Trancou a porta devagar, e suspirou fundo. Seu coração estava batendo muito forte. Como conseguiu agir de forma tão "legal" antes? Apoiou-se na porta com as costas, e imergiu em seus pensamentos enquanto olhava para o teto. Conhecia Soobin há... um mês? Talvez nem um mês. Isso tudo era muito repentino, mas a esse ponto não se importava mais. Todo mundo fazia isso não fazia? Começar a namorar alguém cedo. Chaeyoung insistindo que se jogasse desde o começo, mas seu senso exagerado de responsabilidade entrou no caminho, e acabou subestimando Soobin. No entanto, depois do que o mais novo havia feito por ele, Yeonjun estava completamente caidinho por sua paixonite. E Soobin também gostava de levar as coisas mais rápido.Agora Yeonjun tinha um namorado. Um namorado. Soava tão bem! Desde que havia se descoberto bissexual, nunca chegou a namorar um garoto, por mais que sempre tivessem algumas paixonites passageiras em alguns garotos bonitos do campus. Era uma experiência nova que o universitário estava mais do que ansioso para ter. E na sua opinião, não poderia ter achado alguém melhor.
Sentiu sua calça ser puxada.
— Papai. Tô com fome! — Exclamou a garotinha manhosa, já esfregando os olhos com as mãos, claramente cansada.
Yeonjun acordou do seu pequeno momento reflexivo, e voltou a prestar atenção na sua filha. Abaixou-se, para deixar seus olhares no mesmo nível, e sorriu somente com os lábios. Choi estava de ótimo humor.
— Que tal nuggets? Depois do seu ótimo trabalho hoje, nada melhor! — Sugeriu, sabendo que a menor adoraria.
Seol abriu um sorriso grande, abriu os braços ao máximo de pode e abraçou seu pai, muito feliz. Yeonjun dificilmente a deixava comer esse tipo de coisa, provavelmente uma vez ao mês e em datas comemorativas. Era sempre uma grande festa para a garota quando seu pai dizia que podiam comer nuggets ou pizza.
Yeonjun segurou na mão de sua filha e a levou até a cozinha do pequeno apartamento dos dois, e assim que chegaram, pediu para que Seol sentasse-se em uma das cadeiras e esperasse pela comida. O mais velho abre o freezer e de lá retirou um pacote cheio de nuggets, e dos pedaços, seis para colocar no forno. Não estava com tanta fome, e a garotinha também não comia muito. Enquanto esperava, sentou-se ao lado de Seol, para tentar conversar um pouco.
— O que achasse do seu primeiro ensaio? — Perguntou, se apoiando na mesa enquanto a olhava.
A menina fez beicinho.
— Foi legal. Eu gosto da Yeri. Jisung-oppa... Não era tão mal. — Desviou o olhar, meio envergonhada, mas claramente ainda tinha ao a dizer. — Mas... Papai e o Tio Soo... Ficaram em perigo. Fiquei com medo.
Yeonjun desfez o sorriso. Seol e Yeri terem visto aquela cena não era algo muito bom. Tentou evitar ao máximo, mas no final ainda tiveram que ouvir os gritos de Taehyung e Soobin ser socado no rosto. Era muito para uma criança da idade delas. Levantou uma das mãos, colocando-a sobre a cabeça de sua filha, afagando seus cabelos.
— Mas agora está tudo bem, ok? Papai e o tio Soo vão te proteger.
Mudou seu beicinho para um sorriso pequeno, meio sem jeito.
— Eu te amo papai. — Levantou-se na cadeira, para poder alcançar a cabeça de seu pai, deixando um beijo em sua bochecha.
Yeonjun poderia morrer de fofura naquele momento. Amava Seol demais, não conseguia se cansar de sua fofura mesmo que convivesse com ela todos os dias.
— Eu também te amo, meu amor. — Segurou a cabeça da pequena com as mãos, dando um selinho em sua testa.
De repente, Seol fecha a cara, olhando para Yeonjun com uma cara suspeita exagerada. O mais velho fica confuso, e dá uma olhava para trás para checar se aconteceu alguma coisa, mas tudo estava normal. A menina se senta de volta e tenta se apoiar na mesa para imitar a posição anterior de seu pai, mas não consegue por ser muito pequena ainda. Logo desistiu, e voltou a encarar Yeonjun.
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Kid's Play - Yeonbin
Romance[Concluída] Choi Yeonjun foi pai aos dezesseis, e com vinte anos, passa pelas complicações de criar uma criança enquanto ainda é um aluno da faculdade. Sendo uma pessoa privada, também não deixa que seus colegas descubram sobre a sua filha, até o di...