deixando alguns gemidos de dor escaparem. 

— Por que você me beijou? Por que você me provocou? Por que fez tudo isso? — tomei coragem e soltei tais palavras, enquanto a olhava incrédula. 

Lauren arregalou os olhos e pareceu ter engasgado com a própria saliva. Pegou suas roupas e as vestiu. Voltou a me olhar como se buscasse as palavras adequadas para me responder. 

Hesitou diversas vezes, sempre quando finalmente ia dizer algo, parava. Além de me lançar olhares um tanto aflitos. Até que por fim, ela veio em minha direção, com um pouco de dificuldade e continuou a me encarar. 

— Não deu pra perceber ainda? Eu gosto de você! — disse com um tom cheio de ironia. 

— Laur... — tentei dizer mas a garota me cortou, e eu arregalei os olhos imediatamente. 

— Quer saber? Sai da minha casa! Isso tudo foi um erro, nem deveria ter me apaixonado por você. — lágrimas já jorravam de seu olhar. 

— Espera... Você... Lauren, eu.. 

— Não... Cala essa sua boca! Sai logo daqui, anda. —gritou, derramando ainda mais lágrimas. 

Senti um aperto em meu peito e uma imensa vontade de ir até ela e a abraçar com toda a força que meu corpo permitisse. Por mais que eu sentisse que não devesse ter feito o que fiz, acima de tudo, eu a amo. E me dói vê-la desta forma. Ainda mais, por minha causa. 

Andei até ela e a puxei para perto de mim, a abraçando fortemente. A mesmo tentou resistir, me empurrando. Mas logo desistiu, cedendo ao abraço. Ficamos assim por algum tempo e logo nos afastamos. Olhei a hora através do relógio de pulso e entrei em desespero. 

—Droga Lauren, tenho que ir. 

— Tudo bem! Vem, eu te levo até a porta. — assenti com a cabeça e caminhei até a porta, Lauren a abriu e quando estava prestes a sair dei de cara com um homem. — que parecia que já ia tocar a campainha. 

Um homem muito, muito estranho; cabelos platinados e extremamente alto. Além de ter um expressão de poucos amigos esbanjada em seu rosto. Além de estranho, era bem bonito. 

— Você é Lauren Jauregui? — perguntou a garota ao meu lado, que assentiu. 

— Precisa vir comigo, agora! —disse, puxando Lauren para perto de si. Logo atrás vinha mais dois caras, que possuiam máscaras cobrindo suas faces. 

— Espera, para onde estão levando ela? —perguntei confusa. 

— Não te interessa! 

Disse e apressou o passo, segurando Lauren e o levando até um carro preto. Ela se debatia, tentando fugir dos braços daquele estranho. Eu tentei correr até ele e o impedir de levá-la. Mas fui nocauteado diversas vezes na barriga, por dois homens nada simpáticos. 

Lembro-me de ter visto Lauren sendo jogado a força para dentro do carro. Logo depois, minha visão tornou-se turva e uma claridade invadiu meu campo de visão, ocasionando o meu desmaio. 

A Filha Do PastorOnde histórias criam vida. Descubra agora