Capítulo 10

405 76 121
                                    

Ele era tão delicado, pequeno, frágil. Seus olhos estavam cobertos com algodão, a luz era forte de mais para eles, estava com fios demais em seu corpo, entubado em um hospital, ele era só um bebê, não devia estar sofrendo tanto, logo cedo.

Daniel estava internado a apenas 2 semanas, seus pais ficavam com ele todo dia, choramingando por não poder pegá-lo no colo. Eu tentava intercalar em fazer outras cirurgias e a olhar a recuperação dele de perto.

Sai da UTI- neonatal e fui trocar de roupa com a intenção de ir embora, pensei em pegar o meu almoço que deixei na geladeira do hospital, mas o cansaço era grande demais então deixei para que algum ingerido pegasse.

Chamei um carro no aplicativo— precisava urgente comprar um carro— o motorista me levou rapidamente para meu novo endereço. O novo prédio que eu agora morava era muito mais seguro e bonito, ele tinha um jardim nas laterais e uma piscina enorme na área de lazer compartilhada.

Abri o portão com minha chave e entrei subindo as escadas, cumprimentei o amigável porteiro que já tinha feito amizade, fui em direção ao elevador— sim agora eu tinha um elevador!— meu apartamento ficava no 4° andar. Entrei no grande apartamento no qual já tinha me acostumado, quem não se acostumaria? Era enorme!

Fui direto para o banheiro tomar um banho,  entrei no box e abri o chuveiro deixando a água cair no meu cabelo, Coloquei um pijama confortável e fui para a cozinha fazer chá.

Mexi nas redes sociais enquanto a água esquentava, e me assustei com a barulho alto que a chaleira fazia quando a água já estava quente. Com o chá já pronto coloquei em uma caneca vermelha— a minha preferida— e fui para meu quarto, me sentei na grande cama de casal que ocupava o espaço, cobri minhas pernas com o edredom branco e liguei a televisão.

Decidi passar o resto do dia assistindo filmes adolescentes clichês, coloquei no primeiro que encontrei. Dormi assim que acabei o meu chá.

***
Cole Sprouse

— Rua 13, santa Teresa.
Bárbara informou pela milésima vez.

— Barb repetir o nome da rua não vai fazer com que a gente chegue nela mais rápido.
Comentou Dylan e eu concordei com a cabeça. Bárbara ficou quieta e olhou para a pista.

Tínhamos recebido a primeira chamada do dia, estávamos na metade do caminho e como de costume eu estava dirigindo.

— Na volta eu dirijo, Cole parece uma lesma
Provocou meu irmão mais velho, acelerei mais a ambulância e ele sorriu brincalhão.

Chegamos no local avisado, acidente de carro o de costume. Os bombeiros chegaram um pouco antes da gente, eles tinham virado o carro que tinha caído de cabeça para baixo.

Bárbara e Dylan sairam pela porta traseira e eu pela do motorista. Bárbara levava uma maleta— Maior do que as que costumamos ter em casa— para perto das pessoas feridas. Carreguei uma mulher ferida para dentro da ambulância enquanto Dylan acompanhava outra menina um pouco mais nova, que estava muito menos ferida, outra ambulância chegou um pouco depois de nós para levar as outras pessoas.

Barb estava conversando com a mulher deitada em uma maca que ocupava a metade da ambulância tentando mantê-la consciente, enquanto eu fazia um curativo na menina que tinha apenas um corte na cabeça.

𝑳𝒐𝒗𝒆 𝒂𝒕 𝒇𝒊𝒓𝒔𝒕 𝒔𝒊𝒈𝒕𝒉  ᷤ ᷮ ͬ ͦ ͧ ᷤ ͤ ͪ ⷶ ͬ ͭOnde histórias criam vida. Descubra agora