primeiro encontro

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– Quando cheguei em frente ao hospital já era sete e dez, e eu o vi de longe. Ele parecia tão impaciente, andando de um lado para o outro visivelmente nervoso. Meu coração já estava a ponto de sair pela boca de tão nervosa que estava, pois quando eu o vi, não achei que teria como ele fica ainda mais bonito do que quando entrou no hospital. Mas acredite meninas ele estava. Eu me lembro perfeitamente de como ele estava vestido.

Seu cabelo estava penteado, mas tinha alguns fios rebeldes soltos. Usava uma camisa branca e uma calça escuro. Lindo, parecia um verdadeiro galã. Quando chego mais perto noto seu rodto apreensivo, porém sua expressão se suaviza no momento que ele percebe que tinha chegado. Seus olhos brilham e um sorriso enorme surge no seu rosto.

Aí meu deus, eu não acredito que ele estava com medo de que eu não viesse. Mas como ele poderia sentir isso em relação a mim? Penso.

Pois eu sou tão comum, não tenho corpo bonito e nem nada para me destacar das outras meninas. Porém, no momento que ele me olhou com um brilho diferente no olhar, percebi que sim, eu tinha algo em mim que me destacava das outras garotas. E nesse mesmo momento, percebi que ele era diferente dos outros homens.

Ele é único. Minha mente afirma, me fazendo sorrir mais ainda confirmando meu pensamento.

Rapidamente atravessei a rua olhando para o David, então reparo no curativo que eu tinha feito mais cedo na sua mão. Desvio o olhar para seus olhos novamente e fiquei um pouco envergonhada, pois ele não parava de me olhar com seus incríveis olhos castanhos esverdeado. Chego mais perto dele, mais uma vez eu o observo então vejo uma coisa que não tinha percebido antes, tanto no seu queixo como na sua sobrancelha esquerda tinha uma cicatriz quase imperceptível, mas como estávamos tão próximos eu pude vê-las, pude reparar nesses detalhes que só atraiu mais minha atração por ele. Assim que paro na sua frente o cumprimentei:

– Olá senhor David Garcia, como vai a mão? - pergunta levemente preocupada.

– Primeiro me chame apenas de David e segundo senhorita, está um pouco dolorida mas já passei por coisas piores. - respondeu calmamente olhando para a mão e depois sorri para mim.

– Você poderia me dizer que coisas piores foram essas? - perguntei curiosa, assim que percebo minha atitude desvio o olhar para os meus pés.

Aí meus Deus, agora ele vai me achar ainda mais intrometida.
Débora, você tem que parar de ser tão curiosa!

– Claro, ter vivido dezenove anos sem tê-la conhecido e ainda ter quer passar mais  uma tarde inteira sem ver a senhorita. Isso para mim é bem pior que um corte na mão. - responde docemente, sinto minhas bochechas ficarem quentes, ainda bem que estou olhando para o chão, pois tenho certeza que estou ruborizada nesse momento. Ele levanta o meu queixo com o dedo e então abre um sorriso lindo no rosto.

– Primeiro David, pode me chama somente de Débora, e segundo não seja exagerado o senhor mal me conhece. - argumento envergonhada o fazendo da uma risadinha e balançar a cabeça discordando do que eu disse.

De repente ele olhou para mim e disse docemente:

– Você está tão linda que eu poderia ficar te olhando assim por séculos que não me cansaria. - passou os dedos delicadamente por minha bochecha e sorri ainda mais, tenho certeza que fiquei ainda mais vermelha nesse momento.

Demorei mais que o normal para acha minha voz, pois fiquei até sem fala com o seu elogio. Minha vontade era que olhar para meus pés novamente pela tamanha vergonha que estou sentido, mas eu não conseguia desviar meus olhos dos seus incríveis olhos castanhos esverdeado. Porém eu forcei minha voz a sair para agradecer:

– Muito obrigado, o senhor também está muito bonito. - murmuro timidamente o fazendo sorrir novamente enquanto continua a fazer carícias em minha bochecha.

– Débora a senhorita está com muita fome ou posso te leva a outro lugar primeiro. - questiono se afastando um pouco.

– Por mim está tudo bem ,. - respondi um pouco receada por não saber aonde iríamos, porém resolvi confiar nele.

Ele ofereceu o braço para mim e eu entrelace o meu braço no seu sem pensar duas vezes. Mas depois quase pensei em solta-lo porquê afinal uma dama não pode andar de braços dados a um homem desconhecido. Com isso ele deve ter sentido o meu desconforto, pois colocou sua mão sobre a minha e naquele momento o seu toque me fez me sentir a mulher mais feliz do mundo, e eu parei de me importar com o que as outras pessoas iram dizer.

Andamos em silêncio por um tempo , mas não era um silêncio constrangedor. Eu sempre fui muito uma pessoa muito falante, mais naquele momento eu apreciei o silêncio como nunca tinha feito antes.

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