v i n t e e o i t o

542 55 17
                                    

Charlotte Paige

Depois de quase vinte minutos caminhando, Henry disse que finalmente eu poderia tirar a venda. Assim que a desamarrei da minha nuca, vejo que estamos em um quarto.

Caminho pelo quarto ( que era incrivelmente lindo ), e o observo. Há uma cama de casal bem no meio do quarto, com um edredom branco e quatro travesseiros e com algumas pétalas de rosa em cima. No canto tem uma pequena mesa redonda com duas cadeiras, e nela está montado um pequeno jantar à luz de velas. Em uma das quatro paredes, há uma janela com vista para a praia toda, e há uma porta branca fechada perto de uma pequena cômoda, que eu imagino que deva ser algum banheiro.

— Henry... — Olho para o mesmo sem palavras.

— Eu sempre sonhei com esse momento, Char. — Fala me olhando com um brilho nos olhos.

— Eu estou totalmente sem palavras.

— Droga! — Ele murmura alto o suficiente para mim ouvir. — Não precisa fazer nada se não quiser, não quero que se sinta pressionada a dormir comigo. Eu só achei que... — Ele hesita. Me aproximo do mesmo e coloco minhas mãos sobre suas bochechas que estavam quentes. Ele suspira. — Eu deveria imaginar que você não iria gostar. Perdão Char. Eu sou um babaca.

— Ei, eu amei. — Sorrio. — Eu estou sem palavras por estar surpresa. Eu te amo Henry Hart e eu amei a surpresa. — Me inclino e coloco meus lábios sobre os seus.

Ele coloca seus braços em volta da minha cintura e aperta meu corpo contra o seu. Aprofundo o beijo e logo Henry pede passagem com a língua. Não penso duas vezes antes de aceitar.

Em um ato impensável, subo em seu colo. Ele coloca seus braços em baixo do meu quadril e me leva até a cama. Henry me deita sobe a cama aprofundando ainda mais nosso beijo.

— Espera. — Falo interrompendo o momento.

— O quê?

— Acredite, eu estou amando tudo isso, porém aquela mesa está cheia de coisas deliciosas, e nós teremos a noite toda para aproveitar. — Dou um pequeno empurrão em Henry e me sento em uma das cadeiras. Ele ri e ocupa o outro acento.

— Só você mesmo, Charlotte Paige.

— O que? Comida em primeiro lugar.

Nós dois rimos e após começamos a comer todas as coisas em cima da mesa. Enquanto comíamos, ficamos conversando sobre vários assuntos diversos.

— Henry, — O chamo assim que acabo de engolir um morango. — você pagou quanto por tudo isso?

— Char, não se preocupe com isso. Eu queria que essa noite fosse especial, e além do mais você merece tudo isso e muito mais. — Sorrio.

— Você é incrível, sabia? — Falo me levantando e me aproximando dele.

— Não tanto quanto você. — Diz e após eu o beijo.

Ele se levanta também. Henry passa os braços em volta da minha cintura e fomos caminhando até a cama ainda com os lábios grudados um no outro. Assim que chegamos perto da cama, ele me deita e fica por cima de mim. Nos separamos por falta de ar.

— Você tem certeza de que quer isso? — Pergunta ofegante.

— Nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. — Sorrio para o mesmo e então voltamos a nos beijar.

Henry começa a beijar meu pescoço enquanto eu puxo de leve seu cabelo loiro. Após ele começa a puxar a alça do meu vestido vermelho para baixo lentamente.

•••

Acordo com a luz do sol sobe o meu rosto. Abro os olhos lentamente e vejo Henry ainda dormindo abraçado a mim. Deixo escapar um sorriso bobo quando lembro da noite que passamos juntos.

— O seu sorriso é uma das coisas mais lindas que eu já vi.

— Eu achei que você estava dormindo.

— Não, eu estou acordado a uns trinta minutos, mas não quis levantar pra aproveitar mais esse momento.

— Como você consegue ser tão fofo até ao acordar?

— É um dom. — Diz se aproximando. Ele tenta me beijar mas eu desvio. — A meu Deus Char, você se arrependeu?

— Claro que não seu bobo. — Sorrio. — É que acabamos de acordar, e nós dois ainda não escovamos os dentes.

— Certo senhora. — Henry diz se levantando e indo até o banheiro. Vou até ele.

Escovamos nossos dentes, e após uma mulher veio trazer nosso café da manhã. Eu estava faminta, então comi tudo bem rápido enquanto Henry ria do meu comportamento.

Depois de termos praticamente devorado toda a comida, fomos tomar um banho. Tomamos nosso banho e após saímos do hotel.
Assim que chegamos na van meu celular começa a tocar.

— Alô?

— Charlotte, filha.

— Mãe?

— Oi meu amor, como você está?

— Estou ótima.

— Que bom querida. — Ela funga, então percebo que a mesma está chorando.

— Mãe, está tudo bem?

— Está, querida. Só estou com saudades.

— Me desculpe por não ter te ligado.

— Não, está tudo bem. — Ela funga novamente. — Querida, eu tenho que desligar agora, está bem?

— Tudo bem, então. Beijos, te amo.

— Eu te amo mais. — Fala e após desliga.

Minha mãe sempre foi muito companheira; eu a conto tudo, ela é a pessoa em que eu mais confio no mundo todo, porém estou me sentindo mal pois sinto que a deixei de lado.

Sempre foi só eu e ela. Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha dois anos, e ele nunca foi tão presente na minha vida, então tenho poucas lembranças dele.

Agora, ela está só. Sinto que fui egoísta e não pensei em como ela está se sentindo. Não que eu me arrependa das minhas escolhas, nunca, mas o que estou dizendo é que eu se quer liguei alguma vez para ela.

— Henry. — O chamo.

— Sim?

— Eu quero voltar para Swellview.

___________________________________________

E vamos de choro, afinal estamos no ante penúltimo capítulo 😭😭
Desde já gostaria de agradecer a todos que estão lendo, vocês são incríveis 💖
Enfim, um beijo e até o próximo capítulo ✨💖

30 dias para ser felizOnde histórias criam vida. Descubra agora