Bella E Sua Pequenez

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Randi Martinelli / Roma, Itália

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Randi Martinelli / Roma, Itália.

Acordo com mãos me puxando com força. Abro os olhos assustada encarando o rosto da mesma mulher de ontem, Giovanna.

Ela sorri de uma forma cruel e me arrasta do quarto escuro a fora.

ㅡ deixa-me! ㅡ grito tentando me soltar. ㅡ me solta sua bruxa!

A mulher se divertia da minha situação enquanto apertava meu braço com mais força. Ela me joga no chão quando entramos em um lugar com várias mulheres, máquinas de lavar e uma banheira enorme. Olho ao redor percebendo um luxo do lugar apenas para serviço dos empregados.

ㅡ lavem bem essa selvagem! ㅡ a mulher fala para uma das moças que estavam colocando pétalas de flores na banheira. ㅡ logo eu a apresentarei para a patroa.

Olho para minha roupa, meu vestido que antes era branco agora estava completamente sujo. Me debato nas mãos das duas mulheres.

ㅡ me deixem ir embora! ㅡ gritei.

ㅡ animalzinho, é bom que não me aborreça! ㅡ a mulher rasga a minha roupa em um movimento brusco. Em seguida as outras me jogam na enorme banheira espumosa, que mais parecia uma piscina.

ㅡ eu posso tomar banho sozinha! ㅡ grito quando elas jogam água no meu cabelo e esfregam minhas costas.

ㅡ sabemos disso, mas é dessa forma que lavamos as mulheres sujas, nojentas e prostitutas como você! ㅡ Giovanna fala com seus olhos queimando os meus em puro desprezo.

ㅡ eu não sou uma prostituta! ㅡ minha voz saiu falha. Me sinto muito magoada com suas palavras.

ㅡ na máfia, as prostitutas tem a sua posição! Então você é uma putinha suja, criatura. ㅡ com isso a mulher arrogante se retira a cada passo que ela dava para fora dali, sua bunda rebolava naquele vestido curto.

ㅡ onde estou? ㅡ viro a minha cabeça para olhar no rosto da mulher que me banhava. Seu rosto tinha uma expressão sofrida.

ㅡ na casa da família mais poderosa da máfia. ㅡ a mulher fala sem emoção alguma, como se sempre falasse isso.

ㅡ porque estou aqui? ㅡ perguntei com lágrimas nos olhos. Eu do queria a minha vida de volta.

ㅡ agora você pertence a essa casa, criança. ㅡ a outra que lavava o meu cabelo diz. Cruzo os braços diante do meu corpo para esconder a minha nudez.

Abaixo a cabeça enquanto elas me banhavam lentamente. Tudo que eu queria era o meu pai de volta.

ㅡ ouça, criança. ㅡ a mulher chama a minha atenção. ㅡ jamais olhe a nossa senhora nos olhos, e fale apenas quando ela mandar.

ㅡ qual a minha função aqui? ㅡ olho para elas duas com lágrimas nos olhos. Elas ficam em silêncio quando a porta é aberta novamente.

ㅡ sua função aqui é servir a todos, vinte e quatro horas por dia, depois ao final da noite deverá limpar todo o chão, escadas, e cômodos do andar de cima. ㅡ Giovanna aparece novamente com roupas nas mãos. ㅡ quando terminar isso, será noite. Então irá lavar a louça, cuidar do jardim e ir dormir para no outro dia fazer tudo de novo.

Olho para ela com olhos arregalados. Eu realmente era uma escreva ali dentro.

ㅡ não fale com ninguém da família Kowalski, não faça perguntas nem escândalos! ㅡ as moças terminam meu banho e me enrolam em uma toalha.

Depois de um tempo com a Giovanna falando toda a minha função ali, elas me vestem e arrumam o meu cabelo.

Fico diante do espelho encarando o meu reflexo, olhos inchados de tanto chorar, cabelo solto e algumas mechas unidas e presas por flores, um vestido branco e aparência triste.

