6- Casa Nova

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P.O.V  Rafaella


    Acordei numa cama tão confortável, que não sábia que dormir numa cama era tão bom,  senti um desconforto no meu braço esquerdo olhei pro lado vi que estava com uma agulha tomando remédio na veia,  pelo jeito estou em um hospital,  mais não lembro como vim para aqui,  só lembro da surra da chuva e mais nada, estava tão distraída pensando que nem vi uma enfermeira entra no quarto. 

-Bom dia! Que bom que acordou. Como está se sentindo? - perguntou simpática.

-Eu estou bem, o que aconteceu? - perguntei confusa.

-Seu médico logo vai fala com você. Esta com fome?  - me perguntou toda simpática.

-Estou sim - falei envergonhada. 

-Então vou mandar trazer teu café da manhã. - a enfermeira saiu do quarto e me deixou sozinha.  

     Será como eu vim para aqui. Aí meu Deus a Gi, ela vai lá me procurar e não vai me achar,  ela vai pensar que eu sumi,  eu preciso fugir daqui pra avisar ela. Vou fazer isso agora antes que alguém volte.  Levantei da cama olhei pra agulha do meu braço, pra ver um jeito de tira pra eu não senti muita dor, foi quando ouvi a voz mais linda de todas. 

-Tá pensando em fugir mocinha?  - perguntou divertida.

-Titchella  - falei feliz por ver ela - pra falar a verdade estava.

-Porque? - perguntou curiosa.

-Eu fiquei com medo de você ir me procurar e achar que eu sumi - confessei com vergonha. 

-Oh Rafa que fofo. Agora deita você tem que descansar - falou me ajudando.

- Gi como eu vim parar aqui - perguntei deitando na cama.

-Eu vi que estava chovendo muito,  aí decidi ir atrás de você,  quando cheguei você estava desacordada.  Eu e meus amigo trouxemos você  para o hospital - falou calma

- Gi, muito obrigada por te se preocupado comigo - falo com um sorriso bobo, por ela ter se preocupado comigo.

- Rafa, o que aconteceu com você? Pra está machucada, e deitada no chão e ainda descalço - perguntou preocupada.

-Depois que você me deixo lá no beco, eu fui procurar mais papelão. Eu tinha achado uma caixa só, eu decidi voltar logo pro beco porque já estava escurecendo,  quando estava próximo o Luiz mais o Hadson me puxaram para dentro de um outro beco e me bateram, roubaram o tênis que você me deu - já falei chorando - E o moletom também. Eu consegui me arrastar até o meu beco quando cheguei lá meu sofá não estava mais, e junto com sofá sumiu meu coberto. Só sei que começou a chover e eu sentir muito frio até que apaguei - Gizelly me abraçou. 

-Não precisa chorar Rafa já passou- falou limpando a lágrima do meu rosto. 

-Agora vou ter que achar outro beco mais seguro pra ficar,  ali já estava perigoso, os garotos não me deixam em paz - falei ainda chorando, só de pensar em sair procurando outro local,  pode demora dias. 

-Você não vai procurar outro beco, você vai morar comigo - arregalei os olhos e abri a boca várias vezes sem saber o que dizer. 

-Não Gi, eu não posso morar com você - falei depois de um tempo.

-Você vai mora comigo e pronto, na rua você não fica mais. -falou determinada. 

-Mas...

-Sem mais, você vai e pronto - falou seria.

- Gi e o seus pais,  eles não vão gostar disso - falei preocupada, não queria arrumar problema pra ela.

Amor sem limites (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora