Capítulo 3 - Rumo ao desconhecido

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Acordo bem antes do sol nascer, acesso o site da companhia aérea para tentar encontrar o primeiro voo para Portugal. Em pouco tempo, encontro um voo que sai às 9h e reservo a passagem. Aproveito que o check in está disponível e já adianto. Primeira etapa concluída com sucesso, passagem comprada. Agora é hora de correr contra o tempo e arrumar as malas. Tento mentalizar tudo o que vou precisar, visto que não sei quanto tempo vou ficar em Portugal. Tenho que levar em conta, também, a diferença do clima. Separo minhas roupas, calçados e os documentos necessários para a viagem. Lembro de pegar também as cópias autenticadas dos documentos do meu pai e o pen drive com as imagens das câmeras de segurança para a investigação; mesmo já tendo enviado, os levo por segurança. Corro para o banheiro e tomo um banho rápido. Assim que saio, ouço meu celular tocar e pego o aparelho. Vejo que é o detetive, me apresso em atender.

- Alô!

- Bom dia, Senhorita! – Ele responde.

- Bom dia Detetive!

- Estou ligando para avisar que já reservei sua pensão. Já conseguiu o voo?

- Sim. Reservei o horário mais próximo, com saída às 9h. – Falo.

- Ok! Vou te buscar no aeroporto, depois te levo até a pensão.

- Oh! Obrigada pela gentileza. Não precisava se incomodar. – Agradeço.

- Claro que precisa! Não vou deixar uma dama sozinha em terra estrangeira. Vou fazer o cálculo do horário da sua chegada e estarei lá te aguardando. Assim que desembarcar me avise por mensagem. – Ele ressalta.

- Aviso sim! Agradeço! Preciso desligar agora. Tenho que me apressar, senão acabo me atrasando.

- Ok! Até mais tarde! – Ele fala.

- Até! – Respondo e desligo a ligação.

Pego minha roupa em cima da cama e me arrumo em tempo record. Levo as malas e minha bolsa para a sala, em seguida vou até a cozinha preparar um café. Enquanto espero a cafeteira terminar de passar o café pego algumas torradas e a manteiga na geladeira. Assim que tudo está pronto, me sento no balcão que separa a sala da cozinha para tomar o café enquanto confiro as mensagens. Ao mesmo tempo recebo uma ligação. Vejo que é René e atendo a chamada.

- Oi René! Ia te ligar assim que entrasse no Uber. – Falo.

- Uber? – Ele pergunta.

- Sim. Consegui uma passagem para o início da manhã. Estou correndo contra o tempo. Posso te ligar depois? Preciso sair. – Digo enquanto lavo a louça do café.

- Anne! Espere! – Ele avisa.

- Sim. – Digo ao mesmo tempo que ouço a campainha tocar e corro para atender.

Abro a porta e dou de cara com René sorrindo. Tiro o celular do ouvido, ao mesmo tempo que aperto os olhos como sinal de reprovação pela brincadeira. Ele ri enquanto eu saio de seu caminho para que possa entrar.

- Eu tirei a manhã de folga para te ajudar com a passagem, e te levar ao aeroporto. – Ele diz.

- Ah René! Não precisava se preocupar.

- Como não precisa mocinha? Pois digo, claro que precisa. E vamos logo! Mesmo se adiantando com a passagem não é bom correr o risco de se atrasar por causa do trânsito. Qual é o aeroporto? – Ele pergunta.

- Tom Jobim. – Respondo.

- Mais um motivo para se apressar, porque ainda deve ter trânsito na linha vermelha nesse horário. – Ele lembra.

O Resgate - Anne C. Sunshine e o Detetive DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora