Our Home 2: BTS Residence

Capítulo 3 - O Sócio

Eu, Du e Angel, enquanto trabalhávamos na agência adquirimos cotas de ações da Day com nosso capital.

O então dono possuía outros empreendimentos os quais não nos cabia nenhuma gerência ou interferência.

A agência era "nossa menina dos olhos", porque começamos ali, formamos nossas equipes e hoje éramos uma família, ou seja amadurecíamos profissionalmente junto com a história da empresa.

Quando ocorreu o escândalo fiscal envolvendo o proprietário, as ações desvalorizaram muito e vários acionistas quiseram vender as cotas que possuíam para não ter vinculado seus nomes a nada que se referisse a nosso chefe.

Diante desse quadro, nós nos reunimos com ele que nos concordou em vender parte de sua quota a fim de que pudéssemos gerí-la.

Assinamos contrato, tudo bem correto, com advogados avalizando todo o trâmite.

No dia de seu afastamento, todos os colaboradores foram convocados ao salão principal e aí, deu-se o nosso susto.

Nossa participação total contava de 49% da, agora nomeada, DAY – Du, Angel e Yu ltda: 16,5% meus e da Angel, cada uma, e 16% de Du.

Eis que adentra o salão o nosso sócio majoritário, desconhecido até então em nosso projeto. (nem tão desconhecido assim...)

Era um rapaz distinto, pouco arrogante e ligeiramente irônico. Um senhor que já havia surpreendido os meninos à primeira vista, na BH, ao se tornar CEO dos contratos internacionais, será que já sabem de quem se trata?

Isso mesmo, o Wook. 

Ele aceitou assumir cargo na Big Hit desde que não constituísse vínculo empregatício pois, prestava consultoria administrativa a outros pequenos parceiros. Com isso, estava apto tranquilamente a constituir sociedade, em qualquer empreendimento.

Hoje nosso compadre de casamento... se tornara nosso sócio!! Kkkkkkkkk...Não pudemos acreditar... 

Estranhamos de início que o novo sócio, apesar de sua cota majoritária, havia  aprovado o nome da agência e todo novo projeto sem qualquer imposição ou interferência.  

Em seu discurso de apresentação, Wook disse repensar a empresa em duas novas áreas como sugestão às diretoras atuais, nós!: Uma pequena expansão, com uma inicial mudança de sede, onde comportariam toda a parte jornalística que já fazíamos antes: redes sociais e revista inclusive física, além de uma proposta de agregarmos mídia televisiva de notícias e, entretenimento a ser pensada posteriormente.

Nossos sentimentos com Wook sempre eram confusos e se alternavam em admiração e raiva. Kkkkkkkk...nunca compreendi porque ele não se dirigiu à gente e contou todo o plano que pensara. Nem Du sabia: saiu surpresa, preocupada, irritada e arrasada.

É verdade que, numa mudança de direção empresarial e, de acordo com o impacto negativo midiático que sofremos, uma injeção extra de capital, assim como ter como diretor supremo uma figura confiável no mercado internacional, favoreciam a retomada rápida de cconfiabilidade por conta dos investidores e da nossa boa reputação perante aos espectadores.

Confesso que foi uma jogada de mestre. Entendo que o Wook o fez para nos ajudar, para salvar o que nos era tão precioso. Não queria poder nem status tampouco duvidava de nossa competência à frente do projeto. Ao contrário, ele se afundava em milhares de processos contratuais junto com sua equipe, que só ampliava à medida que o BTS chegava ao topo do mundo do sucesso.

Du inicialmente não compreendeu e a discussão perdurou por dias, atrapalhando o relacionamento entre eles e interferindo no nosso trabalho.

Apenas com o passar do tempo e muitos diálogos, ela percebeu a grandiosidade da atitude de seu esposo e cedeu, baixando a guarda, voltando a se comunicar bem com o mesmo.

A paz havia sido retomada.

Mas, será mesmo e por quanto tempo se daria esse reinado? O que mais nos surgiria daqui em diante?