Between Law and Love - Norminah Version

Capítulo 42 - Mentiras

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Boa leitura!!!

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POV Normani

Soltei um suspiro, encarando o teto. Me remexi na cama, tentando achar uma posição confortável, mas desisti assim que vi o relógio na mesinha ao lado. Ele iria despertar daqui poucos minutos. Me virei novamente no colchão.

Depois de meses dormindo com a Dinah, era difícil pegar no sono sem sentir seus braços me envolvendo ou apenas seu corpo perto do meu. Então não era de se admirar que eu estivesse dormindo mal, sendo que ela não dorme aqui há três noites.

Dinah saía antes que eu, chegava no FBI primeiro que eu e, às vezes, antes de Ally. Mesmo sentindo que era errado, eu por vezes verificava sua localização, só para perceber como ela simplesmente pegava um táxi e ia até o trabalho. Nem ao menos parava em uma cafeteria. Nunca estava na cozinha ao mesmo tempo que eu e quando eu me comunicava com ela no trabalho, ela fazia questão de apenas concordar com qualquer coisa que terminasse em "agente Hamilton".

Não foi difícil perceber o que havia acontecido quando fui até o apartamento de Lauren ontem, para garantir que semana que vem ela poderia voltar ao trabalho, e ela me contou sobre Camila a perguntando de Melissa. O único meio de Camila saber aquilo, era Dinah a perguntando.

Ok, omiti coisas da minha namorada. Péssimo movimento. Minha culpa. Mas, em minha defesa, eu estava tentando nos ajudar. Dinah ainda é irresponsável e mesmo estando irritada comigo, ela sabe que alguns pontos eu estou certa. Meu erro foi ter mentido sobre quem era a mulher falando comigo. Eu só não queria envolver Dinah em processos jurídicos, ainda.

Balancei a cabeça ao ouvir o som do lado de fora da casa, me levantei, caminhando até a janela a tempo de ver Dinah chegando com Bubles. Soltei um suspiro pesado antes de ir até o banheiro. Eu precisava de um bom banho.

Me troquei para o trabalho, torcendo que hoje fosse um dia lento e ninguém saísse assassinando ninguém por causa de alguma pintura, escultura ou qualquer coisa assim.

— Hey bom dia aí vacilona. — Arielle me cumprimentou com um sorriso divertido no rosto assim que entrei na cozinha.

— Não teve graça na primeira vez e não tem graça agora. — Reclamei, enchendo uma xícara de café.

— Para mim teve e ainda tem. — Minha irmã respondeu risonha. — Mas isso deve ser porque eu não fico omitindo coisas da minha namorada. — Se gabou, enquanto se sentava em uma das cadeiras.

— Ah e? Então posso contar para minha adorável cunhada aquela vez que você tinha doze anos e estava no carro...

— Normani! — Arielle me interrompeu rapidamente. — Nem se atreva. — Praticamente mandou, me encarando irritada.

— Então pare de me zoar. — Retruquei, me virando para pegar um pouco de cereal. — Nem sei porque inventei de te contar algo.

— Eu até queria parar de te zoar, mas as vezes você deixa fácil demais maninha. — Provocou, me fazendo rolar os olhos.

— Isso é sério, Ari. — Reclamei, deixando o café de lado para colocar iogurte no cereal. — Dinah não fala direito comigo. — Murmurei, colocando uma colherada na boca. — Não sei mais o que fazer. — Completei, me virando.

E então encontrando minha namorada escorada na porta que estava aberta, os cabelos levemente ondulados, uma camisa vinho e calça preta. Os braços cruzados enquanto ela me encarava.