Prólogo; Finn: "The only exception." [reform. 2024]

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3 meses depois;
23 horas antes

Ela ainda estava adormecida, e eu não tinha intenção de acordá-la. Me encontrava recostado num monte de travesseiros dedilhando Heaven baixinho.
Deviam ser sete e meia agora. Pegaríamos o avião no dia seguinte de volta pra casa. Nossas férias tinham sido ótimas, mas Millie tinha um filme para filmar, então, precisávamos voltar.
Nosso natal e ano novo tinham sido em Madrid - havíamos partido na mesma noite da Austrália - passamos juntos, infelizmente nossas famílias não estavam mais conosco. Os pais de Millie resolveram ir logo depois do jogo de Jaeden - o pai dela realmente não gostara da ideia de eu estar com a filha dele, sentia que por esse motivo tinham ficado tão pouco - e os meus pais nem sabiam do nosso namoro ainda, se bem que o Nick devia ter soltado algo pra eles.
Por mais incrível que parecesse, eu e Jaeden tínhamos construído uma boa relação, nos falamos depois do jogo e eu até o tinha convidado para o próximo show da banda, que só Deus sabia quando seria.
Noah e Julia tinham ido embora uma semana depois do jogo, pois Noah tinha tido questões profissionais para resolver, eles teriam ficado não fosse por isso.
Restávamos apenas nós e aquela cidade maravilhosa.
- Ei!
Me levantei ao ouvi-la.
- Bom dia! - desejei sorrindo pra ela - Desculpe, não queria acordá-la.
- Tudo bem. - ela balançou a cabeça e se sentou espreguiçando-se devagar - Gosto de te ouvir tocar.
Sorri de volta pra ela e cantei, enquanto agora tocava firmemente a melodia.

"Baby, you're all that I want
When you're lying here in my arms
I'm finding it hard to believe
We're in heaven

And love is all that I need
And I found it there in your heart
Isn't too hard to see
We're in heaven"

- Essa música é linda! - apreciou ela.
- Estava tocando na noite de natal, se lembra? - perguntou ele - Te ouvi cantando, estava louco para tocá-la pra você.
Ela engatinhou na cama até onde eu estava e repousou os lábios nos meus com a delicadeza que só Millie tinha, apesar de ser uma das mulher mais fortes que eu conhecia. Deixando o violão de lado, a puxei para perto tendo ela nos meus braços por aqueles minutos infinitos. Ao se afastar, ela pôs as mãos em meu rosto.
- Não queria ir embora nunca mais. - disse ela me olhando nos olhos.
- Eu também não, mas precisamos. - disse incisivo - Mesmo que não fosse hoje, um dia precisaríamos voltar pra nossa rotina de antes.
Ela assentiu tristonha, então, a puxei novamente para outro beijo.
- Mas agora devíamos pedir para trazerem nosso café. - sugeri - Estou com fome.
- Vamos pedir, então. - ela deu de ombros e se levantou, indo até o telefone ao lado da bancada de vidro e discando o número - Alô? Bom dia, gostaríamos que trouxessem o café no quarto 319... Isso Finn Wolfhard e Millie B. Brown... Tudo bem, estamos aguardando.
A abracei por trás, já de pé.
- Devia ligar para os seus pais. - disse com o rosto ao lado do seu - Não ligou muito depois que eles foram embora.
- Provavelmente irei vê-los no final de semana, acho que precisamos ter um jantar civilizado depois do último.
- Não houve nada demais no último. - na verdade tinha sim, mas não queria deixá-la triste com o pai - Eles foram bem legais comigo.
- Ora, não precisa se esforçar. - ela abraçou meus braços que estavam em sua volta - Meu pai ficou assustado por saber que estávamos juntos, achei que ele teria um treco. E aí, ele surtou e obrigou a todos a irem embora. Agora, ele me odeia.
- Ele não te odeia. - desci meus braços e toquei seus ombros com mãos cuidadosas - Ele só odeia eu estar com você.
- Uma pena pra ele. - disse ela se virando pra mim - Eu amo você.
- Eu também. - fiz carinho em sua bochecha - Não ligo se seu pai não gosta de mim, vou conquistar ele.
- Meu Deus, você não cansa de ser convencido? - ela riu.
- E você, não cansa de ser linda?
Ela parou de rir e suspirou.
- Nem acredito que você está aqui.
- Nem eu, mas estou feliz que estejamos juntos aqui. Estaremos mais ainda nos próximos dias.
- Eu espero.
Bateram na porta e ela se soltou de mim indo atender. Era nosso café chegando. O servente se foi e o carrinho ficou, cheio de pães aromatizados, café, leite, alguns biscoitos, bombons e outras várias coisas.
- Bem apropriado! - disse ela parando o carrinho na minha frente e se sentando do meu lado.
Eu jamais me esqueceria dos nossos dias em Madrid, dias que eu queria que não tivessem fim. Infelizmente, era só o começo do que ainda viria.

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Primeiro capítulo a sofrer a reformulação, aqui só concertei horários. Seguinte, o "3 meses" lá em cima é desde a última vez que os vimos lá na first season e as 23 horas são as horas anteriores ao embarque no avião ok? Achei uma nota importante a ser feita!

Boa leitura :)

True Disaster Second Season [NEW CHAPTERS 2024]Onde histórias criam vida. Descubra agora