Between Law and Love - Norminah Version

Capítulo 47 - Entrevistas

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Boa leitura!!!

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POV Normani

Balancei minha perna ansiosamente, meu sapato de salto batendo contra o piso de mármore do penúltimo andar do prédio onde eu trabalhava. A roupa social estava me deixando incomodada assim como em todas as vezes que eu tinha que depor sobre um caso. Pelo menos não estávamos no tribunal.

Parte de mim preferia estar lá depondo sobre um caso qualquer. E não sobre a provável liberdade de minha namorada.

(...)

Oito dias antes.

— Ele quer o quê?! — Dinah exclamou incrédula se levantando do sofá de minha sala, quase sem controlar o ódio em seu corpo. — Eu não sou a porra de um mascote que ele pode levar para onde quiser! — Reclamou com razão, seus dedos passando em seus cabelos quase como para se acalmar.

— Ele pode fazer isso? — Ally perguntou confusa, do outro lado do sofá.

— Ele só precisa do aval do diretor, e é claro que ele daria. — Lauren respondeu por mim, balançando a cabeça. — O que ele pretende, exatamente?

— Encontrar o que Dinah tenha escondido, qualquer coisa, minúscula que seja. Ele vai usar para provar que ela não pode ser solta. — Expliquei, notando dois pares de olhos curiosos em minha direção, mas um par revoltado, suspirei. — O que está pensando?

— Aquele imbecil não vai conseguir achar certas coisas, mas se ele for persistente tem uma coisa simples de achar. — Dinah lembrou, se jogando no sofá novamente. — Na verdade duas, já que fora do FBI não somos tão discretas.

— Seus irmãos, e nosso relacionamento. — Deduzi quase bufando de frustração. — Droga. — Xinguei, tentando pensar em algo útil e lembrando de algo rapidamente. — As entrevistas, temos que pensar nas entrevistas.

— O quê? — Minha namorada questionou em confusão.

— Você não, mas nós. — Apontei para minhas amigas. — Todos os agentes que trabalharam com Dinah vão passar por entrevistas para que a promotoria, e agora Carter, possam saber sobre a personalidade de Dinah. Para decidir se podem a soltar. — Expliquei, encarando as duas atentamente.

— Ok, nós iremos falar muito bem obviamente. E podemos sondar os outros agentes para saber o que pensam da Dinah, assim teremos uma ideia do que podem dizer. — Ally respondeu e eu assenti ansiosa.

— Certo, isso pode funcionar. — Lauren concordou e se levantou. — Eu vou para casa, Camila está lá e talvez aquela mente estranha dela tenha outras ideias. — Avisou, se despedindo de nós e saindo rapidamente.

— Acho que também vou, posso falar com Melissa por vocês e ter a opinião de uma advogada. — Ally ofereceu e eu a encarei agradecida, seria uma coisa a menos para pensar.

Esperei que ela saísse para me aproximar da minha namorada que parecia tensa, ansiosa e preocupada. Toquei suas costas com carinho, deixando meus dedos percorrerem a linha de sua coluna.

— Eu faço um mal trabalho e volto para cadeia, eu ajudo e me envolvo e então um velho babaca quer me levar para o escritório deles? — Dinah resmungou, negando com a cabeça. — O único lado bom é saber que Austin deve estar se corroendo por dentro por seu pai preferir a mim. — Comentou um pouco divertida, sendo o capaz para me fazer soltar uma risada.

— Como você está? — Perguntei, mesmo sabendo que a pergunta era estúpida.

— Frustrada, digo, eu realmente estava animada sobre a possibilidade de tirar minha tornozeleira e ser livre para ir do outro lado da cidade comer um burrito se eu quiser. — Respondeu, sem perder o divertimento no tom, provavelmente para acalmar a si mesma. — E agora tenho que lidar com tantas coisas.