A Barraca Do Beijo [Jikook]

Capítulo 4

Passei a maior parte do tempo jogando videogame com Taehyung.

— Estou bastante surpreso por Jeon ter cuidado de mim — admiti para meu melhor amigo.

Ele ficou sério.

— Você não é o único surpreso. Mas eu teria cuidado, se estivesse por ali. Mas tive imprevistos no caminho...

— Sim, você me falou sobre Hoseok. Por acaso você beijou algum outro cara ou só ele? É melhor você se cuidar ou vai acabar ficando igual ao seu irmão.

—Não consigo atenção como meu irmão,por isso não quero que fique com ele, ele tem fama, tem carinho dos meus pais, tem garotas e garotos. A única coisa que ele não tem é você,e não vou deixar ele te tirar de mim.

— Que papo sério Tae, relaxa seu safadinho.— Tentei cortar o clima tenso

Ele revirou os olhos.

— Pelo menos eu não arranquei a roupa em
cima da mesa de sinuca. Formamos um belo par.

— Eu estava bêbado.

— Eu também. Um pouco.

— Jeon não estava, aparentemente.

— Acho que ele estava, se cuidou de você desse jeito. Ele geralmente não é tão... gentil.

Eu ri.

— Só verdades. Ei, tomara que ele não esteja tentando retribuir aquele crush que você tinha por ele.

Olhei para o Kim com uma expressão séria.

— Não diga besteiras. Já superei aquela fase faz alguns anos, como você bem sabe.

Ele torceu o nariz.

— Seria bem esquisito, também.

— Claro que seria. — Eu o empurrei.

***

Voltei para casa por volta das cinco da tarde; tinha algumas lições para terminar. Fiz com que meu amigo me levasse para casa, porque havia pegado uma calça jeans emprestada com ele e não queria ser visto
em público.

Até porque as roupas do  Tae eram um pouco... peculiares.

Fechei a porta da frente e ouvi:

— Jimin, é você?

— Sim! Oi, pai.

— Venha até a cozinha um minuto.

Suspirei, imaginando se iria levar um sermão ou não.
Sempre tive pavor de encarar meu pai bravo comigo. Ele estava digitando em seu notebook na mesa da cozinha, e ouvi
Kyubi jogando na sala de estar.

— Oi — eu disse, ligando a cafeteira.

— Pode fazer uma xícara para mim também, já que está aí.

— Claro.

— A festa foi boa?

Fiz que sim com a cabeça.

— Sim, ótima.

— Você não bebeu demais? Nem fez nada estúpido? — Ele me encarou com uma expressão severa por cima dos óculos;ele estava falando sobre garotos.

Não sei por que ele se incomodava em fazer isso. O fato de eu nunca ter tido um namorado e nunca ter beijado ninguém não era algo realmente confidencial.

— Eu... eu não fiz nada muito diferente... só fiquei um pouco bêbado.

Ele suspirou, tirou os óculos e esfregou a bochecha.