Quésia 🌺

Eu tava puta pra caralho com tudo isso, mesmo com um ódio mortal por essa vaca, não queria que o RK agisse de cabeça quente.

Paramos em frente à escola do Cauã e eu fui tirar ele da a cadeirinha.

- a tia Qué promete vim te buscar com teu pai com o teu hambúrguer e teu brinquedo- falei e ele abriu mó sorrisão.

- promete?- perguntou animado, olhei o RK e ele assentiu.

- prometo, agora vai pra aula- falei dando um beijo nele e dei ele pro RK que foi levar ele no portão e voltou.

- ele entra de férias quando?- perguntei entrando no carro.

- daqui a duas semanas- ele falou arrancando com o carro.

Eu apenas assenti e fomos o caminho até a casa da Ka pegar as meninas em silêncio. Depois que as meninas entraram e cumprimentaram a gente sentiram o clima pesado e ficaram o caminho até a escola quietinhas.
Quando chegamos em frente à escola elas deram tchau pra ele e agradeceu a carona e saíram do carro.

- não faz nada sem pensar ta?- falei me virando pra ele ele só assentiu- promete?- perguntei segurando no rosto dele fazendo ele me olhar e ele assentiu.

- boa aula- falou me dando um selinho e eu retribui.

Sai do carro e fui até as meninas e entramos na escola e já fomos pra sala, peguei meu celular e já mandei mensagem pra minha mãe avisando que já tava na escola.

- conta logo- a Thalita falou depois de um tempo e eu suspirei e contei tudo de hoje de manhã.

- que vagabunda, se bem que eu não me surpreendo muito não- a Ka falou- ela já até deixou ele lá em casa com a minha mãe pra ela e a Carina saírem- falou dando de ombros.

- quero bem ver quando ela for cobrada - Thalita falou se benzendo.

- tenho dó do Cauã, ele é muito pequeno pra passar por isso, ela deixo ele sozinho em casa por só Deus sabe quanto tempo- falei indignada.

A professoras chegou e paramos de falar e fomos prestar atenção na aula.
O sinal bateu e saímos pro intervalo e a Karol já me olhou maliciosa.

- vai contar pra gente o que aconteceu de noite não?- perguntou e a Thalita riu.

Contei pra elas por cima sobre a minha noite maravilhosa, foi tudo tão perfeito, tão tudo.
E se antes eu já me achava apaixonada, agora eu tenho certeza.

- eu sabia que ia acontecer alguma coisa- a Thalita falou eufórica e eu ri morrendo de vergonha.

Depois da aula me despedi das meninas e entrei no carro do RK que como todos os dias estava em frente à escola me esperando. Entrei no carro ele já deu partida pra minha casa, passamos o caminho em silêncio e como de costume ele parou o carro a duas casas da minha.

- está tudo bem?- perguntei e ele assentiu.

- só uns problemas aí- falou me dando um selinho e eu sorri pra ele.

- vai ficar tudo bem- falei baixinho olhando pra boca dele e ele assentiu.

- 16:40 eu passo aí- falou e eu assenti e me inclinei pra beijar ele.

- até mais tarde- falei parando o beijo.

- até mais tarde bebê- ele falou e eu sai do carro e fui pra casa.

Já cheguei em casa cheia de calor e fui tirando a farda e ficando de sutiã como sempre, falei com a minha mãe e fui trocar de roupa, coloquei um macaquinho fresquinho  e fui almoçar com minha mãe.

- sua vó falou pra tu passar uma semana das férias lá- ela falou enquanto almoçávamos.

- mãe, sabe que eu não gosto de ir pra lá- falei e ela suspirou.

- sei que suas tias não são fáceis de lidar, mas sua vó não tem culpa disso, ela ta com saudades- ela falou triste e eu suspirei.

- uma semana só ta?- falei e ela sorriu- mas de eu puder passar uma semana na casa da Karol- falei e o sorriso dela morreu.

- você já ta confundido as coisas Quésia, não é por que eu e seu pai deixamos uma vez que você tem passe livre pra ficar indo lá, tu sabe muito bem o porque do meu medo- falou seria e eu revirei os olhos.

- já falei que lá não é assim mãe, e eu nem vou sair da casa da Karol- falei e ela negou.

- vamos ver isso aí- falou e mudou de assunto.

Ela foi trabalhar e eu fiquei em casa mofando como sempre, preciso urgente arrumar alguma coisa pra fazer da vida.
A campainha tocou e eu fui lá ver e era um moleque da minha idade parece em uma bicicleta.

- pois não?- perguntei me aproximando e ele esticou pra mim uma caixa de papelão não muito pequena.

- Quésia?- perguntou e eu assenti- chefe mandou te entregar- falou e me deu a caixa e meteu o pé sem me deixar falar nada.

Entrei em casa e abri a caixa vendo um iPhone 7, na hora me veio na cabeça minha conversa com o Rick sobre eu querer um iPhone em veio na mente.
Peguei meu celular e liguei pra ele e no quinto toque ele atendeu.

Lig on..

R- gostou?

Q- você tá louco Rickelme?

R- iiih,  fiz o bagulho pra agradar. Surta não.

Q- um iPhone Rick?

R- um presente po, da em nada. 

Q- claro que da.

R- tu é minha agora, custa nada da um agrado.

Q- sou sua porque eu quero você, e não agrado.

R- terror nenhum cara.

Q- e outra, o que vou falar pra minha mãe? 

R- inventa ai po, não aceito de volta, tenho que desligar.

Lig off....

Olhei pra aquele pacote na minha mão e suspirei, peguei a caixa e peguei 20 reais e fui até o correio.

Lá vai eu mentir pros meu pais novamente!!

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Não sou tão bom assim [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora