contemplo a existência
do tempo e da ciência
vivo à procura de paciência
e algo que me dê consistência
tenho consciência
de querer uma melhor vivência
porque mesmo a milhões de quilômetros de distância do sol
ainda sinto sua ardência
me chateio por viver em um mundo à base de aparência
de malícia, de exigência
só desejo novas experiências
independente das consequências
porque sempre fui imersa em audácia
e nada me silencia
sempre fui voz que influencia
tentando denunciar decadência
mas nunca perdi minha inocência
sempre fui criança cheia de carência
esse sempre fora meu lado de preferência
o lado belo de infância
para mim, demonstrava transparência
meu olhar umedecia
e minha progenitora me ressarcia
independente de qualquer circustância
vida não é sinônimo de premência
e, só para deixar em evidência
sempre fui a que florescia.