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Hailey Rhode Baldwin, França, 1855.


Tudo parecia acontecer em câmera lenta, o oxigênio pesava em meus pulmões e eu podia jurar que conseguia escutar perfeitamente os meus batimentos cardíacos. Nossas respirações descompensadas circundavam o ar ao nosso redor, deixando claro um para o outro o quão ambos estávamos assustados com aquela situação. Haviam se passado exatamente dois minutos, depois de checar no relógio de bolso do príncipe ao meu lado, que estávamos escondidos no corredor principal do palácio francês. Os gritos podiam ser escutados há quilômetros de distância, e o que mais me assustava era o fato de que também podíamos escutar o som que as espadas emitiam ao perfurar os corpos dos nossos convidados. 

Um verdadeiro caos havia sido instalado no castelo, e o pior de tudo era pensar em que poderiam ser rebeldes procurando por mim como revolta á França por se aliar á Inglaterra. Bom, não era bom pensar na hipótese de que queriam a minha cabeça á todo o custo, mas eu também não podia ignorar o fato de que a minha chegada na corte francesa não fora tão bem recebida assim. E nessas horas o que mais deixava-me irritada era o fato da minha família simplesmente ter me mandado para um lugar onde no primeiro dia em que pus os meus pés naquele lugar, um massacre recebia-me em terror. 

A respiração descontrolada do homem á minha frente fazia com que correntes de energia percorressem por o meu corpo inteiro, deixando-me extasiada ao poder exalar o seu perfume francês forte mais perto de mim, já que o seu corpo estava praticamente grudado no meu, dando ao fato de que suas costas cobriam o meu peitoral, como se ele fosse um escudo humano para me proteger. Era estranho, mas ao mesmo tempo confortável. 

— Hailey, você pode por favor parar de respirar contra o meu pescoço?  — sua voz rouca soou baixa mas audível o suficiente para que eu pudesse desviar o meu rosto da sua nuca, de forma que a minha respiração não pudesse o afetar de forma alguma, e assim bufei frustrada com aquela situação, sentindo-o pressionar as suas costas mais ainda contra o meu peito, encurralando-me contra a parede.

— Justin. 

— O que? 

— Quando é que vamos sair daqui? E o seu esconderijo de príncipe? 

— O esconderijo se localiza no meu quarto, tudo o que precisamos fazer é subir a escadaria principal e dobrar na esquerda, e assim poderemos nos acomodar até que essa situação seja resolvida. Estou esperando um sinal para que eu tenha certeza de que o salão de gala está vazio, não podemos colocar as nossas vidas em risco.

Swap It Out  |  Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora