Último cliente indo embora, já são 19:30, Adam percebe os movimentos na rua cair bastante junto com o pôr do sol e resolve fechar a farmácia depois de um dia cheio, e um acontecimento um tanto bizarro, mas não incomum. O fato de como aquele homem sabia sobre o sangue de Deus é um mistério a se descobrir, mas Adam sabe que já teve várias pessoas que bebeu do remédio e mesmo assim jurou nunca contar nada, é de se saber que os muros da cidade têm ouvidos.
Entrar em casa não é uma tarefa bem simples, quando se está com a mente cheia, memórias e lembranças inundam a cabeça de Adam, de forma a se rasgar o cérebro ao meio, ele apenas abre uma garrafa de Uísque, liga o aparelho de som e coloca algumas músicas para tocar, a primeira música é The Lumineers – Sleep on the Floor, ele tira as roupas ao beber cada vez mais do seu Uísque e vai tomar um banho.
Dentro do chuveiro, seus pensamentos flutuam, o homem que ele atirou aparece na sua frente coberto de sangue durante o banho e Adam se assusta, e assim o homem rapidamente desaparece.
Logo ao sair do chuveiro, ele se olha novamente no espelho, começa a pentear o seu cabelo e também trocar os seus curativos, tanto o do corte do rosto quanto o do ouvido, ao baixar a sua cabeça para pegar outros curativos, ele ver o senhor de farda suja de tinta com uma arma atrás da sua cabeça e dizendo:
- Me dá o Sangue de Deus... – o senhor diz isso e atira...
Adam fecha os olhos e acaba se batendo no espelho, ele rapidamente troca de curativo, e veste umas roupas no banheiro:
- Eu preciso dar uma volta – ele pega a sua arma e sai pela porta do fundo.
Saindo um pouco da farmácia, Adam tenta distrair sua cabeça respirando um ar diferente, seus pensamentos sobre possíveis situações vivem perturbando a todo tempo, é sempre a noite que ele prefere sair um pouco, mesmo sabendo o perigo que ele pode sofrer de ser o farmacêutico que sabe a cura de todas as doenças em um remédio chamado Sangue de Deus, até por que mesmo dando o que as pessoas querem isso nunca trará paz e sim o caos.
Ao dar alguns passos sobre a rua, seus pensamentos retornam, de pessoas invadindo sua farmácia e roubando suas doses, ou destruindo tudo, ou de poder morrer a qualquer momento pôr as vezes ser procurado as escondidas, e sem perceber ele acaba esbarrando em um mendigo sentado sobre uma pilha de livros no passeio da rua:
- Opa, desculpe amigo – Diz Adam ao perceber o que fez.
- Está tudo bem, você não é o primeiro, pelo menos pode ver, o seu amigo aqui é cego rapaz – O mendigo diz em uma voz grave em um tom risonho – Mas algo me dizia que alguém iria esbarrar em mim hoje.
- Desculpe mais uma vez, eu não queria...- Adam nota um certo livro sobre vários que o mendigo está sentado.
- "O poder da mente humana"? mas, mas como?
- O que você disse? – Disse o mendigo.
- Ah nada, quem fez essa pilha de livros para você?
- Não sei, eu não posso ver, plante sempre o bem mesmo no caos, apenas me disseram isso hoje – Afirmou o mendigo ainda irônico.
Adam então um pouco emocionado, pega uma das doses do sangue de Deus do seu bolso e dá ao mendigo e diz:
- Bebe isso amigo, pode lhe ajudar a ver – o mendigo então estende a mão e bebe do remédio, em segundos começa a esfregar os olhos, e ao vê Adam na sua frente, ele automaticamente chora e o abraça:
- Obrigado amigo, você me deu esperança, obrigado! – Diz o mendigo totalmente emocionado ao receber sua visão.
-Você merece ter esperança, agora viva amigo... – Diz Adam ao deixá-lo contente e totalmente feliz.
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Bendito Antídoto
Mystery / ThrillerAdam Braden é um farmacêutico frustrado e paranoico de uma pequena e calma cidade chamada Honra do Vale, mas o pior ou melhor fardo que ele carrega é poder ter o conhecimento e a cura para todos os tipos de doenças em um único frasco batizado por e...