Raquel Santos
Já estávamos na ultima semana da viagem e das férias. Eu e Divok trocamos de quarto. Continuamos juntos, mais em um quarto com cama separadas, ele achou melhor assim, já que contei pra ele do Alisson e ele me contou que conseguiu a achar a tal menina. Falando nele, ainda não criei coragem de falar com ele e nosso clima continuava o mesmo. Hoje Bruna e Ney inventaram de fazer um tuor pela cidade. Eu estava me arrumando. Coloquei o tenis e ouvi batidas na porta.
- Bom dia!- as meninas me cumprimentaram.
- Bom dia quelzinha.- foi a vez dos meninos.
- Bom dia meninas. Oi meninussss.- falei e peguei minha bolsa. No corredor notei que faltava alguém. - Perai gente, cade o Becker?
- Estávamos no quarto dele mais cedo. Ele parece que não tá muito bem. Vomitou umas duas vezes, e tá vermelho igual um pimentão, disse que ia ficar descansando. - Couto disse.
- Ele reclamou de dor de cabeça também.- Divok completou. Continuamos andando.
droga!
Não dá. Eu fiquei com pena, vou até lá ver como ele tá.
- Gente, eu esqueci um negócio lá no quarto...- menti.
- Vai lá quel, a gente te espera!- Bruna disse, as meninas podiam até saber o que eu ia fazer, mas os meninos nem pensar, vão encher meu saco. Fiz um sinal pra Ainê que estava em meu lado. Ainê cutucou Elisa e Bruna nos olhou.
Telepatia feminina.
- Ahhhhh, aquele negócio...- Bruna disse.
- É aquele...- Elisa piscou discretamente.
- Ela vai demorar gente, vamos indo na frente...- Ainê foi empurrando os meninos até a van.
- mas...- Neymar tentou falar algo, mas foi enfiado dentro da van.
- É depois a gente te manda a localização.- Bruna disfarçou.
Subi de volta. Bati na porta do quarto de Alisson e escutei um entra. Me deparei com Alisson jogado na cama com o travesseiro na cabeça.
- Oi...- falei com receio...
- Tá fazendo o que aqui?- ele tirou o travesseiro da cabeça me olhando. Sua voz estava meio arrastada e seu rosto estava vermelho.
- Os meninos disseram que você tava passando mal... fiquei preocupada.
- Até parece... você me odeia.- ele levantou e ficou sentado na cama. Ele estava sem camisa, e eu não consegui desviar meu olhar de seu abdome.
foco raquel, foco.
- Para de falar besteira. Deixa eu ver aqui.- coloquei a mão em sua testa e pescoço.- Meu Deus Alisson! Você tá pelando...- me levantei pra ver se na caixinha de primeiros socorros do hotel tinha um termômetro... - Merda... não tem termômetro aqui... O que você tá sentindo?
- Dor na cabeça, um pouco de frio e enjoo. - ele disse coçando os olhos.
- Tá... cade a chave do seu carro?
- Tá ali...- ele apontou pra mesa de cabeceira. - Pra que?
- Vamos ao médico! Pega sua carteira. - ele assentiu, e fez o que eu disse. Peguei a carteira de sua mão e coloquei na minha bolsa. Me surpreendi dele não hesitar em ir ao hospital, devia estar mal mesmo.
Entrei no carro. Alisson sentou no banco do carona e eu dei partida. Chegando ao hospital Alisson saiu do carro. Peguei minha bolsa, guardei e chave.
- Bom dia... - falei pra recepcionista.
- Bom dia, o que posso ajudar?
- Meu...meu amigo está se sentindo muito mal e acho que esta com febre, teria como encaixa-lo na emergência?- falei e dei o cartão do plano de saúde dele.
- Está bem calmo hoje, a emergência está livre. Posso conduzir você pra triagem pra verificar a temperatura e a pressão dele, aí depois só esperar o médico chamar.
- OK. - Assenti. Fiz um sinal para Alisson se levantar e seguimos a recepcionista. Ele entrou na triagem e eu fiquei esperando no lado de fora. Depois de um tempo ele saiu.
- Bom dia... A temperatura dele está bem alta, 38,5. Vou avisar ao médico e já chamo.- assentimos. Alisson encostou sua cabeça em meu ombro e eu senti meu estomago doer com o frio que percorreu.
se contenha Raquel.
- Alisso Ramses Becker?- o doutor chamou. Alisson se levantou e foi até a sala. Fiquei esperando.
[...]
- Eai?- perguntei.
- Estou com infecção no ouvido. Provavelmente entrou água da piscina no meu ouvido e eu não senti. Tomei um soro, uma injeção pra febre e ele passou esses remédios. - ele me mostrou o receituário.
- Ah... então vamos. - fomos até o estacionamento e entramos no carro. Dei partida e fomos em silêncio. Parei em frente ao uma farmácia.
- Pronto, cade a receita?- ele me deu a receita e eu peguei sua carteira. - Sai do carro e fui comprar os remédios. Voltei com as coisas e fomos direto para o hotel. Entramos em seu quarto. Coloquei os remédios na cabeceira e sentei na ponta da cama. Alisson se deitou no espaço que sobrou. Coloquei a mão em seu rosto pra ver sua temperatura e nossos olhares de colidiram. Senti meu estomago revirar. Desviei rapidamente o olhar e disfarcei.
- Esqueci que comprei um termômetro. - coloquei o termômetro nele. - Não está com febre mais... então só vai precisar tomar o antibiótico.- Abri a caixa do remédio e lhe dei um comprimido, ele bebeu junto com a água que tirei do frigobar. - Daqui 12 horas tem que tomar outro. Você precisa almoçar...- falei.
- Não estou com muita fome...
- Mas precisa. Vamos ao restaurante do hotel?- sugeri e ele assentiu. Saímos do quarto.
- Está se sentindo bem?- perguntei sentando na mesa.
- Um pouco, obrigada Quel...
- Nada.. e corrigindo o que você disse mais cedo, eu não te odeio.
- Confesso que exagerei... - ele riu. - Mas então por que estava estranha comigo? Ainda é o que eu disse naquele dia?
- Podemos falar disso depois? Vamos comer. - ele assentiu e começamos a comer.
Ai meu Deus do céu...

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APENAS UM LANCE- Alisson Becker
FanfictionEra pra ser só um caso pra aliviar a tensão e o estresse do jogador. E apenas proporcionar algumas noites de prazer a médica. Mas o destino mostrou quem é que manda, quando Raquel Santos, Psicóloga do time e o atual goleiro do Liverpool, Alisson Bec...