e o eu lírico voltava a falar sozinho por não mais ter com quem falar
andava sozinho por aí desejando esse amar amar amar
vivia uma vida que, a olhos alheios, medíocre e desastrosa
e sentiam os outros também, nos seus olhos, a dor majestosa
sua aura de alma mentirosa
não reluz, não transmite, malmente existe
esse que sofria e sentia tanto
sentia a raiva e amargura e sentia a falta do amor que um dia o mundo lhe deu
e o seu mundo era eu
e ao contrário dos outros poemas onde eu lírico é a subjetividade do poeta
aqui a poetisa fala contigo. ela te sente
e nesse poema o único eu lírico presente
é tu.
eu sinto o que tu sente.