Caleb Vanderbuitt, um piloto de Fórmula 1 muito famoso, vive uma fase complicada após uma temporada difícil e marcada por um temperamento explosivo. De férias, ele tenta se afastar do estresse, mas é surpreendido quando todos os seus mecânicos pedem...
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Sol realmente não sabia como tinha se deixado levar até esse ponto. Agora ele estava com um emprego dos sonhos, um salário que nem imaginava ser possível. Quem sabe, depois de quitar a dívida absurda, ele poderia voltar aos estudos ou até mesmo comprar uma casa. Mas, por enquanto, seu "lar" era o velho Civic preto, ano 2001, que usava como quarto improvisado.
Ao fim de mais um dia de trabalho, Sol guardava suas ferramentas e se preparava para ir embora. Já perto do portão, avistou o homem de terno - o agente de Caleb, que parecia estar com o humor mais azedo que de costume.
— Caleb anda impossível ultimamente! — bufou Luan, sem perceber a presença de Sol. — Contratou um... um mecânico de estrada! E ainda se recusou a colocar o Zara como chefe dos mecânicos. Espero que ele saiba o que está fazendo...
Sol soltou uma risada baixa, achando graça no tom indignado de Luan. "Mecânico de estrada" não era exatamente um insulto para ele; afinal, era exatamente isso que fazia, e era um trabalho honesto. Mesmo assim, decidiu evitar confronto e virou-se para seguir seu caminho.
Foi aí que, ao longe, avistou Caleb. O piloto estava na pista, completamente focado na direção, quase como se o mundo inteiro se resumisse àquele traçado de asfalto. Sol observou, um pouco impressionado, enquanto Caleb fazia as curvas com precisão, cada movimento demonstrando controle absoluto e, ao mesmo tempo, uma espécie de paixão selvagem pelo que fazia.
"Esse cara realmente vive pra isso", pensou Sol, sem conseguir desviar o olhar. Era estranho, mas havia algo fascinante em ver Caleb tão concentrado, tão diferente do idiota arrogante que ele conhecera antes.
Por um breve momento, Sol quase se deixou levar pela conversa de Caleb. A empolgação e o brilho no olhar do piloto eram quase... contagiantes. Mas quando Caleb mencionou "corridas ilegais", foi como se um grande sinal vermelho acendesse na cabeça de Sol. Ele realmente não esperava nada de bom vindo dessa ideia.
— Vamos lá, Solzinho, juro que não vamos perder, e nem vamos ser pegos. — Caleb deu um sorriso torto, convencido, como se aquela fosse a ideia mais brilhante do mundo.
