Boa noite, lindos e lindas ❤️
O capítulo de hoje quase não sai hehehe
Eu tô me divertindo muito com os comentários, continuem ❤️
Me desculpe que eu ainda não respondi. Essa semana é a penúltima minha na faculdade.. eu to correndo com projeto pra finalizar, estudar para prova... Foi muito difícil arrumar tempo. O capítulo não foi revisado, relevem os erros ❤️❤️❤️Atenção: esse capítulo cita m-preg, embora não dá forma que geralmente é convencional.
Continuem votando e me dizendo o que vocês estão achando... Boa leitura!
"Você não precisava ter me convidado uma segunda noite consecutiva", disse Snape encostado na parede oposta da ponte, em relação a Potter. Ele ficou satisfeito por Potter parecer ansioso até lembrar que era a ignorância que o guiava, não o entusiasmo.
Potter corou e olhou para os sapatos arranhados. "Isso é errado?"
"Não é errado", Snape tentou parecer tranquilizador, algo que ele parecia estar fazendo com muita frequência com Potter. "Mas você não quer parecer muito ansioso. Ou o seu pretendente pode entender errado. Talvez acabe pensando que você está mais envolvido do que realmente é".
"Eu não estou preocupado com isso." Potter parecia que não acreditava que isso fosse possível. Garoto estúpido.
"Espere alguns dias antes de fazer o último convite", aconselhou Snape, disposto ao deixá-lo acreditar no que quisesse.
"Queremos prolongar isso?" Potter perguntou depois de um momento mais de silêncio.
"Tanto quanto possível." Snape soltou um suspiro profundo. "Dentro dos prazos do Ritual, é claro."
"Quanto tempo é isso?"
"Eu esperava prolongar esse estágio até a primavera". Snape olhou para Potter tentando julgar seu humor. "O Lorde das Trevas está planejando algo para então."
"Me envolvendo?" A expressão de Potter ficou perturbada. Talvez ele não fosse tão estúpido quanto Snape pensava que era.
"Eu suspeito que sim." Ele nunca aprovou Dumbledore manter Potter no escuro sobre o que estava acontecendo. Se Potter não sabia o que estava por vir, como ele poderia estar preparado para isso? "Não conheço nenhum detalhe."
"Você me diria se soubesse?" Era bastante óbvio que Potter não confiava nele para ser honesto.
Isso incomodou Snape. De fato, ele não gostou muito do pensamento. "Eu diria se soubesse alguma coisa."
"Como você não sabe, isso não ajuda muito." Potter tinha um lamento irritante em seu tom que acendia os nervos já desgastados de Snape. "Todo mundo sempre sabe mais do que eu sobre o que vai acontecer comigo. Por que eu deveria me preocupar em estudar para os meus NEWTs? Talvez eu não viva para o exame."
Por mais que Snape quisesse discordar da avaliação, ele sabia que não podia. "Não é justo para você, mas a vida não é justa."
"Grande revelação, professor." Ele riu, soando tão amargo quanto ele tinha o direito de soar.
"Eu sinto Muito." Snape não podia acreditar que ele estava tentando confortar Potter. Ele não tinha ideia do por que isso deveria importar para ele.
Os olhos de Potter se arregalaram e ele bufou. "Não acredito que você acabou de dizer isso."
"Nem eu." Snape riu, divertido com a reação de Potter, apesar de si mesmo.
Potter respirou fundo e soltou o ar lentamente. "O que devo fazer?"
O pedido de Potter o surpreendeu. Ele pensou um pouco antes de responder, desejando que houvesse uma resposta fácil e sabendo, decepcionantemente, que não havia. "Estude, treine, continue a viver sua vida como você faz."
"Continuar deixando você me cortejar?" Não havia desrespeito ou zombaria no tom de Potter ou em sua expressão.
"Se você preferir. Você pode parar a qualquer momento." Ele disse a si mesmo que queria que Potter interrompesse a farsa, mas uma pequena parte dele sabia que não era mais verdade. "Vamos seguir para o Ritual de Negociação."
"Você vai me contar sobre isso ou vai me fazer perguntar a Hermione?" Potter ainda parecia divertido.
"Quando nos encontrarmos novamente, vou explicar o que acontece a seguir."
"Obrigado."
"Não me agradeça ainda, Potter. Você não tem ideia do que essa parte implica."
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"Ok ... então, deixe-me ver se eu entendi direito", Harry disse ainda não acreditando no que Snape havia acabado de dizer a ele. "Nós, como você e eu, devemos negociar juntos os detalhes de nossas vidas de casados?"
"Você ocasionalmente presta atenção, não é? Estou muito chocado ao descobrir isso." O tom de Snape era sarcástico, mas não era vingativo ou mesquinho.
Harry teve que sorrir com isso. Não demorou muito tempo para perceber que nem todas as coisas ruins que Snape dizia pretendiam causar danos.
Ele e Snape estavam sentados um em frente ao outro na mesa de Snape, com a porta do escritório aberta. Havia um pedaço de pergaminho em branco entre eles, e uma pena de repetição pairava sobre ele.
"Vamos negociar os detalhes típicos de nossa residência." O tom de Snape voltou ao som levemente nervoso que ele usava ao lidar com Harry sobre algo sobre o ritual.
Harry bufou. "Como se eu viesse de uma casa típica e tivesse alguma ideia do que seria isso."
A testa de Snape franziu. "Eu também não sei."
"Pelo menos você tinha uma mãe e um pai."
"Um belo exemplo, eles eram."
Surpreendentemente, Snape não parecia tão amargo quanto Harry esperava.
"Você também tinha alguns parentes", Harry apontou e depois lembrou: "Eu também, não é? É claro que os seus não eram tão detestáveis quanto os meus. Pelo menos, eles não pareciam assim."
"Quanto da minha vida você sabe?" Snape tinha aquele olhar desconfortável em seu rosto novamente.
Harry ficou muito desconfortável ao pensar no descuido com o qual eles haviam saqueado a mente um do outro durante as lições de Oclumência. "Nós dois éramos um pouco culpado do que aconteceu no final, não éramos?"
Também parecendo desconcertado, Snape assentiu. "Embora eu suspeite que sabemos menos sobre o outro do que pensamos."
"Não me diga que você não sabe tudo sobre o minha vida com os Dursley." Harry olhou diretamente para ele. "Eu sei que você foi quem mandou a Ordem conversar com Vernon Dursley."
"O que faz você pensar que eu tenho algo a ver com isso?" O tom de Snape era perfeitamente plano e se Harry não o conhecesse melhor, ele teria acreditado na negação.
"Quem mais sabia?" Ele tentou nunca dizer nada, exceto para Dumbledore, que o ignorou em favor das supostas proteções de sangue de sua mãe. A Ordem havia aparecido na estação King’s Cross no final de seu sexto ano, assim como no final do quinto ano. Vernon ficara furioso de raiva, mas também fora sábio o suficiente para não dizer ou fazer nada no verão passado.
Não que o verão tivesse sido agradável, por qualquer meio, mas não tinha sido nem de longe tão horrível quanto poderia ter sido ou tão ruim quanto Harry temia que fosse.
Snape parecia como se estivesse lutando com algum tipo de batalha interna e depois suspirou. "Você deve permanecer vivo tempo suficiente para derrotar o Lorde das Trevas. É necessário que seu tio não tente mais do que abuso verbal."
"Ele não vai me matar." Harry tinha quase certeza disso. Vernon nunca levantou a mão para ele, exceto para ameaçar. É claro que Dudley havia batido nele por anos menos nos últimos dois verões que ele não ousara tocar em Harry. "Obrigado."
"Não importa mais." Snape suspirou novamente. "Você não precisa mais deles."
"Então", Harry disse, querendo não falar sobre os Dursley. "Sobre os detalhes típicos? Do que estamos falando aqui?"
"Todos os típicos detalhes domésticos." Snape ficou em silêncio por um momento. "Como serão tratadas tarefas como cozinhar, limpar e fazer compras. Finanças domésticas. A roupa." Ele fez uma pausa e depois encontrou os olhos de Harry. "Sexo. Filhos."
Harry desviou o olhar e não conseguiu entender por que estava corando. "Somos dois homens, acho que filhos não serão um problema para nós".
"Os bruxos podem gerar crianças." Snape olhou para ele daquele jeito que fez Harry pensar que tinha deixado passar alguma coisa. Novamente.
Ele considerou as opções. "Nós poderíamos adotar, eu acho."
"É possível. Muitas crianças nascidas-trouxas são abandonadas ou maltratadas quando sua mágica começa a se manifestar. Há também um número razoável de pessoas que simplesmente são abandonadas em Hogwarts após seu primeiro ano."
A própria ideia fez Harry se sentir mal do estômago. "Como as pessoas podem fazer isso com seus próprios filhos?"
"Você sabe disso muito bem. Medo."
"Você gostaria de adotar crianças?" Harry ainda não estava pronto para ter filhos, mas a adoção provavelmente era a melhor aposta para o futuro. Ele esperava que Snape não tivesse nenhuma objeção a isso.
"Prefiro ter meus próprios filhos." Snape tinha um olhar estranho e distante nos olhos que não dava a Harry uma sensação de calor.
"Bem, pelo menos não temos que negociar isso."
Snape olhou para ele e ergueu uma sobrancelha para que ele soubesse que não iria gostar do que Snape disse a seguir. "Você percebe que eu quis dizer que dois bruxos podem ter filhos juntos." Ele disse enfatizando as palavras.
Enquanto seu estômago revirava com a ideia, Harry balançou a cabeça enfaticamente. Ele se levantou e se afastou rapidamente. Seu coração batendo loucamente. "Não. Eu não sou uma garota. Você não pode me forçar a fazer isso." Ele olhou para a porta aberta, sua mente gritando escapar agora!
"Acalme-se, Potter. Ninguém está pedindo para você fazer o que você não quer." A voz de Snape era aguda. "E lembre-se de que estamos negociando um contrato que nunca será usado. Além disso, nenhum de seus colegas de classe disse que eles tinham dois pais ou duas mães?"
Harry balançou a cabeça. "Não que eu me lembre. Mas, mesmo assim, eu não pensaria dessa maneira. Eu iria supor que eles foram adotados".
"Exatamente. Supor. Não é um segredo que Blaise Zabini tenha dois pais."
Harry sentou-se novamente, respirando profunda e uniformemente. Ele se sentiu um idiota por exagerar. Depois de um momento, ele pensou em fazer um comentário desagradável sobre Zabini, mas decidiu que Snape não iria apreciá-lo e, por mais que ele pudesse obter alguma satisfação em fazê-lo, não valeu a pena. "Eu nem sabia que isso era possível."
"Não sei por que você teve uma reação tão forte. Pelo que entendi, também é possível no mundo trouxa."
Mesmo passando o verão com os Dursley, Harry estava isolado do resto do mundo. "Não tenho muita ideia do que é possível ou não no mundo trouxa. Eu não sabia."
"Ainda é bastante raro, mas já li algumas pesquisas sobre o assunto. Os trouxas não são tão avançados em ciências quanto a nossa mágica. Isso é possível há centenas de anos em nossa sociedade".
"Mas como?" Harry mal conseguia entender o conceito. "E por que um homem iria querer?"
Snape parecia um pouco enojado. "Você ainda está pensando como um trouxa. Uma bruxa e um mago, que querem uma família numerosa, também podem fazer com que o mago carregue algumas das crianças."
A ideia de Arthur Weasley gestante fez Harry rir nervosamente.
Snape parecia saber exatamente o que estava pensando. "Seis gravidezes tão próximas não teriam sido muito boas para a saúde de Molly Weasley. Mesmo tão forte quanto ela."
"Como funciona?" Harry tinha um estranho senso de curiosidade, apesar do horror com a própria ideia.
"Há várias maneiras de fazer isso. O mais comum e o mais seguro é anexar magicamente uma bolsa de parto à frente do abdômen do homem"
"Como um canguru?" Harry pensou que isso realmente fazia algum sentido.
"Um pouco parecido. Acredito que o canguru primeiro nasce e depois rasteja para dentro da bolsa para terminar de crescer para a viabilidade. O feto do mago se desenvolve completamente contra o corpo do homem, obtendo o que precisa de tubos de ingestão mágicos, como um feto comum. Mas porque é externo e não interno, as demandas da gravidez são menores para o corpo, pelo menos no começo. Geralmente, um homem tem que ficar de repouso após o sétimo mês. Nossos corpos não são projetados para as exigências que um feto em crescimento tem durante a gravidez ".
Harry pensou nos bruxos gordos que vira por aí e se perguntou se eles na verdade não estavam carregando um filho. "Quais são as outras maneiras de fazer isso?"
"Feitiços e poções podem criar órgãos femininos temporários em um homem. Também existem feitiços e poções para transformar um homem em um hermafrodita, temporariamente. Ambos são muito mais perigosos, pois o corpo nem sempre muda corretamente e às vezes não pode voltar atrás. . "
Harry estremeceu e se sentiu um pouco enjoado. "Parece que você acha que isso é normal."
"É normal. Nem todo homem o faz, mas é uma opção para quem deseja ter um filho e não deseja ter uma esposa. Ele só precisa ter um outro dna, feminino ou masculino e fazer tudo sozinho. Ou para quem deseja ter uma família muito grande.
"Não é para mim", Harry assegurou. Ele não conseguia se imaginar fazendo isso, por qualquer motivo.
"Você é contra a ideia de gerar as crianças ou se opõe a ter filhos em geral?" Havia algo no tom de Snape que fez Harry olhar para ele, mas seu rosto não revelava nada.
"Se eu não preferisse homens a mulheres, eu adoraria ter uma família enorme, com muitos filhos para criar e amar". Droga, isso parecia deprimente e melancólico, Harry pensou, preparando-se para Snape fazer um comentário assustador.
Snape parecia estar pensando em algo e pigarreou várias vezes antes de falar. "Eu estaria disposto a carregar nossos filhos."
O que? Ele acabou de dizer ... Os pensamentos de Harry pararam em descrença chocada. Ele sufocou um bufo de espanto. Mesmo que isso não tivesse relação com seu conhecimento ou imagem de Snape, ele podia ver que o homem estava falando sério. "Eu pensei que você odiava crianças."
"Eu não gosto de estudantes desrespeitosos, estúpidos e incontroláveis. Eu não odeio crianças em geral e tenho certeza de que meus próprios filhos seriam maravilhosos. Como eles poderiam não ser?"
Harry abriu a boca para dizer algo e descobriu que não conseguia pensar em nada para dizer que não era um insulto. E de alguma forma, isso não se encaixava no momento. "OK."
"Você não parece tão surpreso. A ideia não é nada abominável para mim. De fato -"
"Se essas negociações fossem reais, eu diria que ficaria honrado em deixar você fazer isso." Harry quis dizer isso. Ele queria filhos. "Quantos você consideraria ter?"
"Quantos você quer?" Snape tinha um olhar calculista nos olhos.
Harry não tinha certeza se confiava nisso. "Que tal seis?"
Snape parecia que ele poderia engasgar. "Eu acho que isso é excessivo."
"Então dois? Eu não quero ter um filho único, se pudermos evitar."
Snape assentiu. "Três?"
"Sim, isso seria ótimo." Harry franziu a testa quando algo mais lhe ocorreu. "E quanto a sua idade?"
"Eu tenho idade suficiente para ter filhos, Potter."
"Não, quero dizer, que você deve estar com quase quarenta anos." Harry viu seu olhar de confusão e pensou que talvez ele devesse abandonar o assunto “Uma mulher trouxa geralmente não engravida depois dos quarenta. Ouvi tia Petúnia falando sobre isso quando a secretária do Vernon tentava engravidar aos trinta e tantos anos. Espero que não seja uma dificuldade para você."
"Não sou trouxa nem sou uma mulher. Como tal, posso ter tantos filhos quanto quiser." A voz de Snape era azeda com sua diversão óbvia.
Harry ficou aliviado por não o ter insultado. "Estou tendo muita dificuldade em imaginar isso."
"Basta dizer que você sabe muito pouco sobre mim." O tom de Snape perdeu parte de sua diversão anterior.
Por mais que isso o incomodasse, Harry tinha que concordar com essa avaliação. O fato de ele querer que isso mudasse o desconcertou ainda mais. "Era de se esperar que durante todo o tempo que passei vasculhando sua mente, eu saberia mais sobre você."
Snape balançou a cabeça, parecendo bastante exasperado. "Essa não é a maneira de saber."
"Eu acho que você está certo." Harry odiava pensar nas imagens privadas que Snape tinha visto e provavelmente mal interpretado. Sem dúvida, exatamente como ele havia feito. "Então, três filhos?"
"Aceitável. Talvez dois a três anos de diferença, mas não mais de cinco anos entre eles."
"Isso parece razoável." Harry percebeu o que ele disse e sobre o que eles estavam falando. "Acabamos de concordar em ter filhos juntos?"
Snape parecia atordoado como se realmente não tivesse considerado o que estava fazendo. "Sim, acredito que sim."
"Estou ... caramba, não tenho certeza do que estou além de espantado." Ele não ia se casar com Snape, mas se sentia bem com o que eles tinham acabado de fazer. Isso estava errado em muitos níveis para sequer contemplar.
"Admito que a conversa foi surreal". Ele olhou para o relógio. "É hora de você voltar para sua sala comunal."
Harry ficou aliviado. Ele precisava de algum tempo para pensar sobre isso. "Sim senhor."
*******************
Eles se reuniam a cada poucos dias para trabalhar no contrato. Harry estava sentado na mesa de Snape, esperando que ele terminasse uma poção para Madame Pomfrey. Surpreendeu Harry o quanto ele havia gostado das negociações até agora. Bem, gostar pode não ser precisamente a palavra certa, ele decidiu, mas era interessantes por si só. Na verdade, ele estava ansioso para continuar.
Snape entrou e sentou-se. "Nem todas as negociações são sobre assuntos sérios, como crianças e divisão de tarefas".
Harry levantou uma sobrancelha e esperou. Se ele sabia alguma coisa sobre Snape, era que ele gostava de dizer e fazer as coisas à sua maneira e no seu tempo. O que, infelizmente, para Harry nem sempre estava de acordo com seu caminho e tempo.
"Podemos, por exemplo, negociar o tipo de cama em que vamos dormir -"
"Cama?" Harry não tinha certeza se gostou do contexto disso. Sua mente ainda não queria ir para lá. Ou talvez nem um pouco.
"Você não precisa parecer tão horrorizado. Sei que você é mentalmente prejudicado demais para entender tudo sobre o que falamos, mas você pode tentar se lembrar de que essas negociações não são reais. Que estamos fazendo isso por uma questão de formalidade. Ninguém está pedindo para você fazer qualquer coisa. " Snape encontrou seus olhos e sorriu.
Qualquer coisa que Harry pudesse dizer estava errado e ele sabia disso. Ele engoliu em seco e desviou o olhar, decidindo que aquele era um daqueles momentos em que manter a boca fechada era sua melhor opção de sobrevivência.
Snape pareceu apreciar o que ele havia descoberto e continuou: "Vamos decidir o tamanho da cama, a cor da cama, a cor da cortina, talvez os tecidos, se você preferir além do algodão?"
"Essa é a coisa mais boba que eu já ouvi. Por que isso importa?" Harry deixou escapar antes que ele pudesse se conter. Tanta coisa para discussão típicas.
"Então você não se importará de dormir em lençóis de lã verde com cobras de prata?" O tom de Snape era sério o suficiente para Harry se perguntar se ele realmente não dormia nisso.
"Essa não seria minha primeira escolha, não." Harry estremeceu de horror fingido. "Primeiro, a lã não seria muito áspera? Nós nunca dormiríamos."
"De fato não. Eu nem tenho certeza de que eles façam lençóis de lã. Eu prefiro algodão."
Harry assentiu como se tivesse uma opinião real sobre o assunto. "Que tal uma bela cor de vinho e ouro?"
"Sem chance."
"Pensei que não. E as cores neutras, como marrom ou castanho ou algo assim?"
"Aceitável. Eu também gosto de verde."
"Não é nenhuma surpresa. Mas isso dependeria do verde. Na verdade, eu gosto de verde escuro. E também não me importo com cobras."
"Se você tivesse dez anos, talvez. Verde escuro está bom."
Quando Snape começou a dizer outra coisa, a cicatriz de Harry queimou de dor e ele estremeceu. Snape fez uma careta também.
Porra.
"Eu devo ir", disse Snape, de pé e esfregando o braço.
Uma chama improvável de preocupação passou por Harry. "Eu posso --"
"Não. Mas se você tivesse a gentileza de informar o diretor, isso me pouparia algum tempo e eu apreciaria."
"Certo." Harry ficou de pé também.
"Vá agora." Snape se moveu em direção a sua mesa.
Harry foi até a porta e depois parou, olhando para Snape. Ele estava puxando uma máscara e uma túnica para fora da gaveta de baixo. Quando ele olhou para Harry, sua expressão foi cuidadosamente fechada.
"Seja cuidadoso."
Parecendo surpreso com suas palavras, Snape assentiu. "Eu sempre sou."
Harry correu para informar Dumbledore. Enquanto se movia pelo castelo quase silencioso, disse a si mesmo que não estava realmente preocupado. Snape tinha feito isso muitas e muitas vezes sem problemas. Ele ficaria bem. O problema era que isso importava para ele agora. De alguma forma, Snape importava agora. E isso ele não suportava pensar.
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Peter Pettigrew estava ao lado da cadeira de encosto alto de Voldemort, parecendo presunçoso em seu lugar ao lado do Lorde das Trevas. Por mais que ele quisesse tirar aquele olhar do rosto de Pettigrew, Snape não era estúpido e os abordou com cautela, seu rosto cuidadosamente vazio de emoção.
"Você preparou a poção como meu mestre pediu?" Pettigrew desceu do estrado e estendeu a mão.
Snape não disse nada. Ele odiava ser chamado para preparar algo que sabia que seria usado para ferir ou matar pessoas. Para este, pelo menos, ele também foi capaz de criar um antídoto. Assim que ele retornasse a Hogwarts, ele veria que Dumbledore distribuísse. Sem uma palavra, ele entregou as garrafas a Pettigrew.
Ele ficou parado, esperando Pettigrew levar ao Lorde das Trevas.
Merlin, como ele odiava Pettigrew. Os motivos foram muitos. Parte dele não queria nada mais do que matar o bastardo por seus crimes, entre os quais ele havia cometido contra os pais de Harry.
Esse pensamento assustou Snape Desde quando ele se importava com Harry assim?
"Você pode se aproximar de nós, Severus", o Lorde das Trevas disse como se fosse o rei da Inglaterra.
Esse tom realmente irritou os nervos de Snape. Mas ele reprimiu o aborrecimento e manteve o rosto cuidadosamente em branco, quando caiu de joelhos e levou a bainha da túnica do Lorde das Trevas aos lábios. Ele era esperto o suficiente para manter os olhos baixos e a mente cuidadosamente ocluida.
Havia pouco no mundo que ele odiava tanto quanto odiava isso. Mas ele sabia que merecia, sabia que se degradar dificilmente seria expiação pelos crimes que cometera.
"Quando você estará pronto para passar para a próxima fase do namoro?" a voz sibilante do Lorde das Trevas exigiu.
"Eu não sei, meu senhor. Cabe a Potter aceitar ou recusar." Snape ficou horrorizado que o namoro tivesse durado tanto tempo quanto já durava. Na verdade, ele teria pensado que Potter já estaria entediado com isso agora. Em vez disso, sendo o garoto contrário que ele era, ele parecia cada vez mais fascinado pelas negociações. Snape só podia esperar que não se enganasse acreditando no que estavam fazendo. Por mais que ele não gostasse de Potter, ele não queria vê-lo machucado e se ele acreditasse no que estava acontecendo entre eles, ele estaria.
"Você não discutiu o assunto com ele?"
"Claro que não, meu senhor. É proibido o pretendente falar de tais coisas com seu pretendido." E se o Lorde das Trevas realmente soubesse alguma coisa sobre o ritual, ele já saberia disso. Snape rangeu os dentes em frustração.
"Então você deve guiá-lo mais sutilmente, Severus. Quero que isso se mova mais rapidamente do que tem até agora."
Exceto que ele já estava se movendo rapidamente para um namoro. "Sim, meu senhor. O pirralho não entende o significado do ritual."
"Você não deve se referir ao seu pretendido nesse tom." O tom do Lorde das Trevas estava zangado, como se ele estivesse ofendido. "Potter deve aceitar."
Snape olhou para cima. O Lorde das Trevas parecia um pouco desesperado para o gosto de Snape. "Você realmente quer que eu ..." Snape não conseguiu dizer.
O Lorde das Trevas olhou para ele e zombou. "É claro que você completará o ritual. Que maneira melhor haveria para controlá-lo e conquistá-lo do que tê-lo vinculado a um dos meus servos fiéis?"
Algo na maneira como ele disse enviou um lampejo de medo no corpo inteiro de Snape. "Eu entendo, meu senhor. Mas o próprio ritual não tem nenhum vínculo de controle. Ele estaria livre para recusar-se a me seguir, se assim o desejasse."
"Não pense em me contradizer no namoro. Fui bem informado. E conheço os aspectos disso", o Lorde das Trevas retrucou, tocando a varinha.
Mas ficou claro para Snape que, embora ele pudesse saber sobre isso em geral, ele não sabia os detalhes. Snape inclinou a cabeça. "Sim, meu senhor."
"Você fará com que ele aceite."
"Nós ainda estamos na fase de negociações. De fato, nós apenas começamos. Você me disse que eu tinha até a primavera. Ainda não chegou o natal."
Qual era a pressa, Snape se perguntou, levantando a cabeça novamente. Não havia ninguém no círculo interno a quem ele pudesse perguntar sem que suspeitassem dele. Ele ficaria um tempo depois da reunião e veria se havia alguma informação a ser obtida. Infelizmente, ele não pôde ficar muito tempo. Ele tinha aula de manhã e tinha que ver Dumbledore sobre o antídoto.
"Eu gostaria de ver isso concluído mais rapidamente, e Potter no meu controle. Você verá que acontece tudo como eu desejo." Ele recostou-se na cadeira.
Snape colocou a testa no chão. "Sim, meu senhor. Será como você deseja."
*************
"Você está gostando de suas negociações com Potter?" Vindo de qualquer outra pessoa, as palavras de Lucius Malfoy, naquele tom perfeitamente agradável, poderiam ter sido confundidas com uma abertura para uma conversa amigável.
Snape, no entanto, conhecia Lucius e sabia melhor. Ele se endireitou e olhou para ele. "Você está brincando, não é?"
"Nem um pouco, meu amigo. Ouvi dizer que Potter passa bastante tempo em seu escritório hoje em dia."
Isso foi uma coisa boa, Snape supôs. Ele se perguntou brevemente quais de seus alunos, além de Draco, é claro, se reportariam a Lucius. "Infelizmente. O pirralho parece apaixonado por mim. Acho isso mais assustador."
"Tenho certeza que sim. E, sem dúvida, será um castigo se casar com ele." Malfoy estremeceu.
"Não estou ansioso por isso." Snape fez questão de parecer enojado com o pensamento. Na verdade, ele não conseguia pensar nisso sem horror.
"Pobre Severus. Os sacrifícios que devemos fazer." Malfoy sorriu, como uma cobra prestes a atacar. "Embora dormir com ele possa não ser tão horrível. Desde que você o cale primeiro."
"E garantisse que as luzes estivessem apagadas", disse Snape, fazendo uma careta. Seu estômago apertou com o pensamento do corpo magro de Potter em sua cama, e ele prometeu a si mesmo que era nojo. "Realmente. Seja grato por não ser você."
"Oh, eu estou. Felizmente, eu já sou casado."
"Espero que nosso Senhor providencie que meu casamento tenha vida curta." Snape soltou uma risada maligna.
"Disso, não tenho dúvidas." Algo na maneira como ele disse que fez Snape olhar para ele.
Desde que surgiu, Snape calculou que poderia perguntar. "Por que ele está pressionando tanto para levar as coisas adiante? O ritual não pode ser apressado."
"Suspeito que nosso Senhor não se importe muito com o ritual em si, apenas com os resultados."
"Você sabe tão bem quanto eu que, se eu pressionasse, violaria o ritual."
"Você acha que Potter realmente conhece o ritual ou qualquer coisa sobre o mundo bruxo?" O desprezo de Lúcio era evidente em todas as palavras.
"Acredito que seu amigo de sangue ruim o tenha informado dos detalhes." Parecia mais difícil fabricar o desprezo que precisava acompanhar as palavras.
"Pena. Você terá que jogar."
Snape assentiu. "Espero que você esteja certo."
"Você se importa com o ritual, não é?" Lucius lançou-lhe um olhar estranho.
E Snape não tinha certeza de como interpretá-lo. "Tanto quanto qualquer mago que realiza o ritual faria."
"Sim, claro." O tom de Malfoy era superior.
Snape se perguntou o que Malfoy estava fazendo. "Eu devo voltar para Hogwarts."
"Vá então", disse Malfoy.
Com um ligeiro arco, Snape se virou e saiu do corredor, aliviado por estar fora de sua presença sombria.*************
Huuum.... oq vocês acharam dessas negociações?
Até sábado!!
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Rituais de cortejo #SNARRY#
RomanceSnape é condenado a cortejar Harry Potter. Snarry. Harry tem 17, maior de idade pelas leis bruxas. Conteúdo adulto, não recomendado para menores de 18 anos. Fanart: Zziikk Sur DeviantArt Tradução da fanfic Courtship Rituals, por Meri, que se encont...