BABY • jjk&pjm [HIATUS]

[08] Dirty bitch?

No capítulo anterior... Park Jimin tem uma conversa sobre a existência de unicórnios com Yuri durante a aula de ballet e, assim que deixa a academia de dança, se depara com um Taehyung pouco sorridente a sua espera. Quando chegam em casa, a temida conversa acontece e ambos percebem que tudo está acabado. Então Jimin pede as chaves da BMW de agora seu atual ex-dominador e dirige em direção a casa de Jeon Jungkook. Enquanto o faz, recebe uma ligação comprometedora e assim que estaciona frente aos portões caros, se depara com a estrutura familiar perfeita do mestre Corvo; e tudo isso é a razão do descontrole do Park, que sem nem perceber, acaba sofrendo um acidente ao perder o controle da direção.

🌈

Começo a sentir meu coração bater na mesma velocidade em que um bombardeio de perguntas sobre onde estou corroboram minha mente.

Acima de mim, há um teto branco e uma lâmpada de formato achatado.

Eu aceito a luz que vêm dela com dificuldade, na mesma frequência que meu corpo começa a denunciar uma dor quase alucinante.

De alguma forma que parece mais desconexa do que real, eu ouço uma voz me chamando ao longe e isso é o suficiente para que eu mude o rumo de meu fio fino de atenção racional.

Parece conhecida.

Tento mover meu corpo, mas cada parte dele retesa de dor em resposta, e a única coisa que capto com clareza é meu gemido dolorido no momento seguinte.

Quando abro os olhos após comprimí-los pela dor lacerante, quase pulo de susto sobre esse móvel onde estou deitado, pois o rosto de Taehyung está pouco acima do meu, os olhos aflitos mirando os meus como se buscassem, urgentemente, um sinal de vida.

De repente, talvez pelo susto, eu finalmente me vejo acordado e percebo, depois de uma olhada desesperada ao redor, que estou deitado em uma cama de um... hospital.

Outro bombardeio de perguntas sobre como vim parar aqui nublando a minha mente já opaca.

Em resposta a ele, recebo flashes de memórias: meus dedos atendendo uma ligação que não era para mim, depois visualizando Jeon e sua família feliz, em seguida um choro inconsolável dentro da BMW de Taehyung que... oh.

Não pode ser.

Posso sentir as lágrimas descendo pelo meu rosto em linhas desgrenhadas e até as ouço cair no travesseiro, assim como entendo o som da voz suplicante de Taehyung com facilidade através da sensibilidade de meus ouvidos mais aguçados que o normal:

ㅡ Por favor, Jimin, fale comigo!

Fico o olhando por um instante. Como a vítima de uma correnteza fatal, eu busco por ar e, com minha própria força mental, consigo expirar e inspirar pela boca, sentindo esse tensão dolorosa que meu corpo inteiro carrega.

É inevitável que eu me pergunte se mais alguém se machucou. No entanto, se não me falha a memória, aquele ônibus estava completamente vazio.

Fito Taehyung, tentando dizer a ele com o olhar que está tudo bem. Entretanto, isso parece só piorar seu estado de aflição.

O meu, com certeza, aumenta em pelo menos dez níveis distintos, porque uma equipe de enfermeiros aparece no instante seguinte, pedindo para que Tae saia, enquanto um deles aplica algo dentro de uma seringa na extensão de plástico ligada ao cateter que nem havia percebido estar ali, e que injeta soro em minha veia.

Tento me mover sem nem saber para quê, e falho na tentativa de me sentar, pois sinto a dor insuportável outra vez, no entanto com mais intensidade em meu pé direito, e acabo é grunhindo.