CAPITULO 3

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Oi gente, olha eu aqui de novo com mais um pouquinho do Ray pra vocês, espero que gostem de saber um pouquinho mais do nosso astro do cinema, e espero que se gostarem não poupem indicações e estrelinhas, comentem também, adoro saber o que estão achando.

Beijos, Ana.


RAY

Entrando no restaurante, respondi com um sorriso torto à cara que minha irmã fez ao me ver.

Minha mãe, diferente dela, era toda sorrisos para mim. Isso era o que mais me doía por dentro, perceber que por mais errado ou até atrasado que eu estivesse, ela nunca, jamais se chateava comigo. Pelo contrário, vinha ao meu encontro e pulava no meu colo, como uma adolescente que encontra seu primeiro amor. Aliás, era exatamente assim que ela, minha doce Thabata Turner, me chamava quando estávamos a sós, de "meu primeiro amor". Forte, intenso e inesquecível, palavras da mulher que eu mais amava nessa vida e àquela a quem eu jamais gostaria de decepcionar.

Minha mãe sempre dizia a todos, que por mais que tivesse amado meu pai, só descobriu o amor de verdade quando eu nasci, quando foi mãe, que naquele dia ela sentiu-se completa e realizada.

Abracei-a e a enchi de beijos, afinal, era o dia dela.

Seguimos para a mesa, dei beijos e abraços em todos, minha irmã, cunhado, as crianças, tia Mary. Meus sobrinhos como sempre loucos para abraçar e tirar fotos com o tio famoso, amam mostrar na escola que estiveram comigo, e eu não poupo atenção a eles. No mesmo instante minha irmã liberou sua acidez contra mim, como sempre, discordando de tudo que se refere a minha vida.

— Então Senhor Todo Poderoso, a que devemos esse atraso? Não me diga que mais uma vez foi o trânsito, porque estamos a menos de quinze minutos do seu apartamento. — Ela não aguenta, se não me provocar não é a Rachel que eu conheço.

— Não, minha querida e doce irmã, meu atraso deve-se ao presente da minha amada mãe. Afinal não é fácil escolher algo que reflita o quão importante ela é para mim.

Nesse momento, tirei a caixinha preta do bolso e dei-a para minha mãe. No instante em que ela a abriu, eu vi um misto de razão e emoção passar pelo seu semblante geralmente tranquilo.

Ela olhava para o anel e olhava para mim. Tirou o anel da caixa e colocou em seu dedo, e como esperado, caiu como uma luva.

Naquele momento percebi a real beleza do anel, não era imponente apesar do tamanho nada modesto. Era doce, era suave, refletia amor, e quando pensei nisso tudo, o rosto de Carla apareceu na minha frente.

— Por que mesmo eu estou pensando nela? – me pergunto mentalmente.

Tudo bem, me ajudou a escolher o anel, e mamãe adorou exatamente como ela disse que faria, mas é só isso, já deu, nada de ficar pensando em uma mulher para a qual nem o sobrenome eu fui capaz de perguntar.

Quando olhei de volta para o rosto da minha mãe, voltei à realidade rapidamente, vi uma lágrima solitária rolar em seu rosto. Fiquei atordoado, não sabia o que aquela lágrima queria dizer, será que havia gostado? Não conseguia decifrar sua expressão.

Minha irmã levantou-se. — Com licença, preciso ir ao toillet — disse com a voz meio embargada. Meu cunhado levantou-se me olhando com uma carranca e foi atrás dela. Fiquei mais perdido ainda, não entendi nada, e não sabia se ficava ou se ia atrás deles para perguntar o que havia acontecido.

Minha mãe enfim falou, com a voz meio trêmula, pegou na minha mão. —Querido, que coisa mais linda! Nada do que você me deu até hoje foi tão lindo ou teve tanto significado. Esse anel é de longe, a declaração de amor mais linda que eu já recebi de você, obrigada "meu primeiro amor".

Paixão Imprevisível (Livro 1 da Duologia Paixão) (DEGUSTAÇÂO)Onde histórias criam vida. Descubra agora