rascunho 16

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Quém dera eu fosse
O que dantas era
Antes mesmo que o destino
Me traçasse o caminho,
E o outono me soprasse
Aromas de primavera.

Eu era
O prodígio em evolução,
O palco aplaudido
Com atores e encenação.
O mundo ainda não girava,
Os jornais impressos
De abstratas impressões

Visão embasada
pra onde eu olhasse
Uniforme eram os objetos
Onde minha curiosidade apalpasse.
A músicas do papai
tocadas nas vitrolas
Belas melodias
De compreensão melancolica

O Teatro sem razão
No colo da ingenuidade
===÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷==÷

Noite de céu claro
Nuvens carregadas,
Embassa o infinito
a negritude estrelada.
Vento sopra frio
Parece que vai chover

Em queda livre

Que abrilhantaria o breu.
Aqui embaixo, um vaziu na alma,
Uma angústia que persiste
Camuflada na garganta
Pela incerteza do amanhã
Não consegue-se sequer sussurrar
Gritar pra quê, à quém?
Estamos todos enjaulados,
Trancados em nós mesmos.

Na trincheira,
Ideologias em curso
Entrelaçam, contra atacando
Nas divergentes opiniões
feito fios desencapados
Chocam-se em suas razões
Provocando debilidade espiritual
Não há diálogo ou senso

Entro em casa
Me tranco por dentro
O frio me abraça
Me leva ao relento
=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷=÷==÷=÷==÷=÷=÷=
Depois que o frio
E o inverno passar.
Depois de tudo
Que tudo seja melhor
Depois que o sol brilhar
E um novo dia chegar
Aquecer a alma fria
A vida vasta e vazia
÷=×=÷÷÷÷=÷÷÷÷=÷÷÷÷÷÷÷÷÷=÷÷÷÷÷
Visões invisíveis
Vazio que não se pode ver

Palavras indizíveis
Termos incompreensíveis
Como entender
Paradoxal é o elo
Ponte do universo
Para o inverno incerto
=÷=÷÷÷÷==÷÷÷==÷==÷=÷÷÷==÷=÷÷=
[ ] Quimera, é coisa rara
Razão desprovida,
Certeza imaginária.
Quimera que absurdo
Quem dera fosse tudo
Ou nada.

O ponto de partida
De vista, hilária.
Começo de um fim 2¹q¹½
Começo reinventado
pro fim do mundo
Noites e noites,
e noites diurnárias.

Quimera é a ponte
pro abstrato
O elo crucial f
undo e raso
Absurdo é:
sua imaginação morando em mim
É quem sabe um talvez, enfim.

Quimera, verdades mentirosas
Odor da comida saborosa
O cheiro do perfume
Que ninguém inventou
É a lua apaixonada á procurar
Um novo amor

Quimera, fábula das fadas
O sabor imaginária
Quimera é nostalgia sem a lágrima

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