MONSTROS DA MÁFIA, LIVRO 1.
A primeira vez em que eu a vi, tudo em mim teve paz. Com ganância meu coração a quis. Talvez o meu destino fosse a deixar em pedaços.
Seria essa a nossa primeira morte?
Randi Martinelli nunca viveu em um total mar de rosa...
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Randi Martinelli / Roma, Itália.
Eu estava sentada com minhas costas apoiada no tronco de uma enorme árvore, meu vestido branco voava com o vento suave, assim como meus cabelos.
Em minhas mãos estavam flores, eu juntava elas na tentava de fazer uma tiara para usar. Os meus pensamentos focavam apenas na canção que eu entoava.
ㅡ quantas estrelas há no céu, minha pérola? Por muito tempo, meus olhos derramam lágrimas por ti.
ㅡ Randi? ㅡ ouço meu pai me chamar.
Vejo ele se aproximar e sentar ao meu lado, sempre sorridente, encaro seus olhos verdes e dou as costas sem interromper a canção.
Eu não queria falar com ele, eu estava magoada demais pra isso.
ㅡ Ahh... Randi. ㅡ ele cruza as pernas com as mãos no colo me ouvindo cantar, ele me olhava como uma criancinha admirada.
Papai fica esperando eu terminar de cantar, logo eu paro pois estava irritada demais para isso.
Cruzo os braços e evito olhar para o seu rosto. ㅡ eu não ficarei lá para sempre. ㅡ ele diz levantando as mãos para tocar o meu rosto. ㅡ só ficarei em Sicília por algumas semanas...
ㅡ e porque não posso acompanhar você, papai? ㅡ olho para seu rosto falando com irritação e mágoa.
Ele suspira sorrindo gracioso. Aproxima seu corpo do meu e me olha com total atenção.
ㅡ nós já falamos sobre isso, Randi. Sua mãe e suas irmãs precisam de você aqui. São só alguns negócio que surgiram, logo vamos nos reunir novamente. ㅡ ele segura minha mão com amor.
Respiro fundo cansada dessa conversa, eu não queria que ele fosse. Queria que ele ficasse aqui comigo, ou que ele me levasse junto. Abaixo a cabeça triste.
ㅡ já te contei a história dessa árvore? ㅡ papai pergunta sorrindo, na intenção de me fazer perdoar ele.
Olho para seu rosto, era impossível ficar brava com o meu pai.
ㅡ um milhão de vezes. ㅡ falo e ele dá uma gargalhada. Eu acompanho, o vento levava e trazia o nosso som alegre.
A sua mão vem até as minhas costas, ele encosta sua testa na minha e respira fundo.
ㅡ Randi... ㅡ sussurra sorrindo e beija minha testa. ㅡ minha Randi, eu preciso ir agora.
Eu levanto junto com ele segurando sua mão tão forte que eu não queria soltar. Papai me abraça apertado e demorado, transmitindo todo seu amor por meio daquele abraço.
ㅡ cuide da sua mãe e das suas irmãs, ok? ㅡ fala quando encerramos o abraço.
ㅡ sim, papá. Volte logo. Eu te amo.ㅡ fico na ponta dos pés e beijo seu rosto.
