14

1.4K 73 4
                                        

Raquel Santos

Já estávamos na ultima semana da viagem e das férias. Eu e Divok trocamos de quarto. Continuamos juntos, mais em um quarto com cama separadas, ele achou melhor assim, já que contei pra ele do Alisson e ele me contou que conseguiu a achar a tal menina. Falando nele, ainda não criei coragem de falar com ele e nosso clima continuava o mesmo. Hoje Bruna e Ney inventaram de fazer um tuor pela cidade. Eu estava me arrumando. Coloquei o tenis e ouvi batidas na porta. 

- Bom dia!- as meninas me cumprimentaram.

- Bom dia quelzinha.- foi a vez dos meninos.

- Bom dia meninas. Oi meninussss.- falei e peguei minha bolsa. No corredor notei que faltava alguém. - Perai gente, cade o Becker?

- Estávamos no quarto dele mais cedo. Ele parece que não tá muito bem. Vomitou umas duas vezes, e tá vermelho igual um pimentão, disse que ia ficar descansando. - Couto disse. 

- Ele reclamou de dor de cabeça também.- Divok completou. Continuamos andando. 

droga! 

Não dá. Eu fiquei com pena, vou até lá ver como ele tá. 

- Gente, eu esqueci um negócio lá no quarto...- menti.

-  Vai lá quel, a gente te espera!- Bruna disse, as meninas podiam até saber o que eu ia fazer, mas os meninos nem pensar, vão encher meu saco. Fiz um sinal pra Ainê que estava em meu lado. Ainê cutucou Elisa e Bruna nos olhou. 

Telepatia feminina. 

- Ahhhhh, aquele negócio...- Bruna disse. 

- É aquele...- Elisa piscou discretamente. 

- Ela vai demorar gente, vamos indo na frente...- Ainê foi empurrando os meninos até a van. 

- mas...- Neymar tentou falar algo, mas foi enfiado dentro da van. 

- É depois a gente te manda a localização.- Bruna disfarçou. 

Subi de volta. Bati na porta do quarto de Alisson e escutei um entra. Me deparei com Alisson jogado na cama com o travesseiro na cabeça. 

- Oi...- falei com receio...

- Tá fazendo o que aqui?- ele tirou o travesseiro da cabeça me olhando. Sua voz estava meio arrastada e seu rosto estava vermelho. 

- Os meninos disseram que você tava passando mal... fiquei preocupada. 

- Até parece... você me odeia.- ele levantou e ficou sentado na cama. Ele estava sem camisa, e eu não consegui desviar meu olhar de seu abdome. 

foco raquel, foco.

- Para de falar besteira. Deixa eu ver aqui.- coloquei a mão em sua testa e pescoço.- Meu Deus Alisson! Você tá pelando...- me levantei pra ver se na caixinha de primeiros socorros do hotel tinha um termômetro...  - Merda... não tem termômetro aqui... O que você tá sentindo?

- Dor na cabeça, um pouco de frio e enjoo. - ele disse coçando os olhos. 

- Tá... cade a chave do seu carro? 

- Tá ali...- ele apontou pra mesa de cabeceira. - Pra que?

- Vamos ao médico! Pega sua carteira. - ele assentiu, e fez o que eu disse. Peguei a carteira de sua mão e coloquei na minha bolsa. Me surpreendi dele não hesitar em ir ao hospital, devia estar mal mesmo. 

Entrei no carro. Alisson sentou no banco do carona e eu dei partida. Chegando ao hospital Alisson saiu do carro. Peguei minha bolsa, guardei e chave. 

- Bom dia... - falei pra recepcionista. 

- Bom dia, o que posso ajudar?

- Meu...meu amigo está se sentindo muito mal e acho que esta com febre, teria como encaixa-lo na emergência?- falei e dei o cartão do plano de saúde dele. 

- Está bem calmo hoje, a emergência está livre. Posso conduzir você pra triagem pra verificar a temperatura e a pressão dele, aí depois só esperar o médico chamar. 

- OK. - Assenti. Fiz um sinal para Alisson se levantar e seguimos a recepcionista. Ele entrou na triagem e eu fiquei esperando no lado de fora. Depois de um tempo ele saiu. 

- Bom dia... A temperatura dele está bem alta, 38,5. Vou avisar ao médico e já chamo.- assentimos. Alisson encostou sua cabeça em meu ombro e eu senti meu estomago doer com o frio que percorreu. 

se contenha Raquel.

- Alisso Ramses Becker?- o doutor chamou. Alisson se levantou e foi até a sala. Fiquei esperando. 

[...]

- Eai?- perguntei. 

- Estou com infecção no ouvido. Provavelmente entrou água da piscina no meu ouvido e eu não senti. Tomei um soro, uma injeção pra febre e ele passou esses remédios. - ele me mostrou o receituário. 

- Ah... então vamos. - fomos até o estacionamento e entramos no carro. Dei partida e fomos em silêncio. Parei em frente ao uma farmácia. 

- Pronto, cade a receita?- ele me deu a receita e eu peguei sua carteira. - Sai do carro e fui comprar os remédios. Voltei com as coisas e fomos direto para o hotel. Entramos em seu quarto. Coloquei os remédios na cabeceira e sentei na ponta da cama. Alisson se deitou no espaço que sobrou. Coloquei a mão em seu rosto pra ver sua temperatura e nossos olhares de colidiram. Senti meu estomago revirar. Desviei rapidamente o olhar e disfarcei. 

- Esqueci que comprei um termômetro. - coloquei o termômetro nele. - Não está com febre mais... então só vai precisar tomar o antibiótico.- Abri a caixa do remédio e lhe dei um comprimido, ele bebeu junto com a água que tirei do frigobar. - Daqui 12 horas tem que tomar outro. Você precisa almoçar...- falei. 

- Não estou com muita fome...

- Mas precisa. Vamos ao restaurante do hotel?- sugeri e ele assentiu. Saímos do quarto. 

- Está se sentindo bem?- perguntei sentando na mesa. 

- Um pouco, obrigada Quel...

- Nada.. e corrigindo o que você disse mais cedo, eu não te odeio. 

- Confesso que exagerei... - ele riu. - Mas então por que estava estranha comigo? Ainda é o que eu disse naquele dia?

- Podemos falar disso depois? Vamos comer. - ele assentiu e começamos a comer. 

Ai meu Deus do céu...



APENAS UM LANCE- Alisson BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora