Cap 3.1 - Degustação

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Continuando ❤


— Meu Deus! – Ele me coloca em pé, observa discretamente o corredor, entretanto eu não consigo me sustentar, deslizo o meu corpo pela parede e me ponho a sentar

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— Meu Deus! – Ele me coloca em pé, observa discretamente o corredor, entretanto eu não consigo me sustentar, deslizo o meu corpo pela parede e me ponho a sentar.

— Isabelle. – Se abaixa na minha frente e envolve o meu rosto em suas mãos. — Calmati, per favore. – Impossível, eu sempre tive muito medo da violência que avança cada vez mais no mundo. — Vai ficar tudo bem. – Lágrimas molham o meu rosto e Giovanni pacientemente limpa, passando suavemente o polegar em minhas bochechas.

— M-mais uma vez obrigada. – Tento me controlar. — Eu não ia conseguir me mexer se estivesse sozinha, sequer conseguiria me abaixar para fugir de uma provável bala perdida, eu me senti completamente paralisada. – Ouvimos um barulho fora do corredor e Giovanni repousa a sua mão em minha boca na intenção de me manter em silêncio, provavelmente temendo que eu grite.

É aterrorizante.

Com medo do que pode acontecer, sinto que a minha pressão até cai, mas a todo instante, tentando não desmaiar, encontro refúgio o olhando nos olhos.

Depois de segundos ou minutos agonizantes, o perigo parece se afastar. Lentamente, Giovanni tira a mão dos meus lábios e eu, como em um impulso, o abraço.

Com o peso do meu corpo ele acaba se sentando, me puxa para o seu colo e me envolve.

Sentindo o meu corpo trêmulo e sem controle, todas as emoções que venho guardando há anos vem à tona.

Choro por conta das cobranças para eu não ser a segunda versão da minha mãe.

Lamento a distância que vivo das pessoas que realmente amo. Sinto verdadeiramente falta da minha família e agora que poderia perder a vida e nunca mais os ver, entro em desespero.

Chego a soluçar quando me lembro do ocorrido na noite anterior em que fui duplamente ferida.

E do quanto é triste ainda não ter vivido um verdadeiro amor.

Se a minha vida acabasse neste exato momento, o que eu teria vivido?

— Acalme-se, vamos ficar bem. – Afasto-me um pouco para olhá-lo, ele segura em minha mão, mas eu acabo sentindo uma dor que me faz assustar. — O seu pulso está doendo, não é?

— Sim, mas não foi nada. – Volto a acomodar a minha cabeça em seu ombro, com vergonha pois sei que ele está imaginando os motivos do choro e do machucado. Em contra partida, enquanto estou inebriada com o cheiro da sua pele, eu me sinto segura e por alguns instantes até me permito fechar os olhos.

Então, viajo em pensamentos bons e é como se eu estivesse adentrando em um jardim secreto com cheiro amadeirado de homem protetor.

Bella donna. – Acaricia os meus cabelos, o que me faz abrir os olhos e mesmo me punindo por estar tão próxima, não consigo e nem quero me afastar. Eu tenho medo de perder a paz que me ronda em meio a tal adversidade. — Me deixa feliz te sentir mais calma. – Me afasto um pouco para olhá-lo.

O melhor amigo do meu pai - NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora