Cheguei na cozinha e minha mas tava passando café, ela me olhou e apontou pra cadeira e eu sentei.
Mermão, eu posso mandar e desmandar nesse morro todinho, mas mãe é mãe carai, se minha mãe falar e fico quieto e obedeço.
- o que você pensa em fazer- perguntou colocando uma xícara na minha frente e eu suspirei.
- vou mandar fazer uma compra completa pra lá todo mês, e os remédios da Dona Ivone- falei e ela assentiu.
- da um dinheiro pra ela também, mas sempre na mão da Ivone, nada na mão daquela lá- falou e eu assenti.
Terminamos de tomar o café e eu sai de casa e fui de moto pro upa da comunidade.
Cheguei e já fui direto pra sala do cara que manda em tudo aqui, bati na porta e já fui entrando e ele parou de mexer o computador e me olhou.- aconteceu alguma coisa?- perguntou preocupado e eu neguei.
- quero bater um papo com tu, aqui tem esses bagulho de ar não tem?- perguntei e ele assentiu- isso ae vem de quando em quando pra ca?- perguntei e ele começou a mexer no computador lá.
- os cilindros de oxigênio são mandados pra cá de 15 em 15 dias- falou e eu assenti.
- e quem que cuida da rota desse bagulho pra cá?- perguntei e ele olhou no lá de novo.
- aqui fala que uma enfermeira que recebe, mas não sei se ela sabe a rota- falou me olhando.
- chama ela ai po- falei e ele pegou o telefone e discou um número lá.
- pede pra Tatiana vim aqui na sala- falou e desligou o telefone e um deu um sorriso sem jeito, um tempo depois a tal Tatiana entrou a sala e arregalou os olhos quando me viu.
- me chamou doutor?- perguntou baixo.
- o senhor é RK quer falar com a senhora- falou e ela assentiu e me olhou, olhei pra ele e apontei pra porta com a cabeça e ele assentiu e saiu.
- senta aí- falei e ela sentou na cadeira do doutor- preciso de uma coisa tua, tu vai receber uma meta legal pra isso- falei e ela arregalou os olhos- tu que é responsável pelos cilindros de ar não é?- perguntei e ela assentiu- tu vai me passar a rota certinho e eu vou uns desses com uns bagulho meu, tu só tem que ficar responsável de receber e avisar quando chegar me falei e ela negou com a cabeça.
- não posso fazer isso- falou e eu ri.
- tu não tem querer não dona, fica feliz que ainda vou te dar uma meta legal por isso- falei e já me levantei pra sair da sala.
- espera- falou e eu me virei pra ela- eu faço, mas quero mais uma coisa em troca, minha filha gosta de vim aqui, quero que me garanta que ela vai poder e entrar e sair do morro e ninguém vai fazer nada com ela- falou meio oscilante.
- qual o nome da tua filha- perguntei e ela pegou o celular do bolso, provavelmente pra mostrar a foto da garota.
- o nome dela é Quésia- falou e mostrou a foro da Quésia, minha Quésia.
Era óbvio que eu nunca ia deixar nada acontecer com ela.
-tranquilo, amanhã passa na boca antes de vim pra cá- falei e sai da sala.
Na hora que tava saindo vi a Paolla com o braço enfaixado, toda quebrada, passei e fingi que não conhecia mas a disgraça tinha que me chamar, só olhei pra ela e ela começou a falar.
- foi por culpa dela né? Ela contou o que eu falei não contou?- perguntou e eu ergui uma sobrancelha olhando confuso pra ela e ela arregalou os olhos.
- tu fez o que?- perguntei indo até ela e ela foi mais pra trás.
- não fiz nada- falou negando com a cabeça.
Nem falei mais nada e já sai de lá puto, faltava pouco pras 16h então já parti pra casa da Quésia, cheguei lá rápido e já fui tocando a campainha, ela apareceu com cara de sono e veio abrir o portão pra mim.
- achei que vc só ia vim depois das 16h-falou entrando e eu entrei atrás.
- tu sabe que eu odeio que mintam pra mim- falei e ela assentiu- o que a Paolla falou hoje de manhã?- perguntei e ela me olhou assustada.
- nada de mais Rick, esquece isso- falou e tentou passar a mão no meu rosto mas eu segurei a mão dela no ar.
- por favor, apenas conta, não vou fazer nada com ela- pelo menos nada a mais do que já fiz, ela suspirou e começou a falar.
- ela disse que eu sou uma criança, que logo você ia se cansar de mim e voltar pra ela- falou baixo e abaixou a cabeça.
- tu sabe que eu sou amarradão em você- falei passando a mão na bochecha dela e fazendo ela me olhar.
Beijei ela e fui deitando ela no sofá, desci meus beijos pelo pescoço dela e ela chamou meu nome.
- ta bom, parei- falei saindo de cima dela e ela riu- vai lá se arrumar, vou buscar o Cauã mais cedo- falei e ela assentiu e foi em direção ao quarto dela.
Peguei meu celular e mandei mensagem pro GT perguntando se tava tudo certo e mandei ele arrumar um radinho pra mim, já que eu quebrei o meu outro dia e fiquei sem até agora.
Muita coisa na mente!
«»«»§«»«»
+70 comentários 🔥🔥
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não sou tão bom assim [CONCLUÍDO]
RomanceE quando um dos seus maiores medos se torna realidade e você acaba entrando de cabeça sem nem pensar duas vezes. Uma história que pode até acabar bem... Ou não.... - gostei de você indiazinha - falou me olhando nos olhos e deu um sorriso de lado- q...