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Depois de alguns shots, o nervosismo se destilou junto com a vodka e eu fiquei bem mais solta

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Depois de alguns shots, o nervosismo se destilou junto com a vodka e eu fiquei bem mais solta.

Bem mais solta.

Tive que ir no banheiro e Gia e Laney falaram que iriam comigo, o que me fez estranhar. Não precisava de babá para mijar! Precisava?

Elas me explicaram, contudo, que isso era algo que amigas faziam. Aquilo me tocou, de verdade. Eu era amiga delas? Até ontem poderia jurar que me odiavam. Bom, pelo menos achava que Laney me odiava.

Elas me deixaram entrar no banheiro sozinha e eu consegui fazer minhas necessidades em paz enquanto elas esperavam na porta. Depois que terminei de lavar as mãos, fiquei me encarando no espelho.

Eu estava meio tonta, mas conseguia me ver direito. Coloquei um dedo no espelho apontando para mim mesma e disse:

- Você é forte o suficiente para aguentar alguns copos de vodka - o meu reflexo agradeceu o elogio. - E você não está bêbada!

Logo depois, ouvi risadas lá fora.

- River, se você precisava de estímulos, nós poderíamos ter lhe dado - era a voz de Gia.

Não pude deixar de rir também, mas de humilhação, colocando a mão na cabeça. Abri a porta e vi cada uma apoiada numa parede. Ambas seguravam seus copos e Laney apontou para mim e disse:

- Você consegue fazer isso - eu ri. - Você não está bêbada.

Achei engraçado o fato de que Laney era mais legal embriagada.

- Laney, você é bem mais legal bêbada - eu disse antes de conseguir pensar duas vezes.

Gia riu discretamente e Laney fechou a cara. Quando achei que ela ia me bater, ela soltou uma risada.

- Eu posso dizer que o sentimento é mútuo - piscou sorrindo.

Eu abri um sorriso. Estava com uma enorme sensação de euforia, como se não conseguisse parar de sorrir. Além disso, queria ficar correndo e dançando pela sala até não conseguir mais.

Mas, ao invés disso, apenas voltamos para onde todos estavam. Os garotos estavam conversando sobre algo que eu ouvi mas não prestei atenção, porque Laney fora até o rádio de Brendan e começou a procurar um disco.

Fui ajudá-la, porque queria garantir que ela colocasse algo que me fizesse gastar aquela endorfina acumulada no meu sistema.
Procuramos entre os discos dele e achamos um disco muito suspeito da Madonna. Laney me olhou e começamos a rir igual duas crianças fazendo alguma merda.

Quando "Like a Virgin" começou a tocar, ambas olhamos para Brendan e ele apenas se justificou dizendo que era de sua mãe. Isso não importou, contudo, porque nós já estávamos dançando no meio de sua sala.

Foram os melhores momentos da noite, sem dúvidas. Eu me senti tão livre podendo dançar sem me preocupar com o que os outros pensavam, apenas seguindo o ritmo da música dos anos oitenta e deixando meu corpo fazer todo o trabalho. Foi muito bom, bom até demais. Na verdade, foi bom até eu rodopiar tanto que fiquei tonta e tive que parar.

De Pele para PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora