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Raquel Santos

- Me conta tudo!- Elisa veio até mim na fila do almoço.

- Tá fazendo o que aqui garota?

- Ué... Não consegui esperar você chegar em casa, então vim almoçar com você.- ela disse simples passando na minha frente e colocando sua comida.

- Aí meu Deus do céu, Elisabeth, você é muito fofoqueira.- bati a mão na testa e depois fui colocar minha comida. Fomos até uma mesa no canto do refeitório. 

- E então? - ela disse abrindo os talheres descartáveis. Bufei

- Então o que?

- Me conta, aceitou a proposta ou não?- ela disse um pouco alto e eu dei um tapa em sua testa. - Ai! Que foi?

- Não está falando alto de demais?- repreendi.

- Desculpa.- levantou as mãos em rendição. - Mas agora me conta.

- Não rolou nada do que você está pensando...- falei e dei uma garfada em meu macarrão.

- Estava pensado que vocês tinham feito sexo, então não aceitou?

- Não o sexo que você estava pensando.- falei e apertei meus lábios. Elisa abriu a boca e colocou a mão tampando a mesma. 

- Ai meu Deus do céu Raquel! Sua safada!

- Ele precisava relaxar não é? Então...

- Gente... quando te conheci você não era assim.- colocou a mão no peito e fez cara de ofendida. 

- Eai? É grande?

- Enorme.- sussurrei. 

- O que é enorme?- Deja colocou o prato em nossa mesa e eu dei um pulo, que ouvido é esse?!

- Ham? é...- Elisa não sabia o que dizer.

- Meu cabelo!- Soltei rápido. - Comprei um negócio mara para o crescimento. 

- Ah...- Dejan franziu o senhor e me olhou confuso.- Ok. Começamos a comer. Eu estava sentada na direção da porta do refeitório. E então e vi aquele par de olhos verdes entrarem. Me senti um pouco desconfortável, mas tentei ficar calma. Alisson passou com mais dois jogadores indo até a fila do almoço. Assim que colocou os olhos em mim, deu uma leve piscadinha e um sorrisinho discreto, arrepiou até minha alma. Elisa como uma boa fofoqueira percebeu tudo e arregalou os olhos pra mim. 

[...]

Depois do almoço, Elisa tinha ido embora e eu precisava atender o restante do time. Atendi uma parte de manhã e vou atender o que sobrou agora a tarde. Estava tranquila em minha sala, com os pés na mesa mexendo no celular. A porta se abriu e eu rapidamente me ajeitei. 

- Oi Dra... Sou o próximo? - Roberto me surpreendeu. 

- ai meu Deus! Colgate?! - Corri para abraça-lo. - O que você tá fazendo aqui?

- Vim resolver as coisas do meu contrato...

- Então quer dizer que...

- Sim, vou jogar no Liverpool agora. - disse.

- Nossa! Meus parabéns Fi, sei que era se sonho!- o abracei de novo. - E Larissa? Com está?

- Está ótima... e grávida. 

- Ai calma, é muita informação...- levantei a mão. - Parabéns papai. 

- Obrigada Quel... Como vai as coisas por aqui?

- Bem... mas preferia vocês na seleção.- ele riu. 

- Tenho que ir, ainda tenho uma reunião chata pra encarar.- disse e eu ri.- só vim te dar um abraço.

- Ok. Bejei sua bochecha. 

- Ah, e Quelisson, como está? Agora que estão no mesmo time, as coisas facilitaram né?

- A pronto... estava demorando né Firmino? - revirei os olhos. - Não existe Quelisson nenhum.

- Em 2018 existia.- ele disse e eu bati em seu braço. 

- Sai da minha sala sorriso. - o empurrei.

- Tchau quel!- acenei e ele foi embora rindo. Que saco.

Mais tarde, eu já tinha atendido o restante do time. Arrumei minhas coisas e sai da sala. Fui andando até o lado de fora e notei que alguns jogadores ainda estavam indo embora. Me encostei na parede para chamar um uber no celular.

- Quel...- um voz bem conhecida disse.

- Alisson? Pensei que já tinha ido embora.

- Estava conversando com Firmino, chegou a vê-lo?

- Sim, ele foi na minha sala mais cedo... Eternos colegas de time não?- ele riu.

- Então, está esperando o uber? Não quer carona?- sugeriu.

- Não precisa, eu me viro. - recusei e ele revirou os olhos. 

- O uber demora uma eternidade aqui Raquel.

- Sério? 

- Não, mas quero te dar uma carona.- disse girando a chave do carro no dedo indicador. Revirei os olhos. 

- Ok Alisson. Onde está seu carro?- perguntei. Ele apertou o botão de abrir e o carro destravou. 

- Aquele. - Ele apontou. Era uma BMW preta. 

Entrei no carro em silêncio. Logo cheguei na casa da Elisa. 

- Está entregue. - ele disse. Mas não destravou a porta. - Quero saber quando vamos ter nossas consultas particulares. - ele disse colocando a mão na minha coxa. 

- Quando eu estiver os pedada no hotel...- falei baixo tentando me recompor.

- Podemos fazer na minha casa se quiser.- sugeriu. - Meu quarto serviria como um bom consultório.- disse e beijou meu pescoço. Arrepiei. - Tchau doutora. - ele destravou a porta. 

- Tchau Becker.- Sai do carro. Respirei fundo. Que merda de homem gostoso!!!!


APENAS UM LANCE- Alisson BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora