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*leia os avisos no final, please nunca te pedi nada*

Any's POV

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Cinco minutos. Só faltavam cinco minutos, e toda essa espera valeria a pena.

Nos três primeiros dias que eu passei aqui dentro eu ficava pensando em como eu sou azarada. Eu passo ano inteiro dentro de casa. E quando resolvo sair, sou presa, por uma coisa que eu não fiz.

No quarto dia eu pensava diferente. Poderia ser pior, poderiam ter me confundido com uma serial killer, e eu está em solitária. Ou poderia está presa com um bando de gente perigosa, mas não, eu estou em uma prisão de segurança mínima com gente que no máximo matou alguém sem querer. Não que isso já não me assuste o suficiente.

No quinto dia eu conheci Sabina. Ela está presa desde dos 16 anos, claro que aqui mesmo ela está a 4 anos, que foi quando ela completou 18 anos. Eu não quis perguntar o que fez ela passar o fim da adolescência na prisão, mas ela parece não ligar e falou por si só. Segundo sua versão dos fatos foi por amor. Ela foi cúmplice de um homícídio, mas não propositalmente, o que faz dela ser presa pela mesma coisa que eu supostamente fiz.

Eu não sei o quão louca ela estava de amor pra cometer um crime, mas pelo pouco que eu a conheço é visível que ela não precisaria estar perdidamente apaixonada pra fazer loucura.

No sexto dia eu já sentava na mesa com as mesmas pessoas que Sabina, ela é da minha cela. Fora ela eu conheço a Nova -eu ri quando a conheci, em português ficaria estranho alguém se chamar Nova- a Haley, e a Yonta, ela é a mais velha. Com certeza está a mais tempo aqui do que a maioria dos residentes.

Bom, no sétimo dia, cá estou eu. Daqui a alguns minutos alguém deve vir me visitar, espero. Sabina está jogando baralho com Yonta, Nova e algums outros residentes. Entre eles, estava Pepe, suposto namorado de Sabina-o que prova minha teoria de que ela nem estava tão apaixonada assim quando foi cúmplice do homicídio- eles namoram as escondidas, aqui só é permitido manter o mínimo de contato físico possível, e eu posso afirmar por experiência própria que eles dois mantém o máximo de contato físico possível. E um residente novo que chegou depois de mim. Ele tinha os olhos azúis sempre perdidos e o cabelo loiro. Me lembrava alguém.

Yonta e Sabina eram uma das muitas que não recebiam visita, eu não sabia disso claro, esse é o meu primeiro dia de visitas, mas Haley me contou.

Quando finalmente começaram a liberar a entrada dos visitantes eu não vi ninguém conhecido por mais ou menos 10 minutos. Até que alguém falou alto, todos olharam para essa pessoa, que não estava no meu campo de visão, mas mesmo não vendo eu reconheci a voz, era Savannah.

Ela estava aparentemente brigando com o Bailey. Eu ri. Pelo menos alguma coisa me lembrava minha casa.

Savannah correu até mim e eu abracei-a. Fazia um pouco mais de uma semana que eu não a via, eu não costumava passar todo esse tempo longe dela.

Dei um abraço no meu irmão, até dele eu senti falta.

Mas faltava gente.

___Cadê meus pais? E o Noah?

Os dois se entreolharam.

___Alguém morreu?

Eles se sentaram e eu também. A Savannah começou:

___Então, sua mãe não veio por desgosto mesmo, seu pai foi pra ficar com sua mãe, já o Noah...

Tudo que ela disse eu já imaginava, eu não julgava minha mãe, não devia ser legal pra reputação dela uma filha presa. Mentira, eu julgava sim.

CriminalsOnde histórias criam vida. Descubra agora