Prólogo

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Eden Kowaslki / Roma, Itália

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Eden Kowaslki / Roma, Itália.

Eu estava no meu escritório pensativo sobre os negócios da máfia, eu tinha uma grande responsabilidade em minhas costas.

A máfia vinha sempre acima de todas as minhas necessidades, era parte da minha vida.

Eu devo minha lealdade inteiramente aos negócios, fazer tudo da melhor forma. É isso que um bom líder faz.

Vários documentos em cima da minha mesa roubavam a minha paciência, eu assumi a cadeira de chefe faz alguns meses desde que o meu pai saiu.

Só agora vejo sua completa irresponsabilidade em liderar. Fez negócios inúteis e comprometedores.

ㅡ filho da puta! ㅡ xingo dando um murro forte sobre a mesa.

Coloco a mão no queixo enquanto acariciava a minha barba. Na minha outra mão tinha duas pedras da lua, uma preta e outra branca que eu sempre carregava comigo para me lembrar de quem eu era.

Eu brincava com elas entre minha mão com impaciência enquanto encarava o notebook na minha frente.

Uma lista de todos os associados e integrantes da máfia, eu iria testar a lealdade de cada um pois havia um grande traidor entre nós que desviava o dinheiro dos tráficos. Como se não bastasse, também estava matando nossos soldados e torturando eles em busca de algo, que ainda não sei mas irei descobrir.

Quando eu descobrir o culpado por tamanha traição eu irei me vingar cegamente. Da pior forma.

Ouço batidas na porta do meu escritório.

Não morava ninguém na minha mansão além de mim mesmo. Suspiro frustado e impaciente ao encarar a porta se abrir.

ㅡ o que você quer, Abner?! ㅡ olho para o meu irmão que estava de braços cruzados me olhando astuto.

Ele arqueia uma sobrancelha e se aproxima da cadeira a frente da minha mesa.

ㅡ ajudar, já que sou o Capo ㅡ se serve de whisky como se fosse o dono de tudo. Volto o meu olhar para o notebook.

ㅡ vai ajudar bastante se for embora da minha casa ㅡ falo ríspido e sem me importar em olhar para ele.

Abner era o meu irmão do meio, o Capo. Eu era o filho mais velho e por isso sou o chefe da máfia. Também tinha Abraham, o consiglier, mas esse nunca dava as caras. Sempre perdendo tempo com prostitutas e bebidas. Meus irmãos são uma decepção em todos os sentidos.

ㅡ esqueceu da promessa que fez para os Martinelli's? ㅡ ouço ele dar um gole na bebida. Levanto o meu olhar para ver ele apreciando sutilmente o copo com o líquido ardente e amadeirado.

ㅡ e você me deixa esquecer? ㅡ na verdade não havia promessa nenhuma, pois não sou um homem de promessas. Ao menos que essa promessa inclua matar alguém.

Viro a garrafa derramando a última dose em meu copo com gelo. Dou um gole degustando o sabor alcoólico. ㅡ o que quer de mim?

De uma coisa eu sabia, meu irmão nunca estaria ali para me ajudar.

ㅡ está na hora de cumprir a promessa, irmão. ㅡ ele sorri ao retirar um cigarro do paletó e acende o mesmo.

Dou uma gargalhada cética. Olho para meu irmão que me observava com seus olhos negros semi cerrados.

ㅡ eu lembro que a promessa foi feita por você, Abner, não por mim. ㅡ fecho o notebook e foco minha atenção apenas nele. Junto as duas mãos apoiando meu queixo nelas.

ㅡ pois bem, a promessa envolve você. Eu prometi que você iria proteger os descendentes daquela família a todo custo. ㅡ ele solta a fumaça do seu cigarro no ar.

ㅡ você cometeu um grande erro ao prometer isso ㅡ dou uma gargalhada. ㅡ eu não vou fazer nada. Não sou como o nobre Abner que sempre mantém a sua palavra. ㅡ enfatizo.

A família Martinelli nos ajudou quando a nossa família foi atacada pela máfia inimiga. Nós estávamos em solo inimigo, e o chefe daquela família nos abrigou. Não lembro muito daquele dia já que não têm importância para mim, foi só um dia ruim entre milhões nos quais somos atacados por inimigos, sempre saindo ilesos.

ㅡ aquele dia foi por um tris. ㅡ Abner coloca o cigarro no cinzeiro e dá mais um gole de whisky para tirar o hálito da fumaça inalada.

ㅡ vamos acabar logo com isso, não tenho muita paciência. ㅡ suspiro pelo nariz. ㅡ o que você quer? Dinheiro, casa, empréstimo, uma pessoa específica morta?

Ele dá uma gargalhada branda. Olho para ele esperando uma resposta.

ㅡ aceite ele na máfia. ㅡ eu ri. Gargalhei como se estivesse assistindo um espetáculo de circo.

ㅡ porra, você só pode estar tirando uma com a minha cara. ㅡ falo por fim.

ㅡ eu tenho cara de quem está brincando? ㅡ fala sério.

ㅡ tem sim. Que tipo de insanidade é essa?! Trazer uma família inteira para dentro da máfia? ㅡ a ideia soava patética.

ㅡ nós dois sabemos que o velho está associado com pequenos negócios faz tempos, mesmo que inconsciente. ㅡ ajeita seu paletó. Sempre tão vaidoso. ㅡ é bom para ambos. Ele administra muito bem e é disso que precisamos levando em consideração o estado que o nosso pai deixou tudo isso. ㅡ aponta para o notebook com uma sobrancelha arqueada.

Ah, como eu odeio que ele tenha razão.

ㅡ vamos conversar com os outros primeiro. ㅡ giro na cadeira enquanto brincava com as pedras em minhas mãos.

ㅡ qual é, irmão. Eles obedecem cada palavra que sai da sua boca! ㅡ eu franzi a testa.

ㅡ me deixa em paz, Abner. ㅡ pedi impaciente.

ㅡ essa conversa ainda não acabou, chefinho. ㅡ debocha levantando.

Ele sai do escritório me deixando sozinho. Volto para os negócios no notebook.

Tomara que essas promessas estúpidas do meu irmão não me tragam mais dor de cabeça e problemas do que já tenho. Maldito seja.

Querida Bella, Eu Sou A Fera - Monstros Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora