Capítulo 28 - Pesadelos

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YOOOOOO

Voltei mais cedo hoje, ainda quero postar outro hoje

Espero que gostem e qualquer erro....

Boa leitura!!!!

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POV Dinah

Eu via seu rosto irritado, suas mãos fechadas em punho. Sua voz gritando comigo, por eu ter me soltado. Eu senti minhas mãos serem duramente puxadas para atrás novamente por alguém que não vi, sendo amarradas, dessa vez com mais força e mais nós.

— O que você fez, Jane?!

Ele gritou, me chamando pelo meu nome de nascimento e eu engoli em seco, não podia falar.

Não podia falar.

Ele se aproximou, me puxando pela camisa, fazendo a cadeira balançar, cuspindo em meu rosto e soltando a cadeira.

Fechei os olhos, sentindo aquilo escorrer pelo meu rosto.

Nojo.

Medo.

Eu estava com medo.

— Amarra os pés dessa puta antes que ela se solte. — Ele mandou, e vi um cara alto se aproximar.

Eu vi o cano da arma saindo da sua calça. A que estava na minha já havia sumido assim que eles notaram que eu estava solta. Quando o homem se afastou eu já não conseguia me mexer. Eu poderia, eu poderia me soltar, já me soltei de algemas, panos seriam tão fáceis.

Mas eu não conseguia me mexer. Meu cérebro não mandava essa ordem aos meus músculos, e eu não conseguia me mexer. Eu estava tão assustada.

Memórias da minha infância se perdendo em meio a realidade.

Eu via sangue no chão.

Mas não havia sangue ali. Em algum lugar da minha mente, eu sabia disso.

Mas tinha tanto sangue.

E meu pai tremia, seu corpo tremendo enquanto o sangue saía de seu corpo.

Encarei o tênis branco que usava, meus tornozelos amarrados em cada pé da cadeira. Estava limpo. Estava tudo bem. Estava limpo. Não tinha sangue ali.

— Me diz a porra que você fez Jane?! — Ele gritou de novo, seu punho se erguendo.

Atingiu meu rosto. Cuspi um pouco de sangue. Agora havia sangue no chão. Acho que soltei um gemido dolorido ao sentir meu cabelo ser puxado, e em seguida um novo soco atingir meu rosto. Tossi umas vezes, o sangue saindo da minha boca manchando o chão.

Agora estava gelado. Tinha algo gelado na minha testa. Uma circunferência, eu conseguia sentir. Olhei para frente. O rosto irritado do meu irmão, sua mão segurando firmemente uma arma apontada para minha testa.

— Diga, Jane, diga o que fez, ou eu juro que te mato bem aqui. — Ameaçou, mas, surpreendentemente eu sorri.

— Seguindo os passos do teu pai? — Consegui soltar, meu maxilar me machucando a cada vez que eu abria a boca.

A arma foi destravada, e eu senti meu coração acelerar, o suor escorrendo pela minha testa.

Ou talvez fosse sangue.

Between Law and Love - Norminah VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora