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Sai da boca e fui direto pegar meu moleque na casa da doida da mãe dele. Montei na minha moto e arrastei pra casa dele.

- E aí, dona Ivone - Falei com a mãe dela que tava no portão sentada em um banquinho olhando a rua.

- Paolla não tá aí não, meu filho - Falou voltando o olhar pra rua - Saiu com umas amigas ontem e não voltou ainda - Me olhou e negou com a cabeça.

- Vou entrar lá dona Ivone, licença aí - Falei já cortando o assunto.

Paolla foi uma pessoa muito importante pra mim por um tempo, não vou ser injusto com ela não. No começo era tudo na boa, até meu cargo começar a subir, o doida surtava até se o vento passasse por mim.

E eu nunca dei motivo não. Sempre agi na postura, mas tem uma hora que nós cansa né pô. Depois que nós separamos ela descobriu o Cauã, fiquei bobão mané, primeiro filho e pá, dei toda assistência mas voltar alí nunca mais.

Entrei na casa e vi meu moleque sentado no sofá com um pacote de bolacha na mão assistindo desenho.

- Qual foi, filho - Chamei atenção dele e ele veio correndo me abraçar.

Peguei ele no colo e enchi ele de beijo, lindão meu moleque.

- Vamos pra casa? - Olhei pra ele e ele sorriu - Vovó tá louca pra te ver, pô - Dei um beijo na cabeça dele e saí da casa.

- Falô, dona Ivone - Falei montando na moto e colocando ele na minha frente.

- Vão com Deus - Falou e voltou a olhar o povo.

Pensa numa pessoa que sabia todas as fofocas do morro era essa véia.

Meti marcha pra casa no maior cuidado pra não derrubar o moleque da moto, e ele se amarrava com o vento batendo na cara. Parei na frente de casa e desci ele antes de descer da moto e entramos.

- Vovó - Ele gritou e correu até minha mãe que tava no sofá vendo novela.

- Oi, bebê da vó - Encheu ele de beijo - A vó fez bolo de chocolate pra tu - Falou levantando e indo com ele pra cozinha.

Subi pro meu quarto e joguei uma água no corpo, e assim que sai, peguei uma bermuda preta, uma camiseta branca da Oakley, coloquei um Nike preto e passei meu Malbec Black. Quando desci vi minha mãe e o Cauã no sofá ele com um pedaço enorme de bolo de chocolate.

- Iiih, cadê o meu? - Falei chegando perto deles e cruzei os braços.

- Vochê não é o bebê da vovó - Cauã falou metendo mais uma colher cheia na boca.

- Mas eu sou o bebê da mamãe, tá achando o que? - Falei e ele caiu na gargalhada.

- Vochê é muito grandão pra ser bebê, papai - Ele falou e voltou a comer.

- Vai sair? - Minha mãe perguntou voltando a olhar pra tv.

- Um colega meu aí me chamou pra ir na festa da irmã dele - Me sentei no sofá do lado do Cauã - Quer ir? - Perguntei pra ele.

Não sou tão bom assim [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora