Capítulo 3 - Boa como um inferno

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Venha agora, venha secar seus olhos.
Você sabe que é uma estrela, você pode tocar o céu.
Eu sei que é difícil, mas você tem que tentar.
Se você precisar de um conselho, deixe eu resumir.
Se ele não te ama mais
Saia com essa bunda linda pela porta.

Good As Hell – Lizzo

— Oi, meu nome é Giordanna, tenho 22 anos e fui traída pelo meu noivo

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— Oi, meu nome é Giordanna, tenho 22 anos e fui traída pelo meu noivo. — Fungo ainda recentida.

Eu estou quebrada, em frangalhos. Como poderia o amor da minha vida fazer algo tão mesquinho e cruel?

Bom, tudo começou em uma loja famosa no shopping, nos esbarramos no corredor da loja e por pouco não derrubamos uma arara de roupas. Para compensar, ele me convidou para tomar um sorvete, nunca, jamais, em hipótese alguma, eu recusaria o convite de um cara tão bonito como ele. Tomamos o bendito sorvete e no final trocamos número de telefone e no mesmo dia ele me ligou marcando um encontro. O encontro aconteceu de maneira divertida mas acabamos perdendo contato mas nos reencontramos em um jantar na casa de uma socialite qualquer. Naquele momento, aquilo parecia um sinal divino de que, de fato, deveríamos ficar juntos. E desde então estávamos juntos, isso fazia quase dois anos. E nesse tempo noivamos, a data do casamento iria ser marcada em breve porém nem deu tempo, o sem carácter agiu antes.

Estávamos em uma boate com vários amigos, comemorando algo sem sentido. Apesar de termos bebido alguns drinks, ainda estávamos sóbrios. Ele se gastou de mim dizendo que buscaria mais bebidas pra nós mas antes de chegar no bar, ele desviou e foi para outra direção, na mesma hora eu fui atrás e foi quando eu peguei ele aos beijos com uma ruiva falsificada, em um canto escuro.

Por mais que eu quisesse chorar e gritar com ele, apenas me virei e fui embora. Não tinha mais lógica continuar ali.

Passei uma semana terrível, pensando eu como fui idiota por acreditar em todo o amor que ele dizia ter por mim. Tonta, estúpida que achou que ele era um cavalheiro de armadura brilhante, ou que viveria um lindo clichê com o cara que esbarrei no shopping.

A minha salvação veio em forma de um estabelecimento, com uma placa terrível na frente, que dizia TA, Traídos Anônimos. Perfeito para o meu atual estado. O curioso era que eu nunca andava por aquela parte da cidade, pois achava perigosa mas caminhando sem destino, acabei parando aqui, entrei de curiosidade e fiquei.

— Poderia contar como aconteceu? — Pergunta Jorge, um dos idealizadores do TA.

— Estávamos em uma boate, ele me enganou dizendo eu buscaria mais bebidas mas foi pra um outro lugar, segui ele e o vi aos beijos  com uma ruiva falsificada. — Encurto a história, imitando também o nome do Matteo, meu ex e o de Alice, a piriguete ruiva.

Alice era uma figura constante nos muitos  eventos da alta sociedade, mas ela nunca conversava com ninguém. Na verdade ninguém queria conversar com ela, que sempre passava pelas pessoas com cara de entojo e soberba.

— E como se sente com isso? — Me questiona compreensivo.

— Eu tenho muita raiva dele  Entretanto, tenho mais raiva de mim mesma por cair no papinho dele, por acreditar em cada palavra mentirosa de amor preferida por ele, por acreditar que tinha encontrado um príncipe mas acabei ganhando um sapo. — Despejo todas as palavras sem ao menos saber se fazia sentido ou não. Me sinto bem mais leve agora.

Depois de minha apresentação, outras ocorreram mas seria muita cara de pau minha dizer que prestei muita atenção.

Minha mente estava voando, então só lembro de pedaços de diferentes histórias, como Jorge não ter nenhuma sorte com relacionamentos, como o marido de Amanda foi cruel traindo ela com uma amiga ou como Fabiano foi azarado e traído pelo irmão e a namorada.

É, a vida não é fácil pra ninguém. Sempre achamos que isso só acontece com a gente mas vir aqui abriu meus olhos e mostrou que tem muita gente mau carácter nesses mundo.

A sessão termina de maneira nornal, apenas alguns "conselhos" de como ocupar a mente. Com certeza na próxima semana, eu estarei de volta.

Volto para casa caminhando, nem sei como andei isso tudo.

— Onde você estava?! — Minha mãe me aborda furiosa assim que entro em casa.

— Longa história... — Suspiro. — Mas eu preciso de um banho antes. Depois te conto. — Subo rapidamente pro meu quarto sem deixar minha mãe retrucar. Se ela descobrisse onde estive, sem dúvidas iria surtar. Tudo que menos preciso no momento é disso.


 Tudo que menos preciso no momento é disso

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