Cap2.1 Degustação...

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Continuando.... ❤

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Isabelle Amorim

Dias atuais

Oxford Inglaterra - Final do inverno

Assim que termino de vestir um vestido azul de alça, bastante confortável, o despertador do fogão soa o seu alarme exatamente às dezoito horas e trinta minutos. Por conta disso, saio do meu quarto e corro em direção a cozinha ansiosa para ver como ficou o meu trabalho das últimas duas horas envolvendo alguns ingredientes.

Logo que entro no ambiente, sou inebriada pelo aroma delicioso da torta de maçã que acaba de ficar pronta e me faz salivar desejando uma fatia generosa. Eu já imagino a massa folhada derretendo em minha língua.

— Espero que John goste. – Meu pensamento sai em voz alta no momento em que repouso o recipiente por cima de um suporte na pequena mesa e para finalizar a produção, ajeito o vaso cheio de rosas naturais ao lado.

— Uau! Pelo visto hoje este pequeno apartamento será testemunha de um jantar a dois. É alguma comemoração que eu não estou sabendo? – Anne, uma das amigas que divide o apartamento comigo, se aproxima e aguarda a resposta exibindo um olhar malicioso que eu conheço muito bem.

— Na verdade, John quer comemorar nossos primeiros quinze dias de namoro. Por causa disso, resolvi fazer essa torta que amo e eu acho que ele gosta. Apenas isso. – Dou de ombros, sento-me um pouco e Anne faz o mesmo.

— Você não parece muito animada. – Eu realmente sou muito transparente. — Apesar de ter cozinhado. – Ela me decifra e como estou acompanhada de uma pessoa que tenho muita confiança, decido conversar um pouco.

— Ontem John e eu tivemos uma discussão bem acalorada por conta de uma escolha minha. – Sinto que o meu rosto fica corado antecipadamente pelo o que vou contar. — Você sabe, eu nunca transei, obviamente que ele quer ser o primeiro e como eu não me sinto segura para dar este passo, ele ficou bastante ofendido. – Aceno, mais precisamente para o nada, como em um gesto daqueles usados para ganhar tempo. — Ele está certo de que eu não gosto dele o suficiente para me entregar, entretanto resolveu aceitar a minha escolha de esperar um pouco mais e me pediu perdão. Enfim, nas primeiras horas da manhã me enviou essas rosas e por conta disso, fiz a torta. Hoje vamos ficar por aqui assistindo um filme. – Anne parece analisar cada palavra que eu digo.

— E você gosta dele? – Ela é direta.

— Sim, eu gosto. – Como não pareço convincente, me apresso em justificar. — Ele é um rapaz bacana, antes de sermos namorados ele é meu amigo, a sua companhia me faz muito bem, contudo, desde que eu aceitei o namorar, as cobranças vieram juntas. – Karina, irmã da Anne, se aproxima.

— Eu sei que é errado ouvir as conversas alheias, mas como moramos no mesmo apartamento estou ciente do tema abordado e preciso dar a minha opinião. – Encosta-se na ilha da cozinha e cheia de gestos, prossegue com a explicação. — Eu, que estou observando de fora todo o desenrolar do seu envolvimento com o John, ao meu ver, parece que sim, você gosta dele, mas se resume a isso aí. Eu não vejo paixão e eu não sei se o fogo inicial, típico de todos os casais, se constrói, é algo que foge do meu conhecimento. – Ajeita os cabelos atrás da orelha. — Também estou ciente de que cada mulher tem o seu tempo e precisa ser respeitado. Eu e Kleber transamos na mesma semana que nos conhecemos e agora só estamos esperando nos formar para logo mais oficializar a nossa união. Já a Anne – Aponta para a irmã. — demorou quatro meses para ter algo a mais, porém não foi por falta de desejo, ela apenas, ao contrário de mim, tentou seguir os ensinamentos da igreja. – Eu me lembro bem do sufoco que foi para ela aguentar tanto tempo e analiso todos os argumentos.

O melhor amigo do meu pai - NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora