A culpa é do petróleo

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A culpa é do petróleo 

                  Registros históricos da utilização do petróleo remontam a 4 000 a.C. devido a exsudações e afloramentos frequentes no Oriente Médio. Os povos da Mesopotâmia, do Egito, Pérsia e da Judeia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas, calafetação de grandes construções, aquecimento e iluminação de casas, bem como lubrificantes.

                Os ambientalistas estudaram as consequências ambientais negativas que o petróleo pode causar. Sabendo que o petróleo é uma das principais fontes de emissão de CO₂ (Dióxido de Carbono), que acontece através da combustão do petróleo e os seus derivados.

                 O CO₂ causa problemas graves ao meio ambiente, de forma a impulsionar a degradação da camada de Ozono, que nos protege das radiações ultravioletas. Os ambientalistas também afirmam que os derrames de petróleo no mar podem desencadear transtornos ao ecossistema marinho, apesar que não afeta na maioria das vezes, por causa da remoção imediata do mesmo.

                  Estes estudos são altamente verídicos e realistas. Mas o impacto social e negativo do petróleo é ignorado pelos investigadores e sociólogos. É de salientar que o petróleo desde o seu descobrimento e a sua utilização nas diversas indústrias, não gerou apenas problemas ambientais ao nosso planeta, também gerou problemas sociais.

                     Desde a sua utilização em massa para fins comerciais e bélico, gerou mortes e deslealdade entre sócios. Por causa do ouro-negro, indivíduos tiraram a vida a muita gente. Desde a idade média que o petróleo é uma ameaça para vida do ser humano.

                        Disputas de territórios, devido ao petróleo no Oriente médio causou mortes incontáveis. Em 2011 na Síria e no Iraque, o petróleo mostrou ser uma das peças centrais no conflito envolvendo o grupo autodenominado "Estado Islâmico" no Iraque e na Síria. Porque na realidade o mesmo grupo terrorista vende a matéria-prima, que é uma fonte de recursos importante para os extremistas, algo estimado em US$ 2 milhões (R$ 7,5 milhões) por dia, para compra de material bélico.

              O "Estado Islâmico" controla a maioria das regiões produtoras de petróleo na Síria e também capturou campos de petróleo em Mossul (norte do Iraque) na medida em que foi expandindo os seus domínios. O petróleo é vendido a vários compradores, incluindo o próprio governo sírio, e a intermediários que, por sua vez, vendem a matéria-prima na fronteira com a Turquia. Este comércio que a Rússia acusa a Turquia de querer proteger quando derrubou o caça Sukhoi 24. A Turquia, por sua vez, nega comprar petróleo do "Estado Islâmico".

                 A invasão no Iraque pelo os Estados Unidos da América em 2002, teve como principal motivação o petróleo. O vice-primeiro-ministro do Iraque, Tariq Aziz, disse que as ameaças de ação militar contra o país envolvia o petróleo, uma percepção comum no mundo árabe naquele momento. O Iraque possui grandes reservas, e muitos especialistas afirmam que a matéria-prima foi certamente um fator importante, senão a principal razão, para o início de violência no país.

                 "Não ao sangue por petróleo" foi um "slogan" antiguerra comum nos meses que antecederam o conflito, em 1991. Mas o papel da matéria-prima na 1ª Guerra do Golfo foi inegável. O conflito teve origem após a invasão do Kuwait pelo Iraque. Saddam considerava o pequeno país do Golfo Pérsico, rico em petróleo, numa província iraquiana. A intervenção liderada pelos Estados Unidos foi em grande parte motivada pela necessidade de assegurar o petróleo do Kuwait e também impedir que Saddam expandisse o seu controle sobre a matéria-prima.

                   O golpe de Estado no Irã, o petróleo também teve papel importante no golpe de Estado de 1953, organizado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. Os dois países tentaram derrubar um primeiro-ministro eleito, Mohammed Mossadegh, e substitui-lo por Mohammad Reza Pahlavi, cujo reinado terminou quando fundamentalistas iranianos chegaram ao poder, em 1979.

                 O principal "erro" de Mossadegh foi ter nacionalizado a companhia de petróleo anglo-iraniana, precursora da British Petroleum que antes o PIB era controlada na época pelo governo britânico.

             Outro grande exemplo das consequências do petróleo foi na 2° Guerra Mundial é normalmente considerada uma guerra contra o nazi-fascismo, mas o petróleo exerceu forte influência no conflito. O ataque japonês tem origem pelo menos em parte, na decisão dos Estados Unidos de limitar as exportações de petróleo para o Japão em 1941, em resposta à invasão japonesa da China.

           O Japão dependia quase totalmente de petróleo importado, principalmente dos Estados Unidos, e precisava da matéria-prima para a sua frota naval. Já na Europa, o Azerbaijão, país rico em petróleo e então parte da União Soviética, era um dos alvos da incursão alemã rumo ao leste, em 1941. Foi por causa dessa ofensiva que os alemães acabaram cercados e derrotados em Estalinegrado.

                 Em África países como Angola e Nigéria, a abundância do petróleo foi o grande vetor para sustentar o desejo de ganâncias por parte dos líderes políticos corruptos em ambos os países. Na América do Sul, países como Brasil e Venezuela foi o motivo de aniquilações de dirigentes por descobrirem desvios de captais, com valores vindo da comercialização de petróleo no exterior sem a notificação dos responsáveis competentes pela venda do mesmo.

O Maluco do Século XXIOnde histórias criam vida. Descubra agora