Cap. 7 - "VOCÊS VIRARAM AMIGOS??"

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{Segunda - Manhã}

¤5h30¤

Acordei com o despertador do celular em baixo do meu travesseiro e resmunguei baixinho. Se passaram mais alguns minutos até eu ter coragem de levantar da cama e ir tomar banho.

Assim que sai do banho, coloquei uma calça jeans escura cintura alta, uma blusa justa da cor azul escura, meu tênis all star branco e deixei meu cabelo solto para poder secar. Em seguida, fui pegar minha bolsa e foi aí que me lembrei que havia deixado na casa de Thomas, bufei alto e nesse mesmo instante ouvi uma batida na porta. Caminhei até a mesma e era Lorrie e Gleen.

- Ah, ela tá viva! Que bom! - Lorrie disse erguendo suas mãos e eu arqueei a sobrancelha.  

- Enlouqueceu de vez? - Perguntei olhando para ela e Gleen começou a rir.

- Você sumiu o final de semana inteiro! Onde você se meteu? Íamos sair ontem você esqueceu?

- Puts... - Fechei meus olhos com um tanto de força e soltei um suspiro pesado ao lembrar que tinha combinado de sair com Lorrie sábado. - Desculpa! eu de verdade esqueci.

- Tudo bem. Mas, aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou.

- Não... - olhei para baixo e peguei meu celular do bolso para ver a hora. - Já que estão aqui, eu vou com vocês para a escola.

- Certo, pega sua bolsa e vamos. - suspirei novamente quando Gleen falou e eu dei um breve sorriso. Fechei a porta e tranquei a mesma. - Esqueceu a bolsa....

Ele falou e eu andei até o apartamento de Thomas. Bati na porta e logo ele estava atendendo a mesma, enquanto vestia uma blusa azul com alguns detalhes brancos estranhos e samba canção.

- Não está pronto ainda? - Perguntei olhando para ele, arqueando a sobrancelha.

- Se não tivesse me atrapalhado eu estaria terminando de me arrumar. - Ele respondeu.

- Se eu não tivesse esquecido minha bolsa aqui, eu não estaria atrapalhando. - Disse dando um sorriso falso. - Pode pegar para mim? Da última vez que eu vi estava dentro do seu guarda - roupa, na parte de baixo.

- Por que você não entra e pega?

- Porque você está se arrumando, quanto mais rápido me der minha bolsa, mais rápido se arruma, não é?

- Uhum... A questão é, eu não quero ir pegar sua bolsa. - Ele disse começando a abrir um sorriso. Bufei e empurrei ele devagar, apenas para me dar passagem. Em seguida, fui até o quarto dele e peguei minha bolsa no seu guarda - roupa e voltei para a porta e o cutuquei para me dar licença.

- Já pode me dar licença, peguei minha bolsa e já quero sair de sua casa. - Ele se virou e me olhou. - Que?

- Você não sabe dizer, "obrigado", "por favor", muito menos um "bom dia", né? - Ele disse e eu ri.

- Obrigado por deixar eu entrar na sua casa. Por favor pode me dar licença para que eu possa passar e bom dia, Thomas.

- Bom dia, Melissa. - Ele saiu do caminho e eu fui até o corredor junto com Gleen e Lorrie que estavam com uma cara de espantados, a boca dos dois estava entreaberta de surpresa.

- ah, Thomas? - O chamei.

- Sim?

- Tome cuidado ao andar de moto.

- Pode deixar... - Ele colocou sua mão em meu ombro e sorriu. Retribui o sorriso e tirei sua mão dali.

- Ou, vocês dois. Já podemos ir. - Falei passando minha mão no rosto de Lorrie e Gleen.

- Er... Vamos.... - Falou Lorrie e logo começamos a descer as escadas, os dois estavam quietos até entrarmos dentro do carro.

- COMO ASSIM VOCÊS VIRARAM AMIGOS DE REPENTE? - Surtou Lorrie assim que o carro começou a andar. O sorriso estava no rosto, mas, o tom de surpresa continuava.

- De verdade, aquilo foi estranho. Você estava preocupada com ele? - Gleen falou dando um sorriso para mim também. Revirei meus olhos, enquanto eles falavam e somente ri junto com eles.

- Ah, fiquem quietos vocês dois, meu Deus. 

/Na faculdade/

Chegando na faculdade, Lorrie e Gleen ainda estavam falando sobre o que tinha rolado com o Thomas, no caso, uma conversa, mas, eles estavam fazendo o show com aquilo, me zoando e tudo mais.

Caminhamos até nossa sala e cada um se sentou em seu devido lugar e pela primeira vez vi Thomas chegando na hora certa e quieto, estava sentado no final da sala com a cabeça baixa, provavelmente pensando em seu falecido irmão.

- Mel... Thomas está quieto... Vai sentar com ele. - Falou Lorrie e eu neguei com a cabeça. 

- Melhor não. Ele tem muita fama na faculdade, alguém vai ir se sentar perto dele em breve. - Ela fez um bico e eu dei um breve sorriso para ela.

/Última aula/

- Mel... - Ouvi alguém me chamar no final da sala, enquanto todos se levantavam para ir embora. Me levantei e virei para trás, vi Thomas me encarando.

- Sim? - Ele começou a se aproximar de mim e eu fiquei parada, olhando ele.

- Vem para casa comigo? Quero te levar a um lugar...

- Onde?

- Só vem.

Ele passou por mim e continuou a andar. Me virei para a porta e comecei a andar atrás dele, até sua moto no estacionamento.

- Espera aqui, vou pedir o capacete do Gleen. - Assenti e fiquei esperando ao lado da moto dele.

- Então, você é a nova ficante do Thomas? - Disse uma voz feminina e debochada, atrás de mim. Me virei e vi uma menina, ela sorria, mas não era um sorriso gentil ou simpático. - Espero que não esteja se iludindo muito. No final, ele sempre volta para mim, eu sou a melhor para ele.

- Eu não sei quem é você. Mas, não sou ficante do Thomas, sou amiga.

- Amigos que transam? - Ela disse rindo e eu arqueei a sobrancelha.

- Bem... No meu ver, amigos podem transar sim. Mas, também não é o caso. Thomas é meu vizinho.

- Que seja! Espero que não esteja gostando dele. Porque o coração dele me pertence. - Após ela dizer isso com toda a sua convicção ela saiu dando uma risada e eu tentei entender que merda foi aquela que acabou de acontecer.

- Estava falando com quem?  - Perguntou Thomas se aproximando.

- Com uma de suas fãs possessivas. Não tente me usar para me livrar delas. - Disse me virando, enquanto estava séria.

- Não estou te usando. Você estava me ajudando, eu só quero te levar em um lugar bacana. Somos amigos, afinal, não é?

- Acho.... - peguei o capacete de sua mão e o coloquei. Em seguida, Thomas colocou a seu e subiu na moto e eu subi logo atrás dele e coloquei minhas mãos em sua cintura.

Ele segurou minhas mãos me fazendo abraçar seu corpo e começou a andar com a moto logo em seguida. Eu sorri de lado e pude perceber que ele também sorria.

Amor Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora