Às Voltas com o Destino

Cap 4 - Amigos?

Gente!!! não é repeteco não... leiam de novo... atualizei e acrescentei partes!!

Ahh, eu sei que é chato ficar pedindo, mas não se esqueçam da estrelinha no final... Vocês não imaginam minha felicidade cada vez que aparece uma. :D

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- Eu te mato Júlia Linhares. Aonde já se viu, ficar tocando o interfone dos outros, e ainda me faz atender a porta assim?! parecendo uma maluca, com esse ninho de pombo na cabeça!

- Olha, desculpa, eu juro que achei que seu apartamento era o 21 e você estava tirando onda com a minha cara, fazendo alguém atender. - entrou carregando umas sacolas e indo direto pra cozinha.

Saí bufando da sala, procurando uma escova de cabelo, mas ao mesmo tempo foi engraçado ver a cara de cachorrinho pidão da Jú.

- Falando sério agora Ni, que vizinho você foi arrumar hein! Quase tive um infarto quando subi as escadas e vi aquele deuso. Se eu não te conhecesse por tanto tempo, já ia dizer que ele estava saindo do seu apartamento depois de uma "noite de estreia".

- Haha, quem dera amiga, quem me dera. E mais, você sabe muito bem que não é hora pra isso. Vou cuidar da minha carreira, me dedicar aos meus pequenos na escola e...

- Já sei, "fechada pra balanço", é o que você quer dizer.

- Não é bem isso, mas é algo parecido com isso.

Ok, eu conheço do ditado que diz que só um novo amor cura a dor, mas não me sinto pronta.

Depois de paralisar vendo o Marcos descer aquelas escadas com a ruiva, tratei logo de sair daquele lugar, mas fiz questão que ele me visse também. Até agora me lembro do seu olhar, culpa e surpresa. Saí correndo em direção ao carro com a Jú logo atrás. Assim que sentei no banco do passageiro e fechei a porta, tentei de esquecer que tive um relacionamento e decidi que meu foco seria minha profissão.

Meu domingo pós-mudança foi bem produtivo, enquanto minha amiga tagarelava e organizava minhas roupas, consegui montar alguns móveis (sozinha) e organizar minha cozinha. Não ouvimos mais nada do vizinho gostoso, ele devia ser silencioso (espero) ou não ficou em casa.

A segunda começou agitada, acordei atrasada para o primeiro dia de trabalho. Tomei uma ducha rápida, vesti um jeans, uma camisa branca e sapatilhas, afinal, para lidar com a criançada o dia todo preciso estar confortável. Saí correndo sem tomar café (não daria tempo), fechei a porta e desci as escadas com pressa procurando a chave do carro na bolsa, quando topei com uma parede quente (estranho) e suada (mais estranho ainda). Olhei para o alto e adivinhem: era meu vizinho gostoso. Parecia surpreso também enquanto tirava os fones.

- Bom dia vizinha! - e lá vem aquele sorriso. Seu cabelo escuro estava molhado de suor, usava uma bermuda cinza e um suporte para ipod preso no bíceps, a camisa estava enrolada no pulso e podia ver as gotículas de suor escorrendo por aquele peitoral magnífico. Fiquei perdida no tempo e espaço, nem lembrei que se demorasse um pouco mais, chegaria atrasada no meu primeiro dia de trabalho.