House Perfect?

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Uma coisa que Meredith sempre odiou desde pequeno era perder o controle, não importava do que, ela gostava de ter as rédias de tudo, quando criança suas tarefas e trabalhos para duas semanas eram feitas em apenas um dia, coisa que até mesmo sua mãe achava um exagero, ela não brincava até revisar se havia perigo de alguém se machucar ou do local ter algo indesejado, a primeira vez que andou de patins, ela revisou as rodas sete vezes apenas para garantir se aguentaria seu peso e não cairia enquanto brincava, além de outras coisas que crianças da sua idade arriscariam sem ao menos se preocupar com as consequências.

Aos dez anos passou a fazer cronogramas sobre seus horários e tarefas, obrigando a sua mãe a cumpri-los a rédia curta, também sobrava para Cristina e Izzie, só que que naquele momento tudo o que Meredith não tinha eram as rédias de sua vida.

Há exatamente uma semana acordava todos os dias ao lado de Addison, já não se falavam com muita frequência o que a ruiva não parecia se agradar, estava acostumada a beijar a esposa e a rir com coisas sem sentido, principalmente ao ser obrigada a provar um prato maluco que a loira insistia em fazer mesmo sendo péssima na cozinha.

O silêncio que estava naquela casa era gritante e Addison suplicava para que houvesse um barulhinho que fosse, suplicava para que a briga sem sentido fosse resolvida e para que pudesse finalmente ter a esposa como sempre teve.

Ao chegar na cozinha, Addison deparou-se com Meredith sentada em frente ao balcão enquanto Norma estava atenta aos temperos que cortava.

–– Eu estou indo buscar seus pais e sua irmã, você vem comigo? –– Meredith a olhou.

–– Não, eu vou esperar aqui.

–– Estou deixando o celular em casa, então não tem como falar comigo, ele está carregando.

–– Tudo bem –– Disse voltando a virar para a governanta, Addison respirou fundo e seguiu para fora da casa.

Meredith escutou o som da porta sendo fechada e logo o som do carro, se levantou seguindo para a sala e pegou o celular que havia deixado ali, buscou o número que precisava ligar e esperou.

–– Desde quando eu tenho uma irmã? –– Disparou ao ser atendida.

–– A Maggie, ela não é sua irmã-irmã, é filha do Richard com a falecida dele, lembra que a filha dele vivia em Boston com os avós?

–– Sim.

–– Pois é, agora ela vive em Seattle –– Meredith começou a caminhar de um lado para o outro –– Por que o interesse?

–– Ela está vindo pra cá, Addison acabou de ir busca-los no aeroporto, eu não sei nada sobre eles.

–– Tia Ellis agora tem uma boutique que faz o maior sucesso, Richard como eu falei é dono das oficinas, Maggie trabalha com exportação e importação de alimentos, não namora e não é casada, além de tudo odeia o assunto, mas ela não me convence não.

–– Eu gosto dela?

–– Bom, sim, não é aquela coisa, eu e você, mas você gosta –– Meredith passou as mãos nos cabelos.

–– Você não quer vir pra cá me ajudar?

–– Ah, eu não posso.

–– Por que?

–– Eu estou aqui em um pé só com o celular no ombro enquanto coloco uma meia-calça porque tenho encontro.

— Eu tinha me esquecido — Disse se jogando sentada no sofá —  Tudo bem, eu me viro, boa sorte com o tal cara.

–– Obrigada –– Meredith desligou e respirou fundo, deixou o celular sobre a mesa de centro e subiu para o quarto, não se importou em fazer uma produção, era apenas sua família, além de tudo não tinha paciência pra isso tudo.

De Repente CasadaOnde histórias criam vida. Descubra agora