Hoje não seria apenas um dia normal. Hoje eu e meus pais iriamos viajar para o Maior Castelo. Não que eu quisesse não ir, eu queria, iria ver meus amigos. Morgana se tornou minha melhor amiga, e será minha madrinha de casamento.
Falando em casamento, Matias Kennenberg, meu noivo, ele me pediu em casamento há um mês. Foi lindo, ele me levou até um jardim de rosas, fez um jantar a luz de velas e pediu minha mão em casamento.
— Vamos logo querida, ou vamos chegar atrasados. —Disse minha mãe entrando no meu quarto.
— Já vou mamãe, eu só estava pensando um pouco.
— No que?
— Nada demais...
— Então ótimo, vamos.
Não, eu não contei sobre a Billie para eles. Eles não sabem, e planejo que continue assim.
Enquanto andava pelos corredores vi meu noivo, vindo na minha direção. Ele usava um terno militar azul marinho, não era como o de meu pai, esse era mais simples, mas era um uniforme militar.
— Oi Tista, estávamos todos te procurando. Nós temos horário para chegar lá. —Ele falou rápido, um pouco nervoso, mas talvez seja porque ele estava correndo.
— Sim, eu sei, só estava pensando um pouco antes de ir.
Ele me deu o braço, e eu segurei o mesmo. Minha mãe estava mais a frente, ela não escutaria nossa conversa.
— É sobre ela? — Ele perguntou receoso.
— Faz um ano que não há vejo. Além do mais, é o baile da família dela, com certeza ela estará lá.
— Se não quiser ir, eu vou entender. Eu invento uma desculpa...
— Eu vou, eu quero ver minha amiga, a Morgana.
— A sua madrinha?
— Sim.
Entrei na carruagem, junto de Matias, não seria uma viagem muito longa, apenas algumas horas de distancia. Iriamos passar por um um campo de papoulas, as minhas favoritas.
◊◊◊◊
Ao chegarmos no castelo, fomos recepcionados pelo sol a pino. Estava calor, muito calor para ser verdade. Eu usava um vestido de mangas curtas vermelho vibrante, com um casaco branco por cima.
A família estava ali, parada. Eu não vi Billie ali com eles, talvez ela não tenha vindo. Eu lembro do ano anterior, quando nos chegamos, chegamos mais cedo que os convidados.
Matias me ajudou a sair da carruagem, ele circulou o braço na minha cintura e me guiou até a familia ali, na frente do castelo.
— Oi Ametista! — Disse Morgana feliz vindo na minha direção.
— Oi Morg! Tudo bem? — Abracei a mesma.
— Ótima, e você?
— Bem...
Cumprimentei todos. Morgana me puxou pelos corredores rapidamente até o seu quarto, não consegui nem conversar com sua familia. Ao entrar no seu quarto, vi que estava igual da ultima vez.
— Eu achei que você não iria vir. — Ela falou apressada.
— Mas eu to aqui. Seus pais haviam me convidado à um ano atrás.
— Eu sei, eu sei. É que ela esta aqui. Ela não quis recepcionar seus pais, porque você provavelmente contou sobre o incidente.
— Primeiro, não foi um incidente, ela fez aquilo porquê quis. Segundo, eu não contei, não consegui, só o meu noivo sabe, nem ao menos meus amigos sabem.
— Damas de companhia?
— Só ele, sabe... eu não conseguia fazer nada no começo, graças a ela.
— Vocês dois, já...
— Nós estamos noivos, Morgana... Já.
— Meu deus, eu não quero detalhes.
— Não pretendia dar.
Falei, e nós duas rimos.
— Sabe, você já perdoou ela? A minha irmã.
— A Billie? Sinceramente, eu não sei. As vezes eu acho que sim, mas tem vezes que não.
— Está certo, eu vou te levar para o seu quarto. Não é o mesmo do ano passado. Aquele quarto é o da dama de companhia da Billie.
— Entendi...
— Venha. — Ela me puxou para fora do quarto e me levou até o quarto.
Esse era mais belo, ele era todo em tons de Bege e dourado, a cama tinha um dossel dourado, com cortinas brancas. Janelas enormes e moveis mais luxuosos. A vista dava para o jardim e seu labirinto. E bem lá no fundo, dava para ver o vilarejo, que parecia mais bonito do que antes.
— Aliás, o almoço vai se servido daqui meia hora, então se quiser descansar, avise alguém para trazerem seu almoço no quarto.
— Não vai ser necessário, não estou tão cansada.
— Ainda lembra onde fica a sala de jantar?
— Sim, mas qualquer coisa, eu pergunto à alguém. — Dei um sorriso e vi ela ir embora.
Fiquei mais alguns minutos no meu quarto, até alguém bater na porta novamente.
— Tista, está tudo bem?
— Sim, Matias. Vai ir almoçar?
— Achei que ficaria no quarto, então vim ficar com você.
— Não, eu vou almoçar com eles. Eu gosto de socializar.
— Então está bem...
Ele me deu a mão e fomos andando até a sala de jantar. Ela continuava igual, porem a mesa estava mais cheia. Percorri a mesa, e encontrei aqueles olhos azuis, os mais belos que já vi na vida. Senti seu olhar queimar sobre mim, e Matias apertou minha mão com força, me levando até uma cadeira.
Eu estava na diagonal de Billie, na frente da Claudia, do lado de Matias e Giulia.
Ao lado de Billie, estava aquela garota, loira que conheci a um ano. Catarina, acho que é seu nome. Ela me olhava, como se sentisse ciúmes, ela não tinha mais aquele sorriso carismático e alegre.
— O seu vestido é muito bonito. — Billie falou quebrando o silencio daquela parte da mesa.
— Obrigada. — Respondi seca.
— É bom conhece-la, Billie. — Começou Matias.
— Eilish, eu gosto que me chame pelo sobrenome.
— Entendi, Eilish.
— Então você realmente está noiva. — Ela disse, fazendo toda mesa olhar para nos três.
— Sim, ela é minha noiva.
— Eu percebi, mas eu estava falando com ela, não com você.
— Bom, ele é meu noivo, e a conversa, querendo ou não, também se refere à ela, então, você também está falando com ele. — Falei baixo, mas como a mesa estava em total silencio, todos escutaram.
— Desculpa, pela minha educação, eu só queria puxar assunto com você.
— Me desculpa também, Billie. Não era minha intenção ser grossa.
O outro lado da mesa, voltou a conversar normalmente. Meus pais estavam um pouco incomodados, com as farpas passadas. Para eles nos só estávamos brigando por nada, mas essas farpas eram como icebergs, não parecem tão grande, comparado ao tamanho real.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dark life - 2 temporada de MY LUCIFER IS LONELY
RomansaSegunda temporada de MY LUCIFER IS LONELY. Depois de algum tempo, Ametista estava com seus pais, vivendo uma vida "normal". Havia conhecido uma pessoa, Matias Kannenberg, um garoto do Palácio, sempre foi, desde o nascimento, até a morte, mas não da...