ㅡ você tem que se vestir como uma empregada! Nada de shorts curtos, camisetas, ou roupas vulgares! Vestirá vestidos velhos e nada que chame a atenção dos chefes! Eu fui clara?! ㅡ a mulher arqueia uma sobrancelha respirando fundo enquanto me olhava dos pés a cabeça.

Balancei a cabeça em concordância, dizendo que entendi tudo. Giovanna acena para que eu siga ela pelo corredor com várias portas. Até que entramos em uma sala, a mesma sala de ontem, e no final dela os portões.

ㅡ do outro lado desses portões, fica a casa dos chefes, se comporte e não faça nada errado. Ou paragá com a vida! ㅡ Giovanna abre as portas, adentramos enquanto seu salto fazia barulho pelo chão.

Do lado de dentro dois homens protegiam a entrada. Pelo visto aquela família era muito importante, um portão dividindo os criados deles, e ainda por cima a passagem das duas alas protegida por dois seguranças fortemente armados.

Giovanna agarra meu braço ao percebe a minha distração observando os quadros na parede e a decoração espalhada pelo grande salão.

ㅡ vamos, criatura. ㅡ me puxava mas mesmo assim não perdia o rebolado.

Giovanna é uma mulher bela, de meia idade, cabelos negros, olhos claros. Mas era muito velha para andar com saltos e roupas apertadas, aquilo deixava ela estranha ao invés de sexy.

Paro abruptamente quando vejo uma mulher com senso superior e muito linda saindo de um escritório, era ela a senhora das outras mulheres, a dama da máfia.

A mulher me olha de cima a baixo com avaliação, era como se eu fosse uma mercadoria.

ㅡ tão jovem. ㅡ a mulher diz. ㅡ qual a sua idade, criança?

ㅡ 20 anos, senhora. ㅡ sinto Giovanna bater em meu braço com rispidez para eu abaixar a cabeça e não olhar nos olhos da mulher a minha frente.

Abaixei a cabeça como mandou. Respiro fundo com tanta humilhação que eu me submetia.

ㅡ e o seu nome? ㅡ a mulher pergunta mais uma vez, de forma branda.

Arrisquei levantar a cabeça para olhar sua pele branca, as maçãs do rosto rosadas, naturalmente. Seus olhos me observando com atenção e um meio sorriso em seus lábios, ela suspira com graciosidade e se move em minha direção.

ㅡ Randi. ㅡ respondo orgulhosa do nome que o meu pai me deu, era tudo que eu tinha dele.

ㅡ bom, o meu é Milena. Essa é sua nova casa, esqueça qual tenha sido o seu passado e comece a trabalhar. ㅡ ordena com suavidade.

A mulher se retira e Giovanna segue atrás dela como um cachorrinho, olha para trás em advertência para dizer que estava de olho.

Olho de um lado para o outro sem ter clareza do que eu iria fazer ali, começo a andar pelo grande salão, na minha casa tinha um salão igual para noites de festas e comemoração.

Eu lembro que dançava a noite inteira com meu pai ali, como se não houvesse amanhã, como se existisse apenas eu e o seu amor e carinho por mim.

Um aperto se espalha no meu coração ao me lembrar da morte dele, meu peito ardia por vingança.

"A culpa é sua, Randi" estremeci com essas palavras, realmente era culpa minha, se eu tivesse voltado a mansão com ele eu poderia ter evitado.

Me movimento rapidamente para sair dali mas sinto meu corpo esbarrar no corpo de alguém, sinto as mãos firmes nas minhas costas me segurando para não cair.

Mantive a cabeça abaixada incapaz de encarar o rosto daquele homem.

Apenas respiro fundo o seu cheiro masculino que nos envolveu, um perfume selvagem e estonteante.

ㅡ está perdida, bella? ㅡ sua voz grave ecoa perto de mim e sinto tudo no meu interior estremecer como um trovão.

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⏰ Última atualização: Jul 02, 2020 ⏰

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Querida Bella, Eu Sou A Fera - Monstros Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora