Capítulo 6 - Bónus

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Hey, como prometido, cheguei com o capitulo Bonus, que como podem ver é da Luana, O Samuel também vai ter mais para a frente na história. Mas  como a Delilah ia se encontrar com a Luana, achei importante ter-mos a perspetiva da mesma. 

                                                           Luana Cardoso

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                                                           Luana Cardoso

- Filha por amor de deus, eu já te garanti, se acontecer alguma coisa eu ligo-te. Vai sair, espairece a cabeça. Tu mereces. – beijou-me a testa.

Acenei com a cabeça e dei-lhe um meio sorriso, era o máximo que conseguia depois da notícia que tive de manhã. Acho que só por isso tinha aceitado esta saída com a Delilah, normalmente mantinha distancia de todos no local de trabalho.

Peguei na bolsa, e tirei de dentro a chave do carro. Encontrei com facilidade o café onde tinha combinado o encontro com a Delilah. Ela já estava lá sentada a minha espera, enquanto atraia os olhares para si. Os malefícios de ser famosa, eu presumo.

- Oi – cumprimentei enquanto me sentava, engoli um Dona Delilah, que não saiu por muito pouco.

Ela sorriu, e trocamos amenidades. Até que chegou a altura do assunto principal, ao que ela se referia como o motivo da minha tristeza.

- Luana, eu não quero ser intrusiva. Mas eu consigo notar, mesmo agora, por de baixo desse sorriso, alias que sorriso lindo menina, que não estas bem – ela começou, preparei-me para discordar, mas ela segurou-me na mão – E sabes como é que eu sei, porque durante muito tempo eu sorria assim, estava devastada por dentro, mas por fora mantinha sempre um sorriso falso no rosto e dizia que estava tudo bem. Quando não estava. Precisava de ajuda e não pedi... - ela parou o discurso ao meio, como se as palavras a magoassem.

Engoli em seco, olhava para ela e sentia-me culpada. Porque sempre achei que ela fosse mais pop star mimada, e agora via que não, bem no fundo dos olhos dela via toda a dor que ela carregou. Talvez ela tivesse, razão e fosse hora de pedir ajuda.

- Eu tenho uma filha, ela tem três anos – dei-lhe alguns segundos para assimilar a notícia – Conheci o pai dele na escola. Ele era o típico garoto popular, mulherengo, jogava futebol, o nome dele era Luan. Naquela altura, eu tinha tantos planos, Delilah, tantos. Queria fazer faculdade, Psicologia. Ele aproximou-se de mim, no início fiquei desconfiada, eu não era o tipo dele, mas ele dizia todas as palavras certas, tinha todas as atitudes certas, hoje consigo perceber que foi tudo ensaiado, cada olhar, cada gesto, cada beijo, cada toque. Logo após eu entregar-me a ele, descobri o porque do circo todo, ele tinha apostado com os amigos que conseguia ir para a cama com a "negrinha" difícil, que não dava hipóteses a ninguém.

Senti os olhos arder, e a Delilah apertou-me a mão com a força, numa tentativa de me transmitir confiança. Engoli em seco e continuei.

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⏰ Última atualização: Jun 14, 2020 ⏰

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