Capítulo 03

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Renato

Eu não sabia, mas sair com meus amigos era tudo que eu precisava. Depois do fim do meu relacionamento com ex-namorado Alex, fiz um voto comigo mesmo de não me deixar abater por pessoas que entram nas nossas vidas só para nos fazer mal. Sei que estava um pouco hesitante em vir para essa balada, mas agora que estamos aqui, estou me divertindo e quero aproveitar muito. Vou beber, vou paquerar e me divertir esta noite.

Estávamos todos juntos sentados na parte vip da balada, tinha uma mesa redonda no centro onde colocamos nossas bebidas e uns sofás muito confortáveis onde estávamos sentados. Luan tinha ido buscar uma bebida para ele e nós estávamos bebendo uns coquetéis que um barman muito bonito nos trouxe.

Diego ficava olhando as escadas vendo se Marcos iria voltar, ele subiu as tais escadas e não voltou mais. Caio estava olhando para os rapazes dançando e provavelmente procurando por sua próxima vítima. Eu estava apenas curtindo minha bebida e a música tocando.

— Vamos dançar? — Pergunto meio alto, já que quase não dava para ouvir com a música tocando.

— Vamos sim. Cadê o Luan? — Caio pergunta.

— Ah, você conhece o Luan, ele deve ter encontrado alguém já. — Dou uma risada. — Vem, vamos dançar Diego.

— Não, vão vocês. Vou ficar aqui caso o Luan volte. — Diego diz.

— Di, você sabe que o Marcos provavelmente está ocupado e não vai ter tempo para você. — Digo tentando colocar algum senso no Diego. Ele insistiu tanto para vir nessa balada, agora vai ficar sentado esperando quando Marcos vai ter tempo para ele?

— Vou ficar aqui, pode ir.

— Tá bom, se é assim que você quer.

Caio e eu vamos até à pista de dança que está tocando Britney, Toxic é minha música favorita.
Estávamos dançando e nos divertindo. Sinto alguns olhares sobre mim, mas não dei muita atenção pois queria apenas dançar. Depois de dançar mais umas cinco músicas, eu e Caio voltamos para nossa mesa, e para nossa surpresa Diego não estava sozinho: com ele estava Marcos e mais outros dois rapazes que provavelmente devem ser seus amigos.

O primeiro que vejo é um rapaz muito bonito: ele era forte, tinha um sorriso lindo e um par de olhos que parecia estar vendo dentro da minha alma. Percebi que ele me olhou de cima para baixo, antes de me dar um sorriso.

— Olá. — Digo, corando terrivelmente. Agradeço que está um pouco escuro na balada e não dá para notar.

— Ei Renato, deixa eu apresentar. Esse aqui é meu sócio Bruno. — Marcos diz, apontando para o rapaz que estava sentado ao seu lado. Ele estende a mão para me cumprimentar e quando nos tocamos sinto um arrepio subir pela minha espinha.

Devia ser proibido alguém ser tão gato assim.

— Olá Renato, prazer em conhecê-lo. — Bruno diz, enquanto apertamos as mãos. Noto que ele morde o canto do lábio, me olhando.

— Prazer em conhecê-lo, Bruno. — Esse nome cai tão bem nos meus lábios. Ficamos olhamos um para o outro por um tempo até que Marcos interrompe nossa interação.

— E do lado do Bruno, está o primo dele, Gustavo.

— Prazer em conhecê-lo. — Digo ao Gustavo que sorri.

Depois de toda a apresentação, nós sentamos do lado oposto da mesa. Sentei de frente para Bruno e continuamos olhando um para o outro o tempo todo.

Enquanto ele conversava com seu primo, pude checá-lo um pouco melhor: ele tinha uns braços fortes, cabelos curtos, dava para perceber que ele era alto mesmo que estivesse sentado.

Bruno conversava com seu primo, mas continuava sempre olhando para mim.

— Ei! — Caio chama minha atenção — Tem um negócio aqui no canto da sua boca.

— Hum?! O quê? Onde? — Pergunto, apontando para meu rosto.

— Bem aqui... Você está babando. — Caio ri.

— Ah, cala a boca. — Digo, batendo em seu braço.

— Você vai lá conversar com ele? — Caio pergunta.

— Não sei, ele é lindo e tal...

— Pode parar, Renato. É óbvio que o cara está te querendo e você quer ele também. Vai lá, puxa uma conversa quem sabe.

— Eu não vou lá me oferecer como se estivesse desesperado Caio, além do mais, nem sei se ele é solteiro. Não, não quero passar vergonha.

— Mas... — De repente, nossa discussão é interrompida por uma voz grave.

— Oi, esse lugar está ocupado? — Bruno pergunta apontando para o assento ao meu lado. Eu e Caio paramos de falar imediatamente, é insano o quão gostoso ele é.

Pensamentos puros Renato.

— Não. Está vazio. — Respondo

— Ótimo, posso sentar com vocês?

— Claro. — Respondi apressadamente.

— Bom, vocês começam a conversa que eu vou buscar uma bebida e já volto... ou não — Caio sussurra a última parte para mim, mas não baixo o suficiente pois ouço Bruno rindo baixinho.

Juro que vou socar a cara dele.

Agora estou aqui sentado com esse cara super gostoso e capaz de eu me envergonhar.

Só espero que não.

A Vida em Um Piscar de Olhos (Romance gay / mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora