Capítulo 4

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Recebi uma mensagem de Gael dizendo que já estava próximo a minha casa, fui correndo abrindo a porta para o esperar chegar e lá vinha ele sempre com um sorriso no rosto e eu respondendo com um sorriso bobo.

Desculpa por demorar, hoje as gravações foram corridas.

Tudo bem, você deve estar cansado.

Um pouco.

Tem sorvete você quer?

Sim!

Fomos para a sala e sentamos no sofá, os meninos já haviam devorado um pote de sorvete mas eu havia guardado um para Gael. Léo entusiasmado nem aguardou Gael sentar e já o encheu de perguntas sobre as gravações e qual seria o filme ou série que estavam gravando. Por incrível todas as perguntas foram respondidas. Depois de acabarmos com um pote de sorvete, Gael encosta sua cabeça sobre meu ombro e ali cochila, ele devia estar muito cansado da correria de hoje e ainda tirou um tempinho para ficar comigo, me sinto tão feliz por tê-lo por perto. Todas as pessoas que se aproximam de mim eu sempre as guardo e tento fazer o máximo para não magoá-las, existem muitas pessoas que quando conhecem outras não sabem respeitar e dar espaço é como se fosse um egoísmo tão enorme tomando conta de si que acaba esmagando os sentimentos dos outros esquecendo dos seus. Eu não consigo me relacionar com esses tipos de pessoas, é como se não tivessem sentimentos uns pelos outros. Eu quero cuidar o máximo possível do Gael para que ele não sofra, vou dar o melhor de mim para fazê-lo feliz, mesmo que as coisas não aconteçam da maneira que desejamos eu irei dar o meu melhor para que tudo ocorra bem para que nenhum dos dois saiam machucados.

Quando eu tinha dezoito anos eu percebi que todas as pessoas que tentavam se relacionar comigo não era por amor e sim por sexo, pareciam que estavam viciados nisso e acabavam machucando os outros, sempre me senti machucado emocionalmente porque sempre procurei um amor e no final das contas depois de muito tempo acabei encontrando sem precisar sair a procura. Sempre me diziam que não precisava procurar um amor, no tempo certo ele apareceria do nada sem fazer esforço nenhum. Os jovens de hoje ainda continuam nessa cadeia alimentar onde o sexo vai mais do que o amor, não pensam em formar uma família mesmo com todos os pretextos e dificuldades que no início é necessário tomar. Acredito que estou no começo de formar a minha, tenho Gael, Don Juan e Maitê além do Max e Léo. Minha família.

Já era tarde então acordei os meninos e os mandei ir para a cama, assim fiz o mesmo com Gael o levei para o quarto e o deitei na cama. Para mim tudo ainda parecia um sonho mas era real porque estava acontecendo. Deitei ao seu lado e dormimos. O dia já amanheceu me levantei com cuidado para que Gael não acorda-se pois estava dormindo como um anjo mas não adiantou, Gael me olha com um olhar sonolento.

Você ainda está cansado, dorme mais um pouco.

Ele volta a dormir, me levanto e vou em direção ao banheiro, escovo os meus dentes e ligo o chuveiro, acredito que essa é a hora em que paramos para refletir, a hora do banho, aqui eu sempre chorava rios de lágrimas quando sempre acontecia algo comigo, aqui eu parava pra pensar e refletir debaixo do chuveiro. Aparentemente poderia parecer normal mas quando começava a cair as lágrimas todo aquele peso que você carregava ia desabando aos poucos até se recompor e respirar fundo e sair do banho como se nada tivesse acontecido, agora acredito que nada disso não irá mais acontecer porque a pessoa que está deitado na minha cama é a pessoa que quero passar o resto da minha vida, Gael Torres, sim, você é homem da minha vida e não importa o que digam, sempre vou te ter ao meu lado e te apoiando. "Loser?", ouço uma voz me chamando.

Loser, abra a porta estou apertado.

Calma haha.

Abri a porta e Gael entrou às pressas, sai do banheiro porém senti sua mão me puxando, Gael me agarrou e começou a me beijar, o que estava acontecendo? A minha toalha havia caído mas isso não importava, seus lábios estavam quentes, suas mãos deslizavam sobre meu corpo, consigo ouvir sua pulsação em pura adrenalina, Gael me empurra para fora do banheiro eu já estava completamente nu, ele me joga na cama e se senta sobre mim, acredito que não consigo me controlar, Gael começa a beijar meu pescoço me fazendo perder o fôlego e ficando com a respiração ofegante. Suas mãos deslizam sobre meu abdômen descendo até meu... calma respira fundo.

Prazer, LoserOnde histórias criam vida. Descubra agora