Capítulo 4

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- Amar?

- É Maria! Você o ama?

- Eu... - Desviou o olhar e se lembrou do momento do beijo e em como se sentiu nos braços dele novamente.

Jéssica a encara e fecha os olhos por alguns segundos esperando a resposta.

- Você não precisa responder. - Maria a encara. - Acho que nem você está preparada para assumir o que sente por ele.

- Se você acha que eu o amo... - É interrompida.

- Maria eu sei que é difícil assumir esse sentimento que ainda vive em você e que provavelmente também vive nele ou ele não teria te beijado logo no primeiro dia que te viu, mas você precisa se decidir e não pode esquecer daquela garota que desde pequena espera a oportunidade de estar com vocês dois e com os irmãos.

- Ela não vai ficar perto deles até que tudo esteja resolvido! - Fala convicta.

- Tente pelo menos explicar o porquê ou ela vai acabar odiando você.

- Jeeh se ela não tivesse ido embora, sem nem se quer falar com um de nós, já estaria sabendo os meus motivos para não deixá-la aqui! - A tristeza em sua voz é notável.

- Eu sei amiga e sinto muito por ela ser tão cabeça dura, até porque isso está afetando vocês duas.

- Queria tanto que ela pelo menos atendesse às minhas ligações. - Abaixa a cabeça. - Gostaria muito que ela estivesse aqui, mas nunca irei colocar a vida dela em risco.

- Eu sei! Só que você também deveria ver que a Estella já toma as próprias decisões e já sabe se cuidar! - Paga na mão da amiga. - Eu sei que você tem muito medo de perdê-la, mas precisa entender o lado dela, precisa entender que ela já sabe se cuidar e que depois de tantos anos sendo criada por outras pessoas a única coisa que ela sente que precisa é do amor da mãe dela.

Maria respira fundo, sabia que a amiga estava certa, mas as dúvidas do que iria fazer estava dificultando uma decisão naquele momento.

- Obrigada Jeeh! - Sorri e dá um leve aperto na mão da amiga. - Bom vou descansar.

- Está bem! - Sorri. - Boa noite doidinha! E pense no que acabei de lhe dizer em.

- Eu irei pensar! - Se despede e vai para o quarto.

- E eu vou fingir que acredito! - Balança a cabeça em negação.

Dia seguinte

Estevão nas empresas, olhando alguns contratos e tentando se concentrar naquilo para não ficar pensando no beijo da noite anterior.  Logo escuta o celular tocar e ao ver quem era desliga.

- Me desculpe Ana Rosa, mas esse não é um bom momento. - Passa a mão no cabelo. - Não comigo pensando naquela mulher. - Cerra o punho. - Por que fiz aquilo? Por que a beijei? - Fecha os olhos se lembrando do beijo.

Estevão estava em sua sala, pensando no beijo que havia dado em Maria e se perguntando o por que de ter feito aquilo quando de repente alguém entra na sala. Ele olha para a porta e se levanta sem entender o que estava acontecendo.

- O que faz aqui? - A questiona sério.

- Senhor perdão, ela não esperou que a anunciasse.

- Tudo bem Lupita! Nos deixe a sós por favor. - Ele responde.

Lupita saí.

Amor PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora