Capítulo 18 - A Árvore.

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Olá, bombeiros!

Eu acredito que esse será o capítulo mais difícil e mais longo que eu escrevi.
Aproveitem

XOXO


Com 36 semanas Sylvie  estava pronta para passar ela mesma o bisturi na barriga e trazer os bebês para seus braços. " Mais uma semana ou duas" falava o médico depois de cada consulta. Ela quase respondia a ele ironicamente, já que não era ele que estava passando por tudo que ela estava passando, mas toda vez Sylvie respirava fundo e sorria para o médico, já que sabia que isso era o melhor para os bebês. Ela conseguia aguentar mais uma semanas, ela disse para si mesmo.
 Naquela manhã nublada Sylvie acordou inquieta, com uma pequena dor nas costas um pouco diferente da costumeira e um leve enjoo, mas decidiu ir ate o batalhão já que Matt estava de plantão e ela não queria ficar sozinha em casa. Então ela pegou suas coisas e foi andando os três quarteirões que separavam sua casa do batalhão.

- Syl ? - perguntou Matt surpreso ao vê-la entrar pela porta do batalhão - você veio andando?
- Eu não ia chamar um Uber para andar três quarteirões
- Você Está com 36 semanas, Syl, não pode ficar andando por ai
- Andar faz bem - contestou Syl.
Matt Decidiu não argumentar mais,afinal, Sylvie estava ali e estava bem, então não havia com o que se preocupar.
- Vamos, vamos para a Common Room, vou te servir um suco - Falou Matt envolvendo a cintura de Sylvie e a guiando para dentro.
Syl ficou na sala com os amigos, hoje estava sendo uma tarde tranquila, já que desde o momento que Sylvie havia chegado não houve chamados, então todos estavam aproveitando essa rara oportunidade. O incomodo nas costas que Brett sentiu pela manhã havia se intensificado um pouco, mas o médico havia avisado que certas dores e falsas contrações poderiam ser comum no fim da gestação, e como ela teria uma consulta no dia seguinte ela se manteve tranquila.
  No final da tarde Sylvie decidiu se deitar um pouco no quarto de Matt ( Chief estava fazendo vista grossa para isso), quando foi lá pelas 17 horas ela começou a escutar a chuva que havia sido prometida para aquela noite começar a cair, e quando foi as 17h30 ela sentiu a primeira contração. 
 Era uma contração? Ela si perguntou depois que a dor parou. Ela não sabia dizer, então esperou. 21 minutos depois, ela havia contado pelo relógio, a dor voltou, a mesma pontada e a mesma intensidade. Ok, Sylvie falou para si mesma, Se ela sentisse mais uma ela com certeza estava entrando em trabalho de parto. Então ela esperou, e vinte minutos depois a dor voltou, um pouco mais intensa e ela deixou um gemido de dor escapar pelos lábios.
 Matt que estava na mesa ao lado da cama pode ouvir Sylvie e preocupado levantou na mesma hora e foi até ela.
 - Syl, querida, você está bem? - ele perguntou.
Syl esperou que  a dor passasse antes de se sentar na cama e olhar para Matt.
 - Acho que estou tendo contrações.
 - Que? - perguntou Matt, ele não deveria ter ouvido direito.
 - Acho que estou entrando em trabalho de parto - Sylvie tentou falar o mais calmamente possível, ela e ele não poderiam entrar me pânico ao mesmo tempo.
 Matt demorou um minuto para absorver a informação.
 - Ok, Eu vim de carro, ele esta na lateral da batalhão, eu vou pega-lo, puxar para dentro e nós vamos para o hospital, ok? 
Sylvie concordou com a cabeçada.
 - Só me de alguns minutos.
 - Essa foi a primeira?
 Sylvie negou com a cabeça.
 - Não? Há quanto tempo você esta tendo contrações.
 - Acho que pode ter sido desde de manhã, mas eu não sei, só agora estou realmente sentindo. O Intervalo é de 20 minutos.
 - Ok, eu vou Chamar Stella para nos ajudar, consegue esperar aqui alguns minutos? - ele perguntou, parecendo mais calmo do que realmente estava. Ele disse que ele precisava ficar calmo por Sylvie.
  Sylvie concordou com a cabeça e viu o marido sair correndo da sala do capitão.
 Sylvie se sentou na cama, colocando os pés no chão e respirando fundo, enquanto esperava olhou para a janela e viu que a chuva se transformado uma tempestade de chuva e vento. Aquilo não era bom, ela decidiu então se levantar e se aproximar da janela, para conferir se realmente a chuva estava tão forte assim, com mais dificuldade do que normalmente e com o auxilio da cabeceira da cama ela se levantou e deu os dois passos que a separavam da janela, e nisso ela sentiu a bolsa estourar. Ok, ela definitivamente estava em trabalho de parto.
 Naquele momento Matt voltou  para o quarto com Stella e Grace.
 - Querida - ele falou se aproximando dela - Está chovendo bastante. Grace veio te examinar, saber se você esta longe de dar a luz, para saber se podemos esperar. O ideal é ficarmos aqui se ainda faltar muito, não queremos correr o risco de ficarmos presos no meio da rua,
 Sylvie concordou com a cabeça.
 - Minha bolsa acabou de estourar - ela informou.
 - Ok - Disse grace tomando conta da situação - Vamos deitar você, ok? Eu vou medir sua dilatação, e assim vamos saber como podemos proceder, tudo bem? 
Brett concordou voltando a se sentar na cama e Stella entregou a Grace o lençol que havia trazido junto consigo.
 Grace examinou cuidadosamente Sylvie antes de falar.
 - Você está com cerca de dois centímetros - confirmou Grace - Acredito que ainda tenhamos algumas horas antes do parto, ainda mais sendo seu primeiro filho. Então acho que o ideal seria você deitar e relaxar, eu venho te examinar a cada 30 minutos para ver o progresso da dilatação, tudo bem? E assim que a chuva diminuir vocês partem para o hospital
 - São gêmeos - Sylvie falou do nada - Acho que você deveria saber.
 - Gêmeos? - perguntou Stella Surpresa.
 - Sim - Disse Matt - Era para ser uma surpresa, ainda é, se vocês puderem manter segredo.
- Então devo dizer parabéns - Disse Grace se levantando - vamos deixar vocês a sós, qualquer coisa nos chamem ok?
 Syl e Matt concordaram enquanto viram as duas mulheres saírem.
 Matt então foi para trás de sylvie fazendo ela deitar com as costas sobre o seu corpo, ele havia aprendi que aquela era uma boa posição e poderia ajudar na dor.
 - Eu estou aqui, Querida. Vai dar tudo certo.
 Sylvie virou o rosto para olhar para o marido.
 - Sim, vai dar tudo certo - ela tentou falar confiante.
 - Assim que essa chuva diminuir nós vamos para o hospital, nós vamos fazer uma cesariana e em breve nós vamos estar com nossos filhos no colo.
 - Sim - ela sorriu.
16 minutos depois da ultima contração outra veio, ainda mais forte, fazendo com que Sylvie apertasse com força a Mão de Matt, ela teve que morder os lábios para não gemer.
Grace voltou no horário combinado, Sylvie sabia disso por que só havia tido uma contração desde que ela saiu, mas parecia que a jovem paramédica havia demorado horas para voltar.
 - 5 Centímetros, Syl - Grace falou ao examina-la - qual foi o intervalo da última contração?
 - 16 minutos - respondeu Matt.
- Você progrediu 3 centímetros em 30 minutos, e seus intervalos estão diminuindo a cada contração, e não depois de várias, você está progredindo rápido.
 - O que a gente faz? A chuva não diminuiu, ela não pode ter um parto normal, o médico recomendou uma cesariana devido ao deslocamento de placenta.
 - Então temos que ir agora. Acredito que ainda temos uma hora para antes de Sylvie dar a luz, podemos pegar a Ambulância - falou Grace - acho que é o mais seguro a fazer
  - sim, vamos fazer is...
 Antes que Matt pudesse terminar a frase um estrondo foi ouvido e o batalhão inteiro tremeu.
 - Mas que Merda foi essa? - Perguntou Matt, sem sair do local onde estava abraçando Sylvie.
 - Eu vou ver, eu já volto.
 No Meio tempo em que Grace saiu para ver e voltou, Sylvie teve outra contração. ela estava mais forte, durou mais tempo e tinha tido uma diferença de 12 minutos da ultima contração.
 - Aquela Árvore podre caiu, tampou toda a garagem, não há como sair com a ambulância. Severide e Herrmann falaram que vão demorar ao menos uma hora para conseguir cortar e retirar a árvore para que a ambulância saia.
 - Nós não temos uma hora - Falou Matt - Você disse..
 - Nós não temos uma hora - afirmou Grace.
 - Merda - xingou Matt - Não podemos arriscar ir de carro, não podemos ir sem nenhum apoio.
 - Teremos que fazer o parto aqui - constatou Grace.
 - O que? Não, nem pensar. Precisamos de achar um jeito de levar Sylvie para o hospital agora.
 - Qualquer tipo de transporte agora, que não a Ambulância poderia ser arriscado. Vamos fazer o parto aqui, Aqui temos todos os recursos de uma ambulância e tudo que o batalhão pode nos oferecer, o que inclui um lugar seguro para esses bebês nascerem.
  - Ela tem razão, Matt. O ideal é termos eles aqui - Falou sylvie, sua voz já demonstrava leve cansaço devido as dores das contrações. Ele abraçou ainda mais forte a esposa.
 -É arriscado demais.
 - É mais arriscado a gente sair, podendo ficar preso no meio da rua - Sylvie ponderou - Vai dar tudo certo, Matt , eu vou te dar dois bebês saudáveis.
 - Eu quero dois bebês saudáveis e uma esposa, e não vou aceitar menos que isso.
Antes que Sylvie pudesse responder uma outra contração veio, ela deixou um gemido escapar pelos lábios, merda, aquilo doía, e estava cada vez doendo mais.
- Eu vou chamar Stella para me ajudar - Disse grace se levantando - vou trazer algumas coisas que podem ser úteis, quando eu voltar eu examino você novamente Syl. 
 Grace saiu.
 -Eu poderia chamar um Helicóptero - falou Matt.
 - Está caindo o mundo lá fora, Matt, Um helicóptero não teria como chegar aqui, muito menos pousar. Vai dar tudo certo, Matt
 - Nós deveríamos estar no hospital, você deveria estar fazendo uma cesária e..
 - Mas estamos aqui. E vamos fazer o melhor que podemos. MAtt, você precisa ficar calmo, sou eu que vou dar a luz - Falou Sylvie séria - eu preciso que você seja o que me acalma, e não ao contrário, as Dores estão pirando, e eu vou precisar de você. Consegue fazer isso?
 - Todos os dias eu me pergunto como você consegue ser mais forte e lógica que eu. Mas eu consigo, Estou com você. Vamos ter esses bebês.
Grace voltou com Stella e algumas coisas que pdoeriam ser úteis no parto e examinou mais uma vez 
 - Sete centímetros - informou Grace- você esta avançando mais rápido do que eu imaginava. Acho que em 30 minutos você poderá começar a empurrar. Vamos ficar observando as contrações e a cada 10 minutos eu vou te examinar. Nesse meio tempo, vocÊ precisa descansar, você vai precisar de toda a força do mundo na hora de empurrar.
 
De dez em dez minutos Grace estava vindo verificar a dilatação de Sylvie, as contrações estavam começando a vir em intervalos menores e cada vez mais forte, e Sylvie estava se segurando para não se chorar, mas a dor estava começando a ficar insuportável.
 - Nove centímetros e meio - disse Grace na terceira vez que examinou Syl - Acho que já podemos começar a se preparar para empurrar. Você está indo bem Syl, continue assim, em breve você ira conhecer os seus filhos.
  Syl só conseguiu concordar com a cabeça, já que outra contração a atingiu.
 Matt beijou o topo da cabeça de Syl, tentando de toda a força acalmar e ajudar a esposa.
- eu estou aqui, Syl, já já a dor vai embora e nós vamos conhecer nossos filhos. Está pronta para saber se são meninas ou meninos?
 Syl novamente só concordou com a cabeça.
Grace preparou as ultimas coisas e se posicionou.
 - Ok, Sylvie,  é hora da grande entrada, na próxima contração eu quero que você empurre com toda sua força.

Sylvie estava há 25 minutos empurrando quando se jogou contra o peito de Matt que estava atrás dela, ela estava exausta, suada e não estava mais conseguindo pensar.
 - Eu não ...Consigo - Falou ela entre respirações profundas - eu...
A dor estava insuportável e ela sentia que havia atingido o nível máximo de exaustão .
 - Claro que Consegue, Syl - incentivou Grace - Mais dois empurrões e ele vai estar aqui. Vamos você consegue.
 - Vamos, Querida, você é forte - Matt também a incentivava
Respirando fundo e tirando forças de onde não haviam mais Sylvie Empurrou mais uma vez, depois outra, e quando empurrou a terceira vez tirando forças de sabe-se-lá-onde um choro imundou o quarto.
 - Temos um Menino - Falou Grace animada. 
Ela rapidamente cortou o cordão umbilical ( ela até chamaria Matt, mas o mesmo estava deitado atrás de Brett dando apoio a esposa). Grace limpou rapidamente as vias para que não houvesse inalação de liquido pelo bebê, envolveu ele numa toalha que Stella lhe estendeu e entregou o bebê nos braços de Syl, que mal conseguia segurar o bebê de tão cansada que estava.

- Hey, Campeão - Ela falou entre respirações e beijou rapidamente o menino.
- Ele é lindo - Falou Matt por trás de Syl fazendo carinho na cabeça do menino - Você foi perfeita, Syl.
- Sinto atrapalhar o momento, mas o irmão esta chegando, jajá você poderá estar com seus dois filhos no braço, mas agora precisa entregar para Stella e precisamos focar no segundo. Ele deve nascer bem mais rápido, em menos de 5 minutos ja deve estar aqui.
Enquanto Stella pegou o bebê deu para ouvir que alguem bateu na porta e gritou:
- Ambulância liberada, quando estiver pronto podemos ir - Era a voz do outro paramédico.
- Finalmente - Falou Matt - Vamos Syl, vamos colocar nosso outro menino no mundo e vamos para o hospital, você está sendo maravilhosa - ele beijou a testa da esposa.
- Na próxima contração - Grace começou - Eu quero que você empurre.
Syl concordou, ver o primeiro bebê encheu seu peito de alegria, e deu a força que ela precisava para conseguir dar a luz ao segundo bebê. Eu consigo, disse syl para si mesma e empurrou quando a contração veio.
 Não foram necessários mais do que dois empurrões para que novamente o choro de um bebê imundasse o quarto, e Sylvie sorriu cansada, tombando o corpo contra o de MAtt.
Grace novamente fez os mesmos procedimentos e entregou o mais novo Membro da família a Sylvie, que deu um sorriso cansado ao filho. Ela sentia seu corpo todo mole e o cansaço estava começando a domina-la
 - Olá, meu menininho- ela falou num fio de voz para o filho.
 - Ele é perfeito, syl - comemorou Matt - eu estou tão orgulhoso de você.
 - Ok, Syl Agora eu precisamos retirar a placenta, isso vai ser um pouco desconfortável, mas vai acabar logo. 
 Stella apareceu novamente e pegou o outro bebê, para que sylvie pudesse se preparar para a retirada da placenta.
 Naquele momento Grace soltou um palavrão baixo e Matt percebeu que havia algo muito errado.
 - Temos que leva-la agora para um hospital, há um sangramento, eu não consigo identificar onde. Mas precisamos correr. Agora! 
 Matt não soube como, mas diante das palavras de Grace ele logo se levantou da cama e colocou Sylvie em seus braços, ela estava pálida, seus olhos estavam quase se fechando, ela parecia exausta, mas havia um leve sorriso no seu rosto. ele percebeu q ela estava perdendo a consciência.
 - Fique comigo, Amor - ele falou implorando enquanto já a levava em direção a onde a ambulância estava estacionada.
- Meus meninos - ela sussurrou - eu amo vocês três - ela disse antes de desmaiar nos braços de Matt.

Olá, Bombeiros

( não me matem, por favor!)

Eu preciso compartilhar com vocês que eu sou veterinária, e a parte que mais me fascina na medicina ( e a área que eu quero trabalhar) e a genética e a obstetrícia. Eu sou fascinada por partos, problemas obstétricos e por problemas neonatais ( tem louco pra tudo neh, tem gente que entra num prédio em chamas!), então eu tentei ser o mais precisa possível nesse capítulo, sem deixa-lo entendiante, eu queria deixa-lo o mais dinâmico possível, sem perder  o realismo por trás do parto.

Eu espero que vocês tenham gostado
até o próximo capítulo
XOXO


You Are My FireOnde histórias criam vida. Descubra agora