CAB

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Caveira, quem te apagou,
O sopro de quem te deitavas
Ou a língua de quém a beijou?
Falavas aos berros,
Farpas indesejáveis de ouvir 
Agora estás inerte,
De destino traçado
sem ter ao certo pra onde ir.

Estás trancada na história,
Lembranças inacabadas,
Oca, sem memória.
Prfiriu a boca errada
Sem ter com quém contar
Os mistérios que a feriu
Sem dedos pra apontar
O dedo que desferiu

Porque encaras
como quem desejas
desvendar algum segredo
Tua face fria e repugnante
Teu olhar expressa calafrios e medo.

Poderias berrar como dantes
Porem, tua caveira não é caprina

Já ñ sei quem sou
Além do mais
Ñ tenho digitais
Disfirme, sem cor
Sou a cura em si

 Rascunho no Papel Onde histórias criam vida. Descubra agora