O Maluco do Século XXI

Presente, mas ausente do meio social

Presente, mas ausente do meio social

"Certas pessoas deixaram de isolar-se do meio social. Quando o próximo, aprender a ser próximo."

— Ebraim Sambo

                  O único erro no isolamento social, é o facto das pessoas sentirem saudades umas pelas outras. Porém, às vezes estar ausente é a única forma de evitar atritos com determinados indivíduos no meio social. Esta necessidade de ausentar-se de outras pessoas, surge porque certos indivíduos de qualquer forma, tendem ou procuram criar fofocas, delitos, humilhar e inferiorizar outras pessoas em qualquer  circunstância e a qualquer custo.

                   Devemos perceber que a sociedade é paradoxal em todos sentidos. Porque quando alguém aparece constantemente, as pessoas alegam que está pessoa é irritante. Mas se por acaso, está pessoa insolar-se por um longo período, os mesmos indivíduos vão perguntar, por que do distanciamento ou ausência dela? Algumas pessoas também perguntam: Por que razão, na sociedade existem muitos indivíduos sociófobos? E indagam-se do distanciamento desses indivíduos. Mas na realidade — Certas pessoas insolam-se de outras pessoas, porque o próximo não aprende a ser próximo — Perceba que a proximidade pessoal, não implica apenas contacto físico entre indivíduos num determinado lugar, mas implica fatores como: compreensão, respeito mútuo, limites, tolerância e conexão emocional ou intelectual.

                  Outro erro frequente entre os sicranos na sociedade: É que atualmente todos detestam ser anônimos, e tendem sempre arranjar meios de serem o centro das atenções num determinado momento. Por causa desta tendência, os indivíduos procuram aparecer ou ser notável de qualquer jeito. E isto, parece que esta a ser uma necessidade fora do padrão de socialização humana.

                      As pessoas ignoram ou descredibilizam o "Poder do anonimato" porque associam o termo "anônimo" à inatividade ou a ausência. Perceba que ser anônimo, é mais do que isto. Apesar que piratas informáticos, denunciantes anônimos e ladrões abusam do poder do mesmo. Devemos levar em conta que ser anônimo, não significa estar oculto ou não estar presente e esconder a identidade pessoal. Ser anônimo também é ajudar e não contar a ninguém ou não se ostentar pelo ato de solidariedade, como a maior parte das pessoas fazem — quando realizam doações e postam nas redes sociais — Contudo, ser anônimo é trabalhar como as bactérias. Elas fermentam os produtos lácteos sem precisar o reconhecimento de alguém. Ser anônimo, também é agir como o soldado desconhecido, morrer pelos outros e pedir para ser congratulado popularmente como um desconhecido. 

                      Quanto a mim! Eu não pretendo ser superior à alguém, e nem pretendo ser inferior a ninguém, porque tenho a absoluta certeza que o ser humano tem a necessidade de possuir poder para controlar outras pessoas, mas não tem a necessidade de controlar a si mesmo. O ser humano procura sempre de alguma forma, querer ser superior a qualquer pessoa, e realmente foi deste jeito que emanou ou surgiu o racismo na Humanidade. No entanto, o sistema educacional deveria preconizar ou ensinar aos indivíduos na idade pré-escolar: "Que quando uma pessoa inferioriza alguém. Está  pessoa esta a ser inferior a si, mesma."

Um indivíduo sem Residência.

                       Posso ser proprietário de uma residência, posso nela habitar, mas não tenho uma residência específica. Posso até mesmo possuir um documento legal que comprove a sua titularidade, e mesmo assim, não possuo uma residência. Não tenho uma rua e nem se quer um bairro localizado geograficamente. Eu vivo na minha consciência. Tudo começa na mente e posteriormente o corpo manifesta-se a partir do comportamento